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Conheça as crises mais comuns no casamento e saiba lidar com elas

Solange Maria Rosset Publicado em 16/08/2006, às 17h01

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Solange Maria Rosset
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Todo casamento tem crises específicas, mas existem as que são comuns a todos eles. Ocorrem em função de mudanças e passagens pelos ciclos de crescimento da família e pela aprendizagem que é necessária em cada fase. Parte das crises é previsível. " Crises na estruturação estável do casal. É a etapa em que o par deixará de ser duas pessoas que estão juntas e passará a sentirse e mostrar-se como um casal. As relações com as famílias e os amigos precisam sofrer alterações. As tarefas do momento são as ligadas a que tipo de casal serão, que atividades desempenharão, qual contrato vão definir. O período requer muitas negociações, tanto das questões do casal, como das ligadas às famílias, aos amigos e ao trabalho. " Crises na estruturação e na produção da família. Incluem o nascimento dos filhos e a organização de uma vida familiar e de casal. Os parceiros terão de fazer ajustes para criar espaço às crianças e dividir tarefas domésticas, financeiras e de educação dos filhos. " Crises da meia-idade. O casal não tem mais a mesma preocupação com a manutenção da prole e as questões profissionais. Os filhos saem de casa e os dois podem voltar a dar maior atenção à união. É a época de avaliação do que já fizeram, sabendo que ainda existe a possibilidade de redefinições e novas escolhas. É importante saberem que ainda existe tempo para quase tudo que desejem. E é possível reorganizar os projetos de vida e retomar prazeres e objetivos adiados ou abandonados. " Crises ligadas à velhice. O maior problema é aceitar as mudanças individuais e do casal que se fazem necessárias em face do declínio fisiológico. Pode ser um momento especial de revisão e integração da vida e das escolhas. Além das crises previsíveis, pode haver outras. " Crescimento desproporcional dos cônjuges. Um dos dois às vezes se desenvolve mais que o outro. Isso ocorre por questões profissionais, de oportunidades ou de características pessoais. Parceiros podem usar as diferenças como estímulo para crescer e aprender ou deixar que sejam motivo para afastamento. " Acidentes com os filhos. Casais que driblam diferenças e dificuldades de forma constante podem entrar em crise quando se deparam com acidentes ou dificuldades importantes com um filho. Por ser uma relação vital e os pais viverem situações de impotência, insegurança, falta de lucidez, as dificuldades do casal, antes bem escondidas, aparecem. " Acidentes com um dos cônjuges. Nomembros do casal passa por dificuldades e precisa de cuidados, vem uma fase difícil, em que o carinho, a compreensão e a paciência serão colocados à prova. A necessidade de um ser cuidado e do outro cuidar, de um assumir sozinho tarefas e compromissos, às vezes traz à tona carências e queixas escondidas. Existe o risco de o casal se perder no emaranhado de críticas, cobranças, mágoas. " Mortes e perdas de emprego e financeiras. Cada parceiro terá sua forma de lidar com perdas. Eles podem piorar a situação ao entrarem em competição, alegando que seu modo de sofrer e lidar é o melhor. Quando existe mágoa e culpabilização do parceiro pela perda, a situação fica muito mais traumática. " Quebras de contrato. Acontece quando um dos cônjuges deixa de fazer o combinado. Pode ocorrer intencionalmente ou pelas mudanças da vida. Saber que o acerto rompido pode ser refeito ajuda a negociar e evitar que a crise seja intransponível. O casal precisará lidar com a perda e o resgate da confiança para que possa explicitar todos os ângulos da situação e negociar novos contratos. Quanto antes o casal perceber os ciclos e as crises de seu casamento, mais chance terá de evitar que gerem desencontro e afastamento. Tais fatos freqüentemente servem também de estímulo para a reavaliação da união, trazendo novo ânimo para descobertas e mudanças. Se os dois enfrentarem as crises unidos, a relação sairá fortalecida.