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Claudio Andrade: suas lutas e vitórias

Ex-seminarista e ex-goleiro, ele conta como se descobriu ator e amante dos ringues de boxe

Redação Publicado em 24/05/2011, às 14h02 - Atualizado em 28/05/2011, às 16h27

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Claudio sobe ao ringue em academia de São Paulo. - MURILLO CONSTANTINO
Claudio sobe ao ringue em academia de São Paulo. - MURILLO CONSTANTINO
Versatilidade e determinação são as características que melhor definem a filosofia de vida de Claudio Andrade (27). Nos palcos, o ator imprime seu talento à peça Escola de Mulheres, de Molière (1622-1673), em tour por diversas cidades paulistas e, em breve, no Rio. Nas telinhas, ele se prepara para integrar o elenco da trama Amor e Revolução, do SBT. Na mesma emissora também viverá Luciano, seu primeiro protagonista, na novela Corações Feridos, de Iris Abravanel (61), ainda sem data de estreia. "Foi um prazer interpretar esse peão em Corações Feridos, um administrador de fazenda. Eu e ele somos parecidos na simplicidade e na bondade, sem frescuras. Sou o tipo de pessoa que come qualquer coisa, dorme em qualquer lugar", conta o sergipano, em sessão de treino de sua grande paixão, o boxe, na capital paulista, com auxílio de Miguel de Oliveira (63), campeão mundial dos médios ligeiros em 1975. "É uma terapia para o estresse cotidiano. Não treino para competir, mas para manter o equilíbrio físico e mental. É a hora que extravaso, pois o esporte exige perseverança e humildade", explica Claudio, que ainda é faixa marrom em luta livre esportiva e roxa no jiu-jítsu. O caminho para engatar a carreira, no entanto, foi permeado por inúmeras experiências. Na adolescência, Claudio era coroinha da Igreja Nossa Senhora da Anunciação, no Rio, onde mora desde os dois anos de idade. Foi ali que o jovem começou a expressar a vontade de ser ator. "Achava o altar um palco, era tudo muito artístico. Organizava autos de Natal e sempre era Jesus nas peças", lembra. As atividades religiosas o levaram a entrar para o seminário, onde ficou dos 14 aos 16 anos. "No seminário, a liberdade para ousar com as formas artísticas nas celebrações era limitada. O padre me aconselhou a sair e ser ator. Obedeci!", recorda ele, que antes de ingressar na carreira artística se arriscou nos gramados e, por três meses, teve experiência como goleiro do Flamengo. "Saí porque não tinha a estatura ideal para a posição", entrega ele, que mede 1,80m. O destino era mesmo atuar. Após alguns testes, conseguiu seu primeiro papel na global Senhora do Destino, de Aguinaldo Silva (66), em 2004. "A primeira cena foi com Susana Vieira. Quando soube, comecei a tremer, mas ela me tratou muito bem e até me elogiou no final." O moreno de olhos verdes e físico atlético faz sucesso com o público feminino, mas o coração do moço já tem dona, a empresária Maria Antônia Nobre (28), com quem é casado há um ano. "Ela estranha a profissão, pois é difícil para quem não é do meio ver você beijar outra pessoa, por exemplo. Ela fala que nunca irá assistir."- Como é a sua rotina de treinamento diário? - Há dez anos faço boxe e treino uma hora por dia, em casa. Meu pai me incentivou a começar porque eu apanhava muito dos garotos na escola. Foi uma questão de defesa pessoal. Além disso, malho, jogo futebol uma vez por semana e, quando posso, nado. - Na adolescência, você tinha um lado religioso. Como é hoje? - Minha religião, hoje, se chama amor. Sou espiritualista e acredito em tudo o que faz pensar no bem. Sei que se eu der amor, o universo vai retribuir com amor. - Na passagem pelo futebol, por que escolheu ser goleiro? - São 90 minutos para você se tornar um herói, mas se nos acréscimos tomar um gol, é morte. Sempre gostei de tomar a responsabilidade em minhas mãos. - E encenar a peça? - Foi um divisor de águas na minha carreira, pois contraceno com Oscar Magrini e sou dirigido por Roberto Lage. Ambos me elogiaram e fico orgulhoso disso. Ainda este ano estreio Homem Que É Homem Não Chora, em SP. - Como foi viver o seu primeiro protagonista? - A responsabilidade é maior e a quantidade de texto também. A equipe foi ótima e me ajudou. Acredito que a novela será um grande sucesso quando for ao ar. - Fez algum tipo de preparação para o personagem? - Visitei fazendas no interior de SP. Fiz aulas de equitação, conversei com peões para pegar os trejeitos e sotaque. Levei até um coice de cavalo e quase perdi o dedão. - Se não fosse ator, qual profissão gostaria de seguir? - Eu seria jogador de futebol ou lutador. Seminarista, não. Descobri que não consigo viver sem mulher. (risos)