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Em ascensão, Tânia Pozzebom fala de seus sonhos e confessa: 'modelo sofre'

Tânia Pozzebom já morou fora, desfilou para grandes marcas do mercado de moda internacional e foi modelo de corpo da estilista Donatella Versace

Redação Publicado em 01/06/2012, às 11h38 - Atualizado em 02/06/2012, às 23h27

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Tânia Pozzebom - Divulgação
Tânia Pozzebom - Divulgação

Com as marcas Chanel, Jean Paul Gaultier e Karl Lagerfeld no currículo de desfiles, a modelo Tânia Pozzebom (24) já se destaca entre as brasileiras no mercado internacional da moda. Ela já foi modelo de corpo da estilista italiana Donatella Versace (57). "Foi uma delícia ver a Angelina Jolie usando uma roupa que foi desenhada no meu corpo!", 

Tânia também estrelou a campanha da Moschino e já trabalhou em diversos países, como Tóquio, Paris, Milão, Barcelona, Londres, Nova York, Sydney e Hamburgo. Em entrevista à CARAS Online, ela fala sobre seus projetos com a carreira de modelo e seus sonhos fora dela. “Acho que o maior desafio de qualquer modelo é conseguir se manter no mercado por muito tempo”, diz a modelo.

Confira a entrevista completa:

- Como se iniciou na carreira? Você buscou isso?
Um fotógrafo de Araraquara [sua cidade natal] me convidou para fazer umas fotos quando eu era super novinha, tinha 11 anos. Alguns anos mais tarde eu acabei me inscrevendo num concurso de modelos e cheguei até São Paulo, mas eu era muito novinha, muito tímida. Só mais tarde mesmo que eu vim de mala e cuia para São Paulo. Comecei a trabalhar bastante, a fazer desfiles, fotografar para revista e daí começaram a surgir as viagens: primeiro Japão, depois Milão, Paris. Fiquei uns dez anos fora, morei em vários lugares - Estados Unidos, Itália, Suíça, Austrália, Turquia... Voltei a morar no Brasil no final do ano passado. Mas acho que sim, no fundo do meu coração eu sempre quis ser modelo. Desde criança eu brincava de desfilar, de fazer revista. Eu fazia uma super produção com meu irmão mais novo, usava ele de modelo e depois tirava umas quinhentas fotos!

- E como foi deixar a família para ir morar no exterior?
Eu tive muita sorte porque minha mãe me acompanhou em todas as minhas viagens até os meus 18 anos. Depois, quando comecei a viajar sozinha, já me sentia segura o suficiente. Claro que existem momentos de muita solidão, então nas horas livres eu matava o tempo conhecendo as cidades, indo aos museus, mas quase sempre eu acabava conhecendo outras modelos brasileiras que também estavam viajando ou acabava  fazendo amizade e conhecendo um monte de gente. E eu sempre mantive minha família muito próxima, mesmo estando do outro lado do mundo, falava sempre com a minha mãe e voltava para casa a cada três meses. Acho a coisa mais importante do mundo manter essa base sólida que é a família.

- Qual a parte mais difícil da vida de modelo?
São as longas horas de trabalho, ás vezes temos que acordar às 3h para fazer  fotos externas, para dar tempo de maquiar, arrumar o cabelo e ficar pronta para pegar o dia amanhecendo. Tudo em função da melhor luz. E modelo sofre com sapato menor do que os pés, sofre para fotografar moda praia no inverno ou moda inverno no deserto, ou em um calor de quarenta graus... Mas no final tudo sempre fica lindo!

- Qual foi seu maior desafio até hoje?
Acho que o maior desafio de qualquer modelo é conseguir se manter no mercado por muito tempo. Eu venho trabalhando desde muito cedo e hoje eu posso dizer que tenho trabalhado até mais do que quando eu era super novinha. A gente vai criando experiência, vai ficando mais segura e hoje em dia eu sou uma mulher, me sinto bem na minha própria pele, estou feliz comigo mesma. Acho que tudo isso transparece nas fotos.

- Como foi ser modelo de corpo de Donatella Versace? Ela é muito exigente?
Trabalhei para a Versace Collection no período em que morei em Milão. Eu era o corpo da marca. Foi uma experiência incrível porque ali eu aprendi muito sobre o processo de criação, das coleções, desde as pesquisas até o final, quando as roupas estavam já prontas para as lojas. A Donatella é muito profissional, muito decidida, sempre calma e elegantérrima, nunca havia um fio de cabelo fora do lugar! E muito querida!  Quem trabalha ali tem um enorme respeito e um super carinho pela família Versace. É muito gratificante ver com quanto amor se faz cada peça de roupa, o quanto tudo é pensado nos mínimos detalhes. Fora que foi uma delícia ver a Angelina Jolie usando uma roupa que foi desenhada no meu corpo!

- Carreira de modelo costuma ter um prazo de validade curto. Você tem outros planos? É verdade que sonha em ser chef de cozinha?
A minha querida vovó é espanhola de Granada, então não preciso nem dizer o quanto ela cozinha bem. Cresci sendo super mimada por ela, que faz até hoje os doces mais gostosos que eu já comi em toda a minha vida! Nesse período em que morava fora, para matar um pouquinho a saudade de casa, eu comecei a cozinhar as receitas da minha avó e daí nasceu a minha paixão por cozinha. Atualmente, eu faço um curso de chef e estou amando, aprendendo cada vez mais. Eu penso muito em um dia ter um Café, com as receitas dos doces da minha avó.

- Por fim, quem são seus ídolos no mundo da moda?
Eu admiro muito as pessoas que criam de verdade e não copiam, eu as acho corajosas. Adorei ter trabalhado com o Jean Paul Gaultier, que além de talentoso é muito querido – durante os desfiles, mesmo estando super ocupado, ele sempre dava atenção e conversava com todo mundo. Admiro muito as pessoas que estão nesse ramo há muito tempo, seja como modelo, produtor, fotografo ou estilista. Elas são vencedoras.