Em cruzeiro com Vicenzo e Vittorio, Luigi Baricelli e Andreia reafirmam 19 anos de casamento
Redação Publicado em 08/05/2012, às 17h01 - Atualizado em 09/05/2012, às 02h06
Casado há 19 anos com a empresária Andreia (40), o ator e apresentador Luigi Baricelli (40) confessa que nem mesmo seu romantismo o impulsionaria a selar a união no religioso com a amada. Para o galã, esse simbolismo não iria influenciar a felicidade do casal, que levou os filhos, Vittorio (14) e Vicenzo (10), a um cruzeiro no Mar Mediterrâneo. “Se não nos casamos de fato lá atrás, é melhor não mexer no time que está ganhando. Pode dar azar”, brinca ele, que, apesar de ter enfrentado crises conjugais, mostra ser possível manter a união e a cumplicidade mesmo depois de tanto tempo. “Sempre tem uma coisinha ou outra, mas é normal. A perfeição não existe. Vivemos momentos bons e ruins. Como na vida de qualquer pessoa”, avalia o ator, a bordo do navio Fantasia, da MSC.
Luigi e Andreia não escondem a paixão ao longo do passeio. Entre beijos e abraços, eles também se encantam com a empolgação dos herdeiros em cada cidade visitada: Marselha (França), Barcelona (Espanha), Túnis (Tunísia), La Valletta (Malta), Messina e Civitavecchia, ambas na Itália. “O mais legal é dormir em um lugar e acordar no outro. Os dois ficaram enlouquecidos”, ressalta Andreia, observada pelo marido, que aproveita suas férias na TV, após o fim da novela Insensato Coração (2011), ao lado do clã.
– Dá para curtir momentos a dois com os filhos a bordo?
Luigi – Fica mais difícil, mas sempre reservamos um tempinho só nosso no dia a dia. Quando dá, adoramos beber um vinhozinho juntos. É bem gostoso. Mas a companhia deles é ótima, é sempre um prazer tê-los por perto. Desde o nascimento dos meninos só tivemos coragem de deixá-los em duas ocasiões. Ficamos com o coração apertado sempre. Queremos compartilhar tudo com eles.
– O que essa viagem tem de mais especial?
Andreia – A possibilidade de conhecermos várias culturas diferentes com toda a família. O Vicenzo vibrou muito quando viu algo nos museus que já tinha estudado. O Vittorio já foi assim como ele. Agora está mais ligado a assuntos esportivos.
– Vocês estiveram na Praça São Pedro, no Vaticano, em Roma. São religiosos?
Luigi – Não tenho uma religião. Sou místico. Gosto muito do cristianismo primitivo e a sua mais pura essência do amor ao próximo. Mas esse sentimento tem de ser uma prática diária, de entender, de olhar o outro e não só a si mesmo. É um exercício.
Andreia – Nasci em família católica, mas não sigo à risca. Tanto é que o Vittorio não quis fazer primeira comunhão e nós o respeitamos. Já o Vicenzo irá comungar em novembro e nos pediu para assistir às missas nesta viagem.
– Luigi, sua ascendência é italiana. Que lembranças de família tem ao voltar ao país?
Luigi – Visitas como as que fizemos me remete aos meus antepassados. Convivendo com o italiano começo a entender um pouco do que sou, a minha personalidade, o que é a minha herança genética.
– O que você tem do italiano?
Luigi – Ah, tenho essa coisa explosiva e carinhosa. Posso estar tranquilo, bem calmo e de repente tenho uma explosão. Mas daqui a pouco já esqueci. O italiano tem isso de reagir na hora e pouco tempo depois está beijando.
– Que tipo de turistas vocês são? O que gostam de fazer?
Luigi – Preferimos normalmente programas tradicionais.
Andreia – Somos muito curiosos e passamos isso para as crianças. Queremos sempre conhecer a cultura dos lugares.
– Esse tipo de afinidade, entre outras, é o segredo da união?
Luigi – Mais do que isso. A construção de uma relação precisa ser sólida, de respeito. Quando se tem isso tudo, fica bem fácil, o sentimento quando se está próximo à pessoa eleita é de prazer. E tem ainda a química da pele. Isso eu e Andreia nunca perdemos.
– São ciumentos?
Luigi – Isso não existe mais entre nós. Já aconteceu, mas estamos em uma outra fase, mais madura, com muita confiança. Não troco essa sensação por nada.
Andreia – Temos que saber respeitar o espaço do outro, manter o diálogo. Sei de casais que mal se falam. E não é só marido e mulher, mas pai e filho, mãe e filho... Sem conversa nenhum relacionamento vai dar certo. Nem de amizade. Tem dias em que o Luigi está irritado e eu tento compreender. Em outros momentos, quem está assim sou eu. Mas quando são os dois, um acaba cedendo e nos respeitamos. Começamos a rir da situação porque fica cômico. E aí damos uma relaxada, pois a vida já é um grande estresse. Ou seja, somos um casal equilibrado, um respeita muito a opinião do outro.
– Então, vocês não costumam discutir a relação?
Luigi – (risos) Não mais. Nosso foco é estar sempre construindo algo para o futuro.
– Como morar nos Estados Unidos, por exemplo?
Luigi – Também. Nós temos vontade de nos dividirmos em temporadas, Orlando e Rio de Janeiro. Já estamos com negócios nos Estados Unidos. Além de alugar casas para brasileiros na Flórida, temos uma empresa de investimentos entre os dois países. Isso já é uma realidade. E está dando supercerto. Mas morar de vez longe da minha terra natal talvez só aos 90 anos, aposentado e curtindo os netos. (risos)
– Luigi, você tem três filhos, além dos meninos, a Rúbia, de uma relação anterior. Sempre quis ter uma família numerosa?
Luigi – Na verdade, o meu principal sonho era ser um pai presente. É complicado criar e educar hoje em dia. Além de ter que dar atenção, carinho, construir um caráter... Ainda bem que a Andreia está sempre ao meu lado. Caminhamos juntos na vida pessoal e profissional.
– Como é ser a empresária do seu marido?
Andreia – Não me vejo como a empresária, mas como a pessoa que responde muito por ele. Sei o que o Luigi quer, do que gosta, o seu jeito de ser. E o meu marido é muito simples, gosta muito de trabalhar, então para mim fica fácil cuidar dos seus negócios.
– Existe a possibilidade de investir em uma carreira artística internacional?
Luigi – Isso não faz parte dos meus planos. Fico em Orlando. Não vou a Los Angeles para cavar esse tipo de oportunidade. Nem é minha pretensão. Claro que seria ótimo ter uma proposta dessas. Mas estou muito bem na Globo, e renovei o meu contrato. Vivo realmente uma fase de plenitude.
– Neste período que está fora do ar, como anda a sua rotina?
Luigi – Viajamos bastante em família. Eu e Andreia queremos que os nossos filhos absorvam o máximo de informação possível. Ao mesmo tempo cuido dos negócios nos Estados Unidos. Na verdade, por causa disso, ainda não estou de férias totalmente.
– Os filhos já falam sobre a carreira que pretendem seguir?
Luigi – O Vicenzo diz que será diretor de cinema. Já o Vittorio, não sei. Gostaria que mexesse com petróleo, tivesse um emprego mais lucrativo. Mas ainda falta, ele só tem 14 anos. Tudo pode mudar. Enquanto isso, nós os abastecemos de cultura nas viagens.
– Qual o próximo destino?
Luigi – Vicenzo está louco para conhecer Inglaterra e China. Quem sabe não fazemos as duas viagens ainda este ano?
