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Fê Vasconcellos: franja e 8kg a menos

Fernanda Vasconcellos, que, 8 quilos mais magra e com um novo visual, se prepara para viver Nelinha em 'Tempos Modernos', próxima novela das 7 da Globo, revela: 'Encarar um novo personagem sempre mexe comigo'

<i>por Thais Arbex</i><br><br> Publicado em 19/11/2009, às 18h51 - Atualizado em 23/11/2009, às 11h11

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Fernanda Vasconcellos - TV Globo/ Zé Paulo Cardeal
Fernanda Vasconcellos - TV Globo/ Zé Paulo Cardeal
A franja e os oito quilos a menos a tornam quase que irreconhecível. Quando desce do carro, em frente ao Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo, Fernanda Vasconcellos passa desapercebida até mesmo sob os olhares dos curiosos. Os óculos escuros e o cabelo preso em um coque devem ter sido cuidadosamente escolhidos para se esconder do burburinho que se formou naquele sábado ensolarado na região que virou set para Tempos Modernos, nova novela das sete da Globo. Enquanto o diretor-geral José Luiz Villamarim reunia uma equipe de 400 pessoas e 250 figurantes para gravar uma sequência de cenas que celebram os 456 anos da cidade de São Paulo, comemorado no dia 25 de janeiro, a atriz bateu um papo 'pra lá' de decontraído com a imprensa. "Passo sem ser percebida até mesmo no Projac", divertiu-se sobre o novo visual. Apesar de não ter cenas marcadas para aquele dia, Fernanda já está a todo vapor para encarar mais uma personagem de destaque. A partir da primeira quinzena de janeiro de 2010, ela volta à telinha na trama de Bosco Brasil. A protagonista, Nelinha, uma astrônoma que gosta de esportes radicais, ainda está nascendo. Mas Fernanda já se entregou à personagem há alguns meses. Treinamento de rapel com instrutores do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e aulas de kung fu estão na rotina da bela. Mas nada é tão fácil quanto parece. Fernanda, que, como ela mesma fez questão de ressaltar, morre de medo de altura, tem superado os desafios a cada dia. "Não tenho esse lado aventureiro. Até brinquei com a equipe da novela que a minha única aventura é pegar a ponte aérea. Odeio altura. Tenho medo. Não gosto. E agora estou subindo em prédio, me jogando", revelou orgulhosa. Apesar de estar encarando o medo de altura para a sua terceira novela na Globo, Fernanda confessou que outros desafios também a tiram o sono, e literalmente. "O mais difícil é ter domínio do personagem. Enquanto não tenho a alma do personagem, o texto não flui. Para mim, o mais difícil é achar essa alma. No começo, sofro demais. Tenho insônia, pesadelo. Tudo é muito dolorido quando a novela ainda está nos primeiros capítulos." Por enquanto, Fernanda, que parece estar sempre de bem com vida, ainda não encontrou a fórmula para sofrer menos no início de cada trabalho. "Quando encontrarem, me avisa", brincou. "Encarar um novo personagem sempre mexe comigo" Em Tempos Modernos, trama inspirada em Rei Lear, clássico de William Shakespeare, Fernanda Vasconcellos é a filha caçula e preferida das três de Leal, personagem de Antonio Fagundes. "Ela é uma heroína contemporânea", disse a atriz que, pela terceira vez, fará par romântico com Thiago Rodrigues, com quem já contracenou em Malhação e Páginas da Vida. Dono do Titã, Leal divide seu reino com as filhas, Nelinha, Goretti (Regiane Alves) e Regene (Viviane Pasmanter). Confira abaixo a conversa de Fernanda Vasconcellos com o Portal CARAS: - Quem é a Nelinha? Ela se parece com você? - A Nelinha é uma heroína contemporânea. E está sendo muito difícil compor e criar a personagem porque ela não pode ser estereotipada. Ela é muito rica em detalhes, em sentimentos. É aventureira, diferentemente de mim. Minha única aventura é pegar a ponte aérea. Odeio altura. Tenho medo. Não gosto. E agora estou subindo em prédio, me jogando. Na primeira cena em que tive que fazer o rapel, quase desisti. Mas se eu não descesse, nunca ia sentir o que minha personagem sente, o que ela gosta tanto, o que ela quer sempre. Precisava experimentar aquela sensação para entender por que a Nelinha gosta dessa coisa aventureira. Eu tenho muito da Nelinha, de ser vibrante. Mas esse pulsante dela é contido. E é difícil porque eu não me controlo. - E como tem sido o seu trabalho para compor a Nelinha? - O mais difícil é ter domínio do personagem. Depois que você encontra a alma do personagem, o texto flui. Para mim, o mais difícil é achar essa alma. No começo, sofro demais. Encarar um novo personagem sempre mexe comigo. É algo que não me deixa na minha zona de conforto. Mas, na verdade, prefiro não estar nessa zona. Quando estou muito confortável, é porque algo não está indo bem. - A mudança no visual faz parte dessa composição? Foi você quem optou pela franja? - A franja foi uma escolha de todo mundo, minha, do Zé (José Luiz Villamarim, diretor) e da Juliana (Mendes Mendonça, caracterizadora da novela). Acho que deu uma atitude diferente. E também foi uma forma de mudar. - Você emagreceu oito quilos por causa da novela? - Eu perdi peso porque eu comecei a correr, e não exatamente por causa da Nelinha. Mas, no final das contas, acabou combinando por ela ser toda aventureira. Acho que ela deve queimar muita caloria. Eu corro 6Km por dia. Não gosto. Faço porque sou obrigada. Comecei correr e achei que pudesse comer, engordei. Aí comecei a cortar o carboidrato. Depois das 18h, nada de carboidrato, nem de frutas. - Esta é a terceira novela em que você faz par romântico com o Thiago Rodrigues. Isso atrapalha de alguma maneira? - Na hora de compor um personagem, isso dificulta um pouco porque é o mesmo par romântico, é a mesma mocinha. Temos que abrir um leque de pessoas com o mesmo estereotipo, com personalidades parecidas. Mas tem que fazer diferente. Os olhares têm que ser diferente. O toque tem que ser diferente. - E qual é a sua expectativa? - Tento não ficar neurótica com isso, mas acabo me preocupando com a reação do público porque faço com todo o carinho possível para as pessoas gostarem, para elas se identificarem. Torço para que gostem. Eu saio das gravações esgotada, liquidada, com dor de cabeça, passando mal, tenho insônia, pesadelo, se o público não gostar, é muito frustrante. - O que você faz quando está fora do ar? - Quando estou fora do ar, acredito que é o momento de me renovar e me reciclar. É o momento de me esvaziar de tudo que criei. Desmontar tudo para criar de novo. É o momento que a gente tem para assistir a alguns filmes, algumas peças. Para fazer alguns cursos. É o momento que o ator tem que ficar mais recluso.