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Deslocamentos do ombro ocorrem mais nas primeiras décadas de vida

Redação Publicado em 02/05/2012, às 11h57 - Atualizado às 12h02

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O ombro é a articulação humana que pode se movimentar em mais posições, por isso é a que mais se desloca. Deslocamentos de ombro podem ocorrer em qualquer fase da vida. São mais comuns, porém, nas três primeiras décadas, quando os ligamentos são mais elásticos e as pessoas se arriscam mais. Jovens com menos de 20 anos que desloquem um ombro por trauma apresentam 95% a 100% de risco de deslocá-lo de novo. À medida que as pessoas amadurecem, o número de casos diminui, porque se arriscam menos e seus ligamentos e músculos vão ficando mais rígidos.

O ombro pode deslocarse para baixo, para trás e para a frente; em 95% dos casos, porém, se desloca para a frente. As causas dividem-se em traumáticas, atraumáticas ou adquiridas. Os deslocamentos traumáticos são mais comuns nos homens e devem-se sobretudo ao exagero nos esportes e a acidentes. Em geral ocorrem só em um ombro. Os atraumáticos, por sua vez, são mais frequentes nas mulheres e resultam de frouxidão nos ligamentos dos ombros herdada geneticamente. Nessa situação, em geral ocorrem ao mesmo tempo nos dois ombros. Adquiridos, enfim, são aqueles casos em que a pessoa tinha o ombro normal e de tanto rodar o braço na natação, por exemplo, os ligamentos ficaram “frouxos” e o ombro se deslocou.

Os deslocamentos do ombro se caracterizam pela saída da cabeça do úmero (osso do braço) da escápula (local onde se encaixa). Com isso, ocorre lesão ou até o rompimento das estruturas existentes na área, como ligamentos e músculos, podendo comprimir ou romper também nervos. Os sintomas do deslocamento repentino são: dor intensa, formigamento ou dormência no braço, deformidade local visível e limitação dos movimentos. O paciente não consegue movimentar o braço. Não se deve, nesta situação, tentar pôr o ombro no lugar, porque às vezes há também fraturas e corre-se o risco de agravá-las. Só o médico pode fazê-lo, e após ter realizado uma radiografia.

Pessoas que suspeitem que um de seus ombros tenha se deslocado devem consultar um ortopedista, fazer o diagnóstico e tratar-se. Isso é fundamental, porque deslocamentos não tratados podem levar a sequelas irreversíveis, com limitações dos movimentos, e até favorecer necroses e a formação de artrose no futuro. Se o deslocamento ocorreu pela primeira vez, a providência inicial do médico é fazer uma radiografia para saber se houve também fratura. Constatando que se trata só de um deslocamento do ombro para a frente, com manobras coloca-o de volta no lugar. O paciente toma analgésicos e antiinflamatórios, para diminuir a dor e o inchaço, e usa tipoia por três semanas, que protege o ombro e permite que os tecidos cicatrizem. Depois faz fisioterapia para recuperar os movimentos do ombro.

Recorre-se à cirurgia nas seguintes situações: a) se o paciente desloca o ombro outras vezes; b) quando, após se tratar, continua com dor ao movimentar o ombro; c) se se sente inseguro, com medo de que seu ombro se desloque de novo; d) em pacientes com atividades de risco; e e) em jovens com menos de 20 anos, pelo alto risco de novos deslocamentos. A cirurgia consiste em reparar e pôr no lugar o que foi danificado, reduzindo o risco de novos deslocamentos.