CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil

Com envelhecimento da população, casos de linfoma vêm aumentando

Celso Massumoto Publicado em 11/07/2008, às 12h29

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Celso Massumoto
Celso Massumoto
O linfoma é um câncer do sistema linfático. O sistema linfático, junto com os glóbulos brancos do sangue, os leucócitos, tem a tarefa de defender o corpo humano. Se um microrganismo, por exemplo, penetra no corpo, logo é combatido pelos leucócitos e, depois, pelo sistema linfático. Ele se compõe de milhares de "vasos" interligados que se distribuem pelo corpo. Em seu interior corre uma substância chamada linfa. Em alguns pontos dos "vasos" há "miniestações" conhecidas como linfonodos. As localizadas nas virilhas, nas axilas e no pescoço são as mais superficiais; por isso, quando se inflamam, seu volume aumenta e ficam bem visíveis. Há mais de 30 subtipos de linfoma. Eles ocorrem no interior dos linfonodos e se dividem em linfoma de Hodgkin (LH) e linfoma não-Hodgkin (LNH). Os linfomas atingem homens e mulheres. Caracteriza-se o LH quando as células tumorais são grandes e apresentam mais de um núcleo. Esses tumores têm a característica de ir se espalhando para os linfonodos próximos. E mais: em 80% dos casos, atingem linfonodos localizados acima do diafragma - músculo que separa o tórax do abdome - e não acometem outros órgãos. O LH constitui 30% dos linfomas. Ocorre em todas as idades; mas os picos são de 20 a 30 anos e após os 50. Já o LNH corresponde a 4% dos cânceres e 70% dos linfomas. É a sexta causa de morte de homens por câncer e a sétima de mulheres. Sua incidência aumenta à medida que as pessoas envelhecem. Na faixa dos 20 anos, ocorrem todo ano quatro casos em cada grupo de 100000 pessoas e acima de 70 anos são 80 casos em cada grupo de 100000 indivíduos. O LNH pode disseminar-se tanto para linfonodos próximos quanto distantes e para órgãos extranodais, como pulmão e fígado. Quanto ao comportamento, é classificado em indolente (40% dos casos) ou agressivo (60% dos casos). Ainda não se conhece a causa dos linfomas. Mas se sabe que está mais suscetíveis quem tem histórico da moléstia na família; portadores de doenças que levam à baixa da imunidade; quem teve infecções por vírus como HIV, Epstein-Barr e HTLV ou pela bactéria Helicobacter pylori; e pessoas que se expuseram a alguns solventes orgânicos, pesticidas e radiações. Mas a maioria dos pacientes não teve nenhuma relação com os fatores citados. Os sintomas são: aumento dos linfonodos, febre, sudorese noturna, perda de peso, emagrecimento, anemia e queda de cabelos. Os linfomas podem ser fatais. Quem tem sintomas devem ir a um clínico geral. A primeira providência é constatar, com exame de sangue, a presença de vírus e bactérias. Então se tenta controlar a infecção com antiinflamatórios e antibióticos. Se o tamanho dos linfonodos não diminui, há suspeita de linfoma e o paciente é encaminhado a um hematologista. Ele pede um ultra-som para ver quantos linfonodos estão alterados. Comprova-se o linfoma retirando um fragmento de tecido e fazendo biópsia, que mostra a alteração celular. Pode-se saber o tipo de linfoma com a análise celular. O tratamento é feito com quimioterapia, radioterapia e transplante de medula óssea. Portadores jovens de LH, por exemplo, têm até 80% de chance de cura. Nas outras situações, a possibilidade é menor. Quanto mais avançada a idade e mais amplo o câncer, menor a chance de cura. A nova esperança em alguns tipos de LNH tem sido a terapia imunológica, que usa anticorpo monoclonal para matar o tumor.