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A dor da família Veloso com a morte de Nicinha

Maria Bethânia e Caetano Veloso choram a perda da sua irmã mais velha, Nicinha

Redação Publicado em 01/11/2011, às 19h31 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43

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A dor da família Veloso. - Luiz Tito / AE
A dor da família Veloso. - Luiz Tito / AE

A família Veloso se vestiu de branco, uma tradição do clã, para dar adeus a Eunice Souza de Oliveira, de 83 anos. A morte de Nicinha, como era conhecida a filha mais velha de d. Canô (104), adotada por ela aos 3 anos de idade, comoveu o município de Santo Amaro da Purificação, no Recôncavo Baiano. Irmã dos músicos Maria Bethânia (65) e Caetano Veloso (69), ela estava internada desde o início de outubro na Unidade de Tratamento Intensivo do Hospital Português, em Salvador, onde veio a falecer de insuficiência respiratória na quarta-feira, 26. dia Um dia depois, a Igreja Matriz Nossa Senhora da Purificação lotou na sua missa de corpo presente. Emocionada e em cadeira de rodas, d. Canô participou da celebração e seguiu o cortejo até a entrada do Cemitério Canto da Caridade, mas não acompanhou o sepultamento. “O que aconteceu foi uma paulada, mas sou como um poste, continuo firme”, limitou-se a dizer a matriarca da família, que só este ano foi hospitalizada duas vezes — em julho, para se recuperar de uma traqueobronquite e problemas abdominais e, no mês seguinte, por fortes dores na coluna.

Parentes costumam ressaltar que a música entrou na casa dos Veloso pelas mãos de Nicinha. Além de cantar, ela tocava piano de ouvido e incentivava os irmãos menores com os seus acordes. Tornou-se o braço direito, um verdadeiro anjo da guarda de Maria Bethânia. Há mais de 30 anos, ela costumava viajar com a cantora e estava sempre de prontidão em suas apresentações. Era Nicinha quem arrumava o camarim, organizava a entrada dos fãs e cuidava das roupas da artista, que não parou um minuto de chorar. Caetano Veloso também se mostrou bastante abalado com a morte da irmã e foi consolado pelos seus familiares. Em 1975, ele compôs a música Nicinha, uma das faixas do álbum Qualquer Coisa, homenageando-a em seus versos.“Se algum dia eu conseguir cantar bonito/ Muito terá sido por causa de você, Nicinha/ A vida tem uma dívida com a música perdida/ No silêncio dos seus dedos/ E no canto dos meus medos/ No entanto, você é a alegria da vida”, diz a letra da canção.