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Conheça a vida de dedicação de D. Lily

Rede Globo divulga comunicado com a trajetória de D. Lily Marinho, viúva do fundador das Organizações Globo, falecida nesta quarta-feira, 5

Redação Publicado em 05/01/2011, às 21h20 - Atualizado às 21h23

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Xuxa e Dona Lily Marinho - Arquivo Caras
Xuxa e Dona Lily Marinho - Arquivo Caras
Leia comunicado da Rede Globo sobre a morte de D. Lily Marinho, aos 90 anos: "Faleceu nesta quarta-feira, dia 05, Lily Monique de Carvalho Marinho, às 20h05 de falência múltipla dos órgãos. Dona Lily Marinho, como era conhecida, estava internada desde o dia 13 de dezembro de 2010, na Clínica São Vicente, no Rio de Janeiro. O sepultamento será amanhã, dia 06, às 10h30, no Cemitério São João Batista, em Botafogo. Filha única da francesa Jeanne Lamb e do inglês Edward John Lamb, Lily nasceu no dia 10 de maio de 1921, em Colônia, na Alemanha, onde seu pai estava servindo. Foi registrada na Inglaterra e educada em Paris, para onde seu pai, major do Exército britânico, havia sido transferido quando ela tinha quatro anos. Aos 17 anos, quando ostentava o título de miss Paris, ficou noiva do jornalista e fazendeiro brasileiro Horácio Gomes Leite de Carvalho Filho. Chegou ao Rio de Janeiro um ano depois, pouco antes do início da Segunda Guerra, acompanhada por sua mãe. Lily e Horácio viveram 45 anos juntos e tiveram um único filho, Horácio Gomes Leite de Carvalho Neto. Entretanto, em 1966, Horacinho, então com 27 anos, morreu em um acidente de carro. Sete meses depois, aconselhada por sua amiga Sarah Kubitschek, Lily adotou João Baptista, que lhe deu quatro netos. Após a viuvez, em 1983, Dona Lily se dedicou a cuidar do patrimônio herdado. Em 1988, era a maior produtora de café do estado e era dona ainda de três estúdios de gravação. Além dos imóveis e negócios, herdou do primeiro marido obras de arte, que continuou a colecionar. Possuía obras de Portinari, Di Cavalcanti, Volpi, Iberê Camargo, Tomie Ohtake, Heitor dos Prazeres, Rugendas, Debret entre outros. O gosto pela arte brasileira e sua preferência pelos autores do século XIX e início do XX foi influência do jornalista José Eduardo de Macedo Soares. Foi amiga de Di Cavalcanti, de quem possuía uma obra com dedicatória especial. Em 1986, Dona Lily voltou à vida social, organizando festas e recepções, e era considerada uma das "locomotivas" da sociedade carioca. Em 1991, oficializou sua segunda união, com Roberto Marinho, dono das Organizações Globo. Eles se conheceram em 1941, quando a socialite ainda era casada com seu primeiro marido, mas Roberto Marinho só a pediu em casamento no final dos anos 80, quando já estava viúva. Viveram juntos por 15 anos, até a morte do empresário, em 2003. Um ano depois, ela decidiu homenagear o ex-marido e lançou um livro autobiográfico, chamado "Roberto & Lily". Lily Marinho teve uma vida rica em histórias, eventos sociais, acontecimentos culturais e viagens. Reconhecida como uma figura vivaz e espirituosa, com enorme traquejo social, sempre foi considerada uma anfitriã impecável. Organizou recepções memoráveis para pessoas importantes como a Rainha Sílvia da Suécia e Fidel Castro. Em 1997, foi condecorada com o grau de oficial da Ordem Nacional da Legião de Honra (Légion d'Honneur) pelo governo francês, em reconhecimento pela difusão da cultura francesa no Brasil. No mesmo ano, foi homenageada pela ABL com o recebimento da Medalha Centenário, comemorativa dos 100 anos da Casa de Machado de Assis. Nomeada Embaixadora da Boa Vontade da Unesco em 1999, Lily Marinho desenvolvia projetos sociais e era apaixonada pelas artes. Presidiu as comissões de honra das exposições de Rodin, Picasso, Camille Claudel e Monet no Brasil."