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Crescimento da próstata é tratado com remédios, cirurgia ou laser

Redação Publicado em 28/06/2011, às 11h27 - Atualizado às 18h52

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A próstata, glândula anexa ao aparelho genital masculino, produz substâncias que compõem o líquido que o homem ejacula. Ela envolve a porção inicial da uretra, canal que transporta a urina da bexiga para o exterior. Como grande parte dos tecidos e órgãos, está suscetível a doenças. Uma das mais comuns é seu crescimento anormal, conhecido como hiperplasia benigna da próstata, que atinge 20% a 30% dos homens após os 45 anos e quase 90% após os 80.

Sob a ação do hormônio testosterona, vale relembrar, a próstata cresce desde o primeiro momento de vida do bebê. Por volta dos 20 anos ela atinge o tamanho (de uma noz) e o peso (15 a 25 gramas) normais. O problema é que continua crescendo e começa a comprimir o canal uretral, que aos poucos pode ficar obstruído e perder a capacidade de transportar urina. O crescimento da glândula prejudica também o mecanismo do ato de urinar, ou seja, contração da bexiga para expulsar a urina e relaxamento da uretra para que saia pelo canal.

Os sintomas da hiperplasia são: levantar muito à noite para urinar; fazer força para expelir a urina, com jato mais fino; hesitância para urinar, isto é, interromper e continuar várias vezes o ato; aumento do número de micções durante o dia; e, mais grave, porém incomum, interrupção urinária total.

Não se sabe o que leva ao crescimento da próstata. O fato de crescer, porém, não significa que os homens vão ter sintomas. As estatísticas indicam que, aos 45 anos, 20% deles têm algum grau de dificuldade para urinar; já aos 70 anos esse número sobe para 40%.

Ainda não se pode evitar a hiperplasia. Quem tem sintomas deve consultar um urologista, até porque a doença às vezes leva a outros problemas graves, como infecções, sangramento ao urinar, espessamento dos tecidos da bexiga, com prejuízo para sua contração; formação de divertículos e cálculos na bexiga; retenção urinária aguda; e dilatação dos rins, que pode levá-los a perder a função.

O diagnóstico de hiperplasia é feito com toque retal e exames de imagem. Sempre é preciso descartar a presença de um câncer. Quando o homem tem crescimento da próstata e apresenta sintomas leves com os quais é capaz de conviver, não se trata. No caso de sintomas intermediários que interferem na qualidade de vida, trata-se com remédios. Existem dois tipos: os que facilitam o relaxamento da uretra e os que podem reduzir em

20% o tamanho da próstata. Recorre-se à cirurgia para a redução da glândula e/ou a abertura do canal uretral quando os sintomas são exuberantes ou surgem complicações. Há três tipos de cirurgia: convencional, endoscópica e por laser. A convencional é empregada quando a próstata é muito grande, pesando mais de 80 g. Nas situações em que tem em torno de 30 g, faz- -se apenas, por endoscopia, um corte profundo para abrir o canal da uretra. Quando tem 30 g a 80 g, emprega-se a ressecção endoscópica, técnica mais utilizada e que proporciona os melhores resultados. Neste caso, outra alternativa é o laser. É muito caro, mas fundamental para o tratamento de portadores de hiperplasia que têm problemas de coagulação sanguínea.

Infelizmente, os tratamentos cirúrgicos podem levar a problemas que devem ser informados ao paciente, como a ejaculação retrógrada, em que, quando ejacula, o esperma vai para a bexiga, de onde sai com a urina.