DANTON MELLO ESQUIA PELA PRIMEIRA VEZ

por Carlos Lima Costa O espírito aventureiro é marca registrada de Danton Mello (33). Toda vez que conclui um trabalho, inicia uma viagem para conhecer culturas e países diferentes. Mas somente agora realizou um velho sonho. "Já havia visto neve. Mas nunca esquiado. Não é fácil para quem vive em um país tropical descer uma montanha gelada. Mas me joguei sem medo e brinquei um pouco. A dificuldade é pegar o equilíbrio", garantiu ele, que é irmão de Selton Mello (35), no Valle Nevado Ski Resort Chile, a 3025 metros de altitude. A experiência foi tão positiva que Danton deseja voltar com as filhas, Luisa (7) e Alice (4), da união com Laura Malin (34), de quem se separou há quase três anos. Afastado das novelas desde Sinhá Moça, em outubro de 2006, o ator faria este ano Paraíso, mas o remake foi cancelado. Agora, ensaia com Priscila Fantin (25) a peça Vergonha dos Pés, de Fernanda Young (38), que estréia em setembro, no Teatro Folha, em São Paulo. Com tempo livre e solteiro, passou a curtir a noite e foi visto em várias companhias, entre elas a da atriz Juliana Knust (27), a mais constante. - Após a separação, você vem recuperando o tempo perdido? - Aproveitei 12 anos com uma companheira maravilhosa. Não gerávamos notícia porque éramos um casal certinho, como Tony Ramos e sua mulher, Lidiane. Agora, vivem falando de mim, por estar solteiro e sempre ser visto com uma, com outra. - Você era paquerador antes de casar com a Laura? - Sim, com 15 anos já virava a noite no Baixo Leblon. E agora não vou deixar de sair preocupado com o que os outros vão pensar. Aproveito a vida, a qualquer momento posso encontrar alguém bacana com quem vou viver a dois de novo. E, quem sabe, ter filhos. Gosto da vida de casado, mas tem que deixar rolar, esperar aparecer alguém que mexa comigo. Só que agora é o pacote, tem que mexer também com minhas filhas. - Elas sentem ciúme de você? - Nunca me viram com outra, mas acredito que não vão sentir. Agora, não acho bacana me envolver com mulheres diferentes na frente delas. Pode criar confusão. Quando tiver uma relação séria, eu assumo para as meninas. - Então nunca namorou alguém após a Laura? - Tive uma relação um pouco maior, elas conheceram. - Foi com a Juliana Knust? - É. Mas não a conheceram como namorada, apenas como amiga. E nem sei se foi namoro. Tivemos algo bacana, ela mexeu comigo, mas não deu certo, enfim, tenho carinho por ela. - Vocês às vezes saem juntos? - Gostamos de curtir, sem compromisso. Nós somos amigos. Encontrei mulheres legais, mas continuo na vida, solteiro. O que vai acontecer no futuro, eu não sei. - A prioridade é curtir sem compromissos? - É, mas sem descuidar das minhas filhas. Elas são prioridade. Se me envolver, que esta mulher venha para agregar, formar parceria, ter cuidado com as meninas e aí poderemos ter os nossos filhos. - É um pai ciumento? - Claro, mas nada possessivo. Luisa já vem com o papo 'meu namoradinho da escola'. Aí mostro que o homem deve cuidar bem da mulher. No aniversário dela, ele apareceu com um buquê de flores, muito fofo. É gostoso ver minha filhinha crescendo. Um dia, vai encontrar alguém bacana e vou ter meus netos. O acidente de helicóptero que sofri há dez anos reforçou meu pensamento de aproveitar todos os momentos, porque não sabemos o dia de amanhã. Se tivesse morrido, iria feliz, porque já tinha feito muita coisa. Resisti, tive minhas filhas lindas. É demais ter um pedaço de você para cuidar, brincar. Ensino a elas o que aprendi com meus pais: o respeito à família e a solidariedade. - Sendo pai separado, como é a rotina com as filhas? - Tenho uma relação ótima com a Laura. É uma guarda compartilhada. Fizemos isso sem mediação de juiz ou advogado. Combinamos tudo. Se ponho de castigo e proíbo algo, ela mantém isso. É a mesma criação nas duas casas. Isso é bom para as crianças.