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DIAS REAIS DO PRESIDENTE LULA E D. MARISA

TOUR DO BRASILEIRO POR MONARQUIAS EUROPÉIAS MISTURA GLAMOUR COM POLÍTICA

Redação Publicado em 20/09/2007, às 16h39

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DIAS REAIS DO PRESIDENTE LULA E D. MARISA
DIAS REAIS DO PRESIDENTE LULA E D. MARISA
Não faltaram momentos de pompa e circunstância nos nove dias do mais recente tour internacional do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (61). Acompanhado da primeira-dama, Marisa Letícia (57), ele fez sua primeira viagem oficial - e a primeira de um chefe de Estado brasileiro - aos países nórdicos, passando por Finlândia, Suécia, Dinamarca e Noruega. Encerrando a jornada, uma estada de três dias na Espanha. Ao visitar algumas das mais charmosas monarquias européias, o primeiro-casal brasileiro mostrou desenvoltura ao participar de recepções, jantares e demais atos protocolares, contribuindo para consolidar a imagem positiva do país. Na Suécia, Lula e dona Marisa foram recebidos em Estocolmo com honras de Estado pelo rei Carl XVI Gustav (61) e pela rainha Silvia (63). Após as saudações, os casais se dividiram e embarcaram em duas carruagens do século XIX para percorrer o caminho até o Palácio Real. À frente, o presidente brasileiro e o rei. Logo atrás, dona Marisa vinha ao lado da rainha. Ambas escolheram tailleurs de tons claros para o passeio. Para se proteger do vento gelado, ela cobriraram as pernas com mantas. A soberana, filha de mãe brasileira e pai alemão, que viveu no Brasil dos quatro aos treze anos de idade, mais uma vez demonstrou sua simpatia, aproveitando para praticar o português com a visitante enquanto acenava para o povo nas ruas. Ao chegar ao palácio histórico que é a residência oficial da monarquia da Suécia e cujos fundamentos da construção datam do final do século X, Lula passou em revista as tropas reais. Logo após a cerimônia solene, o presidente pôde atestar que sua popularidade com os conterrâneos que vivem lá fora continua em alta. Cerca de 200 brasileiros - muitos portando bandeiras - aguardavam na porta para saudá-lo. Lula respondeu com a descontração habitual, acenando e sorrindo. "Estou muito feliz por estar aqui. As relações entre Brasil e Suécia são extremamente boas", comentou ele. Dona Marisa se empenhou, e fez bonito com os corretos figurinos que escolheu para a viagem. Nos compromissos diurnos e menos formais, uma coleção de tailleurs bemcortados e de cores discretas garantiram a elegância da primeira-dama. Para os jantares oficiais, ela optou por mostrar criações de estilistas nacionais renomados, e mais uma vez se destacou como uma embaixatriz da moda brasileira. Só de Walter Rodrigues (47) foram dois vestidos, encomendados diretamente por dona Marisa no ateliê do estilista, em São Paulo, no início de setembro. No jantar de gala oferecido pelos reis da Suécia ao presidente brasileiro, ela optou pelo longo confeccionado com três camadas de tule de seda azul-marinho sobre uma de tule dourado. Aplicações de renda guipure sobre o colo e nas mangas deram um toque sofisticado ao modelo. A outra criação de Walter levada na bagagem da primeira-dama foi um vestido de cor beterraba, usado em uma das recepções na Dinamarca. Em georgete de seda, o modelo tem pequenos quadrados plissados do próprio tecido, rebordados com paetês e aplicados sobre o colo e as mangas. Dona Marisa também levou um blazer assinado pela estilista Glória Coelho (55), que usou no encontro com os nobres da Noruega. Confeccionada em gabardine preto com prata, a peça deu um toque moderno e casou perfeitamente com a saia longa preta e clássica escolhida para completar seu visual. Para o jantar no Palácio Real de Estocolmo, o presidente Lula chegou acompanhado da elegante rainha sueca, enquanto dona Marisa entrou no salão com o rei Carl XVI Gustav. A noite de gala foi a ocasião perfeita para as nobres nórdicas exibirem suas jóias, com destaque para a coroa da rainha e as tiaras de suas filhas, as belas princesas Victoria (30) - a herdeira do trono - e Madeleine (25). Ao lado das irmãs, o príncipe Carl Philip (28) também esbanjou charme na recepção. Durante o encontro, a família real se esmerou em dar atenção aos integrantes da comitiva brasileira. A loira Madeleine, por exemplo, passou boa parte do jantar conversando com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim (65). O motivo primordial da viagem do presidente pela Europa foi divulgar as oportunidades de negócios e investimentos estrangeiros no Brasil - com ênfase na questão do biodiesel e do etanol. No começo, ele evitou dar declarações sobre o Brasil, mas terminou o tour com algumas entrevistas para jornais locais e também para jornalistas brasileiros. Mais uma vez ele demonstrou desembaraço e carisma - tanto nos compromissos oficiais como no trato com o povo. E garantiu que a política sempre fará parte de sua vida. "Não vou deixar a política, ela está em mim há muitos anos. O que vai acontecer depois não sei, falta muito tempo. É uma ilusão, e eu não trabalho com as ilusões. Se estiver vivo em 2014, vou dar graças a Deus", disse ele, ao jornal espanhol El País, quando questionado se pensava em abandonar a vida pública após seu mandato. Acompanhado de uma comitiva que incluía ministros de Estado e empresários, Lula fez questão de "vender" a imagem e os produtos do Brasil por onde passou. O empenho presidencial rendeu momentos divertidos, como sua volta em um ônibus urbano em Estocolmo, para conhecer o veículo movido a etanol brasileiro. Dirigindo-se aos jornalistas, Lula provocou: "Quero ver vocês colocarem que 600 ônibus como esse circulam na Suécia." Enquanto o presidente se encontrava com autoridades e empresários, dona Marisa aproveitou para conhecer as atrações locais. Na Suécia, tendo como guias de luxo a princesa Victoria e a rainha Silvia, ela visitou o Vasa, impressionante museu marítimo aberto em 1990 na ilha de Djurgården - no centro de Estocolmo -, construído especialmente para abrigar o único navio de guerra do século XVII existente no mundo, o Vasa que dá nome ao prédio. Ornamentada com centenas de esculturas talhadas, a embarcação é um tesouro artístico de valor inestimável. O local abriga exposições relativas ao navio de guerra, loja e um restaurante de luxo. Da Suécia, a comitiva partiu para a Dinamarca, Noruega e fechou o circuito europeu na Espanha. Entre as visita aos reis, o presidente Lula falou sobre a contribuição de alguns regimes monárquicos às sociedades de seus países. "Em alguns casos, a democracia só foi mantida num país pela existência de um rei, da figura que ele representa", comentou o brasileiro