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Dois novos remédios aumentam a sobrevida de quem tem melanoma

Redação Publicado em 09/08/2011, às 18h47 - Atualizado em 08/08/2019, às 15h43

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O melanoma é o câncer de pele menos comum, porém o mais grave. Sozinho, responde por cerca de 80% das mortes por esse tipo de câncer. O pior é que o melanoma metastático, ou seja, que já se espalhou para a própria pele, para os gânglios ou para órgãos como fígado, pulmões ou cérebro, não conta com tratamento eficaz. Mas uma boa notícia veio do 47º Congresso Anual da Sociedade Norte-Americana de Oncologia Clínica, realizado em junho último, na cidade de Chicago: acabam de ser criados dois medicamentos que podem aumentar a sobrevida dos portadores de melanoma metastático em estágio avançado.

A primeira droga é a Ipilimumab. Ela estimula as defesas orgânicas do doente para que destruam as células cancerosas. Seu uso clínico foi aprovado pela FDA (Food and Drug Administration), organismo que controla o setor de alimentos e remédios nos Estados Unidos. É possível que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), do Ministério da Saúde, aprove em breve o uso clínico do novo remédio no País.

Já a segunda droga é a Vemurafenib. Ela neutraliza a ação de uma proteína envolvida na proliferação das células cencerosas. Sua ação foi comparada com a da quimioterapia tradicional com dacarbazina em 600 portadores de melanoma metastático em estágio avançado em 104 centros médicos de 12 países. O resultado foi que o Vemurafenib proporcionou uma diminuição do tamanho do tumor e aumentou a sobrevida de parte dos doentes. Agora os pesquisadores iniciam um estudo cujo objetivo é saber o que ocorre quando os doentes são tratados ao mesmo tempo com os dois medicamentos.

A incidência dos cânceres de pele, vale destacar, aumenta muito atualmente. Só para se ter uma ideia, nos anos 1920 havia todo ano um caso de melanoma a cada grupo de 50000 bebês nascidos vivos em todo o planeta. Nos anos 1940, subiu para um caso em cada grupo de 5000 bebês nascidos vivos. Hoje ocorre um caso a cada grupo de 500 bebês e as previsões são de que, na próxima década, haverá um caso a cada grupo de 50 bebês nascidos vivos. Segundo a Sociedade Norte-Americana do Câncer, houve no ano passado no país 68000 novos casos da doença, com 8700 mortes.

O melanoma é mais frequente em pessoas de pele clara e sensível, mas ocorre também nas morenas e negras. As pesquisas constataram que apresenta traços genéticos — quem tem casos na família está mais suscetível. Em geral manifesta-se por uma lesão pigmentada que surge do nada ou da transformação de uma pinta normalmente de nascença.

Pode dar mestástase rapidamente. Deve-se ficar atento a pintas assimétricas; que têm as bordas irregulares; apresentam coloração em dois ou mais tons, geralmente branco, preto ou marrom; e com diâmetro superior a 6 milímetros. Outras indicações de gravidade são: coceira, dor, escamação e sangramento.

Felizmente, é possível evitar o câncer de pele, também o melanoma, com o uso diário de filtro solar. Boa parte dos brasileiros, apuraram as pesquisas, ainda não adotaram esse hábito vital. Mas os pais precisam ensiná-lo aos filhos desde os primeiros anos de vida. Com as alterações climáticas que enfrentamos, em que os períodos de sol aumentam em todo o planeta, poderá ser decisivo para a vida.