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Etimologia

Redação Publicado em 28/02/2012, às 12h32 - Atualizado às 12h35

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Barão: do frâncico baro, guerreiro e homem livre. O frâncico era a língua germânica ocidental dos francos, do grupo dos idiomas do alto-alemão, dos quais há muitos vestígios no francês, de onde vieram para o português. Passou depois a designar senhor feudal de grande autonomia, latifundiário subordinado diretamente ao rei ou a outro senhor feudal. Tornou-se título de nobreza, abaixo de visconde, conde, marquês, duque e arquiduque. Nos versos iniciais de Os Lusíadas, do poeta português Luís Vaz de Camões (1524-1580), “as armas e os barões assinalados”, barões, plural de barão, é vocábulo já associado a varões, homens de grande poder, pois é frequente a troca do “b” inicial por “v” no português de Portugal. Modernamente aplicou-se a homens que se distinguiram na economia. O título aparece também no feminino baronesa denominando avenidas e ruas Brasil afora. O latim baro designava o imbecil.

Diplomacia: do francês diplomatie, de diploma, do grego díploma, objeto duplo, papel dobrado, pelo latim diploma, permissão escrita, salvoconduto, autorização. Designa ciência e arte das negociações, marcadas pela circunspeção, gravidade, delicadeza de modos, finura e ao mesmo tempo astúcia nas relações com os outros, sobretudo  os negócios e interesses com os estrangeiros. A sede da diplomacia brasileira é o Palácio das Relações Exteriores, conhecido, tanto o prédio como o Ministério das Relações Exteriores, como Itamarati, escrito também Itamaraty, palavra formada dos compostos tupis ita, pedra, e marati, branca. Localizado em Brasília, é a construção com o maior vão sem colunas do mundo, 2800 metros quadrados. Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer (104), começou a ser edificado em 1960, mas as obras só foram concluídas 10 anos depois. O Anexo II é chamado Bolo de Noiva.


Guarda-selos: de guardar, do latim medieval guardare, que foi como os romanos escreveram o germânico wardôn, montar guarda, verbo formado de warda, olhar, cuidar, prestar atenção, como faz a sentinela; e selos, do latim sigilum, marca pequena, sinalzinho, diminutivo de signum, sinal. O guarda-selos era o alto funcionário dos palácios reais, episcopais ou papais responsável pelas relações e tratados com os reinos estrangeiros. Sigilo virou sinônimo de segredo porque o selo que autenticava os documentos também lacrava as mensagens. O guarda-selos tornou-se chanceler, denominação para ministros das Relações Exteriores ou para funcionário altamente qualificado encarregado das relações de uma instituição.

Ita: do tupi ita, pedra, ferro, qualquer elemento muito duro. Veio a designar navio porque esse étimo indígena estava nas sílabas iniciais dos nomes das embarcações de cabotagem da Companhia Nacional de Navegação Costeira, que faziam o percurso entre o Norte e o Sul do Brasil: Itaquatiara, Itanajé, Itapajé, Itapé, Itaquicé e Itassucé. Esses navios foram celebrizados em canções gravadas por muitos cantores, como “Peguei um Ita no norte/ Pra vim pro Rio morar/ Adeus meu pai, minha mãe/ Adeus Belém do Pará.”

Limite: do latim limite, declinação de limes, caminho, atalho, fronteira de uma propriedade ou um país, correlacionado com limen, soleira, porta, entrada. Designa até onde vai determinada extensão, como os limites de um país, de um Estado e de um município, em face de outros que lhe são vizinhos. O principal responsável pelos limites traçados para nosso País foi José Maria da Silva Paranhos Júnior, o barão do Rio Branco (1845-1912), patrono da diplomacia brasileira e um dos mais famosos barões do Brasil.

Monarquia: do grego monarkhía, pelo latim monarchia, regime em que o poder supremo é exercido por uma só pessoa, como é o caso da rainha Elisabeth II (86), desde 1952 no trono do Reino Unido. A monarquia foi o regime político do Brasil, desde 22 de abril de 1500, no reinado de Manuel (1469-1521), rei de Portugal, até 15 de novembro de 1889, quando foi deposto por golpe de Estado Pedro  II (1825-1891), carioca de nascimento, filho de Pedro I (1798-1834), imperador do Brasil e 27º rei de Portugal, homônimo do oitavo rei português, Pedro I (1320-1367), aquele que depois de morta fez rainha a sua amante, Inês de Castro (1320-1355).