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Em casa de sonho, Frank Aguiar apresenta o clã

O astro do forró e político dá à musa, Aline, e à prole, Breno, Ítalo e Luma, o crédito do triunfo.

Redação Publicado em 06/04/2010, às 11h15 - Atualizado em 09/04/2010, às 12h13

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Em São Bernardo do Campo, o vice-prefeito e músico reúne a família na sala principal da casa de 2000m². - FOTOS: LAILSON SANTOS / IMAGENS & IMAGENS
Em São Bernardo do Campo, o vice-prefeito e músico reúne a família na sala principal da casa de 2000m². - FOTOS: LAILSON SANTOS / IMAGENS & IMAGENS
Em 16 de maio de 2008, o cantor, compositor e instrumentista piauiense Frank Aguiar (39), ídolo absoluto do forró, e a empresária de moda Aline Rocha (26) subiram ao altar com uma luxuosa e romântica cerimônia que consagrou sua história de amor, iniciada há quase uma década. "Mas, como diz o ditado, 'quem casa quer casa'...", recorda o astro, também vice-prefeito da cidade de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo. Assim que voltou da lua de mel, o casal mudou-se para o lar do seus sonhos, uma mansão de 2000m2, sete suítes, em meio a muito verde, projeto de Jóia Bergamo (50) que privilegia a entrada de luz natural e dá espaço de sobra para uma família já numerosa, mas com planos de crescer. "Quando abri a porta de casa, senti que estávamos começando de verdade uma nova vida, a nossa vida. Quem sabe depois que fizermos dois anos de casamento a gente encomende mais um filhinho? Não tem alegria maior que ter as crianças em casa se divertindo com a gente", conta Aline. "Eu queria ter pelo menos mais três, uma família bem grande", dispara ele, que no início da carreira era conhecido como O Cãozinho dos Teclados. "Se eu esquecia uma letra, dava um latido. O povo gostou e incorporei o uivo", conta, rindo, o vaidoso artista, que ama perfumes, faz religiosamente manicure, massagens e drenagens linfáticas e hidratação nas madeixas, sempre presas no rabo-de-cavalo, uma de suas marcas registradas. Pai coruja, Frank vai logo apresentando sua trupe - Luma (14), Ítalo (10) e Breno (5), frutos de relacionamentos anteriores - e, com a amada, escala os herdeiros para uma clique em família na escada do living que dá acesso ao segundo andar da propriedade. "Apesar de serem de mães diferentes, eles são irmãos e a Aline cuida deles como uma mãe, sem nenhuma restrição. Desde o início do namoro, eu fui percebendo esse carinho e não tive dúvidas de que o nosso casamento daria certo", avalia o astro, assumindo ainda que conciliar compromissos artísticos, rigorosa agenda política e a família é tarefa complicada. Nos raros momentos de folga, o clã aproveita cada minuto em casa, seja na piscina, na cozinha gourmet ou no cinema particular. Porque não há obstáculo que não possa ser superado pelo menino humilde, que deixou a cidade natal, a pequena Itainópolis, no interior do Piauí, para estudar na capital, Teresina, e, anos depois, se mudou para o ABC paulista para lutar pela carreira musical. Sua história triunfal, aliás, em breve chega às telonas com o longa Sonhos de um Sonhador - A História de Frank Aguiar, dirigido por Caco Milano, com Gustavo Leão (23) vivendo Frank e Chico Anysio (78) em participação de luxo. Em 2010, Frank ainda abraça outro desafio, ao se candidatar a deputado federal pelo PTB - graças à lei no 64/1990, parágrafo 2, vices podem se candidatar e seguir no mesmo cargo desde que não assumam o posto até seis meses antes da eleição; no caso dele, assumir a prefeitura da cidade. Se vencer, ele renunciará à vice-prefeitura de São Bernardo, mas manterá seu escritório na cidade. Ele também foi eleito deputado federal em 2006, ano em que foi homenageado, junto com o seu Estado natal, no enredo da escola de samba paulistana Tom Maior. "O dia do meu marido não tem só 24 horas, é tudo dobrado! E a gente segue o mesmo ritmo, com saúde, companheirismo e muito amor", entrega Aline, dona da multimarca Tô Na Moda, de peças e acessórios nordestinos. - Você se sente mais realizado com a política ou com a música? Frank - São realizações diferentes, mas que de vez em quando se encontram, pois ambas são representações de um povo. Enquanto músico, represento a cultura de uma região. Na política, sou um representante eleito do povo. Gosto das duas atividades, me dedico muito às duas, muitas vezes até privando o tempo que seria da família. Mas não consigo viver sem isso, a música é a minha sobrevivência e a política é uma forma que encontrei de ajudar. - Dá para conciliar tudo? Frank - Em primeiro lugar, preciso estar bem em meu lar, com a família, com meus filhos. Não abro mão disso. Desde que soube que eles estavam para vir ao mundo, briguei por eles. Eu não queria ser apenas um pagador de pensão, mas sim um pai presente, que pudesse ajudar a educar, que desse amor e carinho. Assim eu faço. Aline - O bem-estar da família é a prioridade, sempre será. Até por isso, nossa casa foi construída e decorada pensando nas crianças. É tudo amplo, simples. Quando estão conosco, por exemplo, todas as refeições têm de ser na sala de jantar, com todos à mesa. A gente acorda às 7 da manhã para vestir uniforme na turma, levar à escola, depois almoça e janta junto. - Frank, com agendas tão concorridas e tantas viagens, a saudade de casa bate forte? Frank - Sou caseiro, faço tudo para voltar para casa. Não gosto de farra, de bagunça, de passar a noite na rua. Quando era solteiro, fazia isso, mas não sinto falta. Gosto do sossego da minha casinha. - Quem escolheu o estilo de decoração da casa? Frank - Gostamos de um estilo mais moderno e, com a ajuda de Jóia, procuramos móveis e objetos que imprimam a nossa cara ao lar. Também adoramos flores, especialmente rosas. Toda semana trocamos os arranjos. Gosto de casa com toques de vermelho, já, para roupas, prefiro azul e branco. Aline - Sempre digo que, se ele não fosse músico, seria arquiteto. Ele adora dar palpite na decoração e em construções. Por sorte, os gostos são parecidos, mas a palavra final tem de ser minha. (risos) - Há um ambiente favorito? Frank - Difícil dizer, mas um dos mais utilizados é o cinema, onde ficamos todos juntos. Aline tem os seus filmes preferidos, as crianças têm os seus, daí escolhemos um de cada e assumimos o compromisso de assistirmos a todos juntos. Aline - Mas isso vale só depois que Frank assistir aos telejornais. (risos) Estou para ver alguém mais ligado no que ocorre no mundo... Ele vive atrás de informação. - Dizem que a cozinha é o coração da casa. Concordam? Aline - A casa vive cheia, adoramos receber amigos e familiares. Nos fins de semana, Frank assu¬me a churrasqueira. É uma festa. Frank - Também passamos um bom tempo na cozinha, Aline faz de tudo para me manter em casa e até já aprendeu a fazer as comidas que gosto. (risos) Ela faz os pratos típicos da minha terra, o baião-de-dois com costelinha de porco, o cabrito e arroz com galinha. Fico enjoado dos pratos de bacana, desses que em qualquer hotel do mundo você já sabe que está no cardápio. Prefiro a comidinha de casa, quente, feitinha na hora. - E para o músico Frank Aguiar ainda há um estúdio completo... Frank - É uma parte útil, meu ambiente de trabalho em casa. Aline - O caçula é apaixonado por música como o pai. Seu quarto tem até um palco. Ele não pode ver uma visita que já chama para fazer show. Toca Asa Branca como gente grande! É talentoso, toca piano, violão, guitarra... - E os outros filhos? Aline - Luma quer ser modelo, já fez até book profissional. Uma das fotos está no seu quarto. Já Ítalo ama futebol, é são-paulino doente. Quando viu seu quarto decorado com as cores do time, não acreditou... Mesmo que não fiquem o tempo todo conosco, fazemos questão de que saibam que esta é a casa deles também. - Qual é a principal lição que busca passar aos seus filhos? Frank - Prezo muito o respeito ao próximo. Conto a eles a minha vida, sobre como era grande o respeito por meus pais, que só de me olhar eu já sabia que tinha de silenciar. Um pai precisa ter autoridade com o filho, sem precisar bater, brigar. Nunca toquei a mão em filho. E faço o máximo para que convivam em família. - O que pretende mostrar sobre sua vida no cinema? Frank - O filme conta a história do artista buscando sair do anonimato, se apresentando na rua, nas noites de sereno, nos salões tentando fazer festa para meia dúzia de pessoas, indo às rádios pedindo para tocar a sua música... Assim foram dez anos de ralação. Só no final dos anos 1990, quando eu comprei o meu primeiro apartamento, que hoje dei à minha filha, foi que comecei a sair do 'vermelho' e ir para o 'azul'. - Lembra quando percebeu ter alcançado o sucesso? Frank - No dia 14 de julho de 1999. Fiz um show em uma casa que comportava 20000 pessoas. Tinha lá perto de 30000. Não acreditei ao ver aquela multidão do lado de fora, uma fila enorme. O empresário me balançou e disse: 'Olha, cara, isso é para você, essas pessoas pagaram para te ver'. Isso me marcou, ali descobri que o sucesso tinha chegado. Mas à saída do show fui surpreendido com um assalto e ali também descobri estar perdendo parte da minha liberdade. Cheguei em um carrinho simples com o empresário e dois auxiliares, mas percebi que não poderia ser mais assim. Sempre fui à periferia aos domingos, almoçar nas comunidades mais simples, onde eu sempre ia e tinha os meus amigos, os meus conterrâneos e tudo mais. Eu ainda vou lá, mas agora levo um aparato de gente, ando mais protegido, infelizmente. É o preço, não posso reclamar, pois busquei o sucesso. E alcancei.