Ao lado da namorada, Andréa Leal, o ator Eriberto Leão curtiu os encantos de Manaus e, em conversa com o Portal CARAS, contou os planos com amada e deu detalhes de seu documentário ‘Aos Brasileiros’, sobre a questão indígena
Redação Publicado em 25/11/2009, às 16h47 - Atualizado em 26/11/2009, às 12h19
Desde o fim da novela Paraíso, da Globo, Eriberto Leão vem se dedicando à finalização do documentário Aos Brasileiros, sobre a questão indígena. Como diretor, sua ideia é que a produção sirva como "um alerta sobre a questão do território indígena no Brasil", contou ao Portal CARAS.
Com a ajuda de Malvino Salvador e Rodrigo Santoro para mostrar para o público brasileiro a região do Parque Indígena do Xingu, no norte do Estado do Mato Grosso, Eriberto foi um dos convidados da 6ª edição do Amazonas Film Festival - Aventura, Natureza e Meio Ambiente, que aconteceu no início do mês em Manaus.
Ao lado da namorada, Andréa Leal, com quem está há quatro anos, o ator, que também se prepara para estrear nos palcos no início de 2010 com a adaptação do texto A Lie of the Mind, de Sam Shepard, aproveitou a estada na capital amazonense para, além de assistir aos filmes da mostra, passear pelos pontos turísticos da cidade, como o Mercado Público Municipal Adolpho Lisboa e o hotel da Selva Ariaú Amazon Towers.
Entre um passeio e outro, Eriberto falou com exclusividade ao Portal CARAS. Na conversa, ele dá detalhes sobre a finalização do documentário que deve estrear no segundo semestre de 2010, mostra a importância do festival de cinema em Manaus e conta os planos com a amada.
Confira abaixo a entrevista de Eriberto Leão ao Portal CARAS:
- Você pode dar detalhes do documentário Aos Brasileiros?
- O documentário é um alerta sobre a questão do território indígena. Entrevistei muitas pessoas, índios, funcionários da FUNAI (Fundação Nacional do Índio), políticos, fazendeiros, todos com opiniões diversas sobre o mesmo tema, que, aliás, é um assunto confuso e complexo. Tenho descoberto muitas coisas. As pessoas me passam informações sigilosas, que são fundamentais para o documentário. Elas fazem isso por gostarem do meu trabalho como ator. Aqui mesmo em Manaus uma pessoa ligada a um órgão federal, elogiou a novela Paraíso e me passou uma informação valiosa, que uma erva estaria curando uma doença gravíssima, mas que existem interesses de terceiros, que não querem que essa informação chegue ao grande público.
- Quando o documentário deve estrear?
- Metade do documentário já está pronta. Nos meses de dezembro e janeiro pretendo terminar toda a captação de imagens, para estrear no segundo semestre de 2010. É um projeto independente, conto com a participação do Malvino Salvador e de Rodrigo Santoro. Eu gravo, edito, faço sonoplastia e iluminação.
- Você acredita que o ator possa ter uma função social como terá o documentário?
- Sou ator para ser um porta-voz. O artista que busca a arte verdadeira sempre vai se interessar por temas que mostrem novos caminhos para a sociedade, que informem e transformem as pessoas.
- Nesse contexto, é importante ter um festival de cinema no Amazonas?
- A arte de um povo é o seu espelho para o mundo. Uma nação é forte se tiver uma cultura igualmente forte. Temos que ter um cinema atuante, que represente o Brasil dentro e fora de uma maneira clara e revolucionária.
- Você assistiu algum filme da mostra? Qual te chamou mais atenção?
- Vi um documentário maravilhoso, o Contratempo, de Malu Mader. Conta a história de uns meninos cariocas sem condições financeiras para estudar música, mas que com garra e determinação conseguiram vencer os obstáculos e se tornarem grandes músicos. Tenho certeza que quem assistiu ao filme chorou. Eu fui modificado, cinema é isso, é transformação.
- Você já veio inúmeras vezes para Manaus. O que mais gosta de fazer na cidade?
- Ir para a Floresta, sempre que posso, vou para um cidade aqui bem pertinho da capital, chamada Presidente Figueiredo, que tem as cachoeiras mais deslumbrantes do mundo e as formações geológicas inacreditáveis.
- Desta vez, o que você fez?
- Não conhecia o Ariaú, é um lugar lindo. Fiz uma caminhada na selva. Busco muito essa relação relação com a natureza. Aquele lugar é maravilhoso, parece um cenário de filme.
- O que gosta de fazer nas horas de folga?
- Ler e pesquisar civilizações antigas, e procurar aprender sobre o quê não é ensinado oficialmente.
- Você sempre quis ser ator?
- Sim, comecei a fazer teatro com 17 anos. Minha mãe me convenceu que seria bom aprender a atuar. Na primeira aula, fui um pouco tímido, mas logo me apaixonei e nunca mais consegui largar.
- Qual o balanço que você faz de 2009?
- Foi um ano maravilhoso, um dos melhores da minha vida. O Zeca, meu personagem em Paraíso, foi forte e um marco muito importante na minha vida profissional.
- Você e a Andréa estão juntos há quatro anos. Como é a Andréa como namorada?
Uma grande companheira, inteligente, sensível e linda. A sua doçura, o companheirismo e o seu apoio, me conquistaram.
- Vocês já pensam em casamento?
- Sim, é uma consequência do nosso relacionamento, mas ainda não temos planos para agora. Estamos muito felizes assim.