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EXCLUSIVO: As fotos de Glória Maria na Índia

Redação Publicado em 21/01/2009, às 11h51 - Atualizado em 26/01/2009, às 15h13

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Glória e Monja com cesta de pétalas - Arquivo Pessoal
Glória e Monja com cesta de pétalas - Arquivo Pessoal
Por Patrícia Moraes Há um mês, desde que voltou da viagem de 20 dias a Bodhgaya, na Índia, a jornalista não passa um único dia sem lembrar do que viveu na cidade sagrada. Experiente na cobertura de guerras e copas do mundo, Glória admite que a incursão pela região mais pobre do país asiático foi sua vivência mais rica. "Não consigo comparar o que vive lá com nenhuma outra viagem. Já estive no meio da guerra e naquela euforia de outros eventos mundiais importantes, mas essa foi a mais significativa e maravilhosa viagem da minha vida", disse a brasileira. Em entrevista exclusiva ao Portal CARAS, ela conta sobre as três semanas na cidade onde Buddha teria se iluminado. "O budismo nasceu ali, em um dos lugares mais pobres, mágicos e enigmáticos do mundo. As pessoas não têm dentes, mas o sorriso não sai de seus rostos. Acredito que seja um lugar especial da Terra", concluiu. - O que você foi fazer em Bodhgaya? - Essa foi minha quarta viagem à Índia, mas foi como se tivesse sido a primeira. Fui convidada por um amigo para ser voluntária no Encontro Mundial de Monges Budistas, que aconteceu na cidade. Topei na hora, mas sabia que não seria fácil porque era para trabalhar, não para passear. - Como você se preparou para a viagem? - Falaram sobre a necessidade de levar as próprias coisas de higiene pessoal, roupas de cama e banho. Levei toalhas, lençóis, travesseiros, pasta de dente, sabonetes e barrinhas de cereal porque não sabia o que ia encontrar ao certo, fui informada apenas que se tratava de um lugar muito pobre. - Como foi ao chegar à cidade? - Foi mágico. É uma cidade sagrada, onde Buddha se iluminou e pensou o budismo. Foi naquele lugar, pobre e carente, que ele encontrou a paz para meditar. E as pessoas são incrivelmente felizes apesar da pobreza. Elas mostram uma felicidade interna jamais vista por mim. Vestem roupas coloridas e usam muitos acessórios, piercing e balangandãs. - Como jornalista, como vê essa situação? - Meu lado profissional gritou quando vi aquela miséria. Dá vontade de revelar aquela pobreza e pedir que as autoridades façam algo por aquelas pessoas. Mas me peguei pensando sobre a vontade deles, aquela vocação de viver isolados do mundo, com a cultura deles apenas. Tirei muitas fotos para mostrar aos meus amigos. - Como foram os dias pela Índia? - Já cheguei e fui para esse galpão onde aconteceria o trabalho. Foi puxado. Acordávamos às 3h30 para meditar. No começo era difícil levantar sem o relógio, mas, incrivelmente, a gente se acostuma e acaba levantando com todo mundo, sem saber que horas são. O sono ficou leve. Em seguida, íamos meditar até as 5h. Então, era a hora de servir o café. Eu era umas das responsáveis por servir o café da manhã, o almoço, o café da tarde e a refeição da noite. Além disso, também colocava pétalas de rosas em centenas de vasos e acendia centenas de velas por dia. Certo dia, passei três horas com a tarefa das pétalas. Diariamente, após o jantar, meditava até o fim da noite. Dormia pouco, mas fui muito feliz porque sentia a energia. - O que trouxe de lá? -Muitos tecidos. Fui a uma loja incrível. As cores são lindas, bem vivas e intensas. Eles adoram o amarelo e o laranja, principalmente. Nas ruas, as mulheres se vestem com roupas coloridas enfeitadas com metais. É lindo. - Com a estréia de Caminho das Índias, nova novela das oito da Globo, a Índia irá ser muito comentada no Brasil. O que acha que vai virar moda por aqui? - Exatamente a cultura de vestir. Acho que esse colorido, os modelos como batas e kaftans viraram tendência. Eu, por exemplo, trouxe muitas coisas que as mulheres de lá usam para usar no Brasil. - Como são essas mulheres indianas? - Elas têm um monte de filhos, crianças pobres e muito felizes, e são as responsáveis pelo trabalho pesado. Em Bodhgaya, as mulheres é que carregam tijolos, areia e fazem o serviço que no Brasil os homens fazem. Constroem casas e prédios e, mesmo assim, sempre estão sorrindo. Fiquei encantada e senti uma vibração enorme. Voltarei para Bodhgaya dentro de seis meses, com certeza.