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O segredo do sucesso de Claudia Leitte

Com alma de baiana, a loira fala da nova turnê, que se chamará Samba, expõe a vontade de dar início à carreira internacional e revela um dos momentos mais românticos que viveu com o marido

Redação Publicado em 13/04/2010, às 11h47 - Atualizado às 18h23

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Claudia Leitte e o marido Márcio Pedreira - ARQUIVO CARAS
Claudia Leitte e o marido Márcio Pedreira - ARQUIVO CARAS
Impossível não se contagiar com a alegria e a sabedoria de Claudia Leitte. Aos 30 anos, a atual musa do axé baiano tem uma serenidade no jeito de falar e uma confiança que são só dela. São somente dois anos de carreira solo e tantas conquistas que, como ela mesma diz, "se parar para pensar, eu piro. Eu vivo intensamente". Claudia acaba de ganhar o troféu de Melhor Cantora do prêmio Melhores do Ano do Domingão do Faustão e quando se lembra, ainda se emociona. Mas a emoção não é só pelo reconhecimento do público, mas também pela certeza de que toda superação e a correria por conta dos mais de 160 shows em um único ano valeram a pena. Disciplinada e apaixonada pelo marido, Márcio Pedreira, e pelo filho, Davi, de apenas 1 ano e 3 meses, ela dá conta de ser uma mãe e uma mulher presente, e afirma com convicção que tudo aquilo que as pessoas veem é ela mesma. Em conversa com o Portal CARAS, Claudia Leitte fala de seu momento atual, sobre o investimento na carreira internacional e sobre família e amizade. Confira! - Claudia, ano passado foram mais de 160 shows em todo o Brasil, mais o carnaval, muita folia. Como você aguenta física e até psicologicamente essa correria? - Nossa, nem sabia que era tudo isso de show. Acho que é muito amor por perto, muita base familiar. Isso ajuda a 'edificar a casa'. Eu sempre falo que minha casa vem sendo construída na rocha. E a rocha é amor, é verdade no que faz. Claro que às vezes tem stress. É correria é louca, né? Todo mundo pensa que é fácil, mas não é. Tem dias que me vejo no vídeo, e lembro que eu estava com algum problema. Mas eu estava tão feliz ali naquele lugar, que eu só me lembrei depois. - E como você lida com toda essa coisa da fama, do sucesso? - Se cercar de gente boa, que te faz se sentir bem e feliz, é crucial. Porque eu não posso ser mentira, eu tenho que estar o tempo todo nisso. Já pensou eu entrar num avião e sentar do lado de uma pessoa que não me permite ser eu mesma, alguém que eu tenho medo de mostrar alguma coisa que eu sinto. Por isso, falo que estou bem cercada. Isso me provoca um bem-estar. Mas também tem a minha disciplina, da minha vontade de vencer, das outras pessoas que são fundamentais. - O que te deixa mais feliz hoje em dia? - Aqui com a gente, eu e minha banda, meus produtores, nós somos uma família. Todo mundo está ligado um ao outro. Eu quero ver meu músico bem, eu fico feliz se ele estiver feliz e isso é mútuo. Eles têm uma preocupação comigo, não porque eu sou artista, porque é amor. E é o amor e a verdade que te levam para lugares que você nem acredita, que são surpreendentes. - E o Davi? Como faz para cuidar do seu filho e se dar tão bem no trabalho? Sente muita saudade dele? - É difícil, mas as duas coisas me fazem tão bem. Eu amo meu filho e amo meu trabalho. Sou amada pelo meu filho e sou amada pelas pessoas do meu trabalho. Meus fãs, todo mundo. Acabou. Não preciso de mais nada. Está tudo certo. Mas é impressionante como as pessoas me perguntam e acabam duvidando de tudo. Minha mãe me falou uma coisa muito simples, mas muito sábia. Eu perguntei: 'Mãe, como as pessoas podem achar que eu fiz uma plástica depois do carnaval e depois de parir?'. E ela simplesmente me disse que as pessoas não estão acostumadas com o que pra mim é normal por causa da fé. Na realidade, elas acreditam que é difícil pra elas, então elas não vão acreditar que vai ser fácil pra alguém. Eu aprendi uma coisa: quando você acredita que as coisas são mais fáceis pra você, as coisas ficam mais fáceis de verdade. Eu não tenho como provar que eu subi no trio e me apresentei logo depois de dar à luz. Aquilo pra mim foi natural, não foi o dinheiro que comprou, eu não fiz plástica nenhuma. É cabeça. Você deita sabendo que você vai acordar e vai ser feliz. - Você se vê lá fora, com uma carreira Internacional estabilizada? - Eu assinei um contrato agora com a Sony America Latina. E espanhol acho que será o próximo trabalho. Nesse disco agora, tenho canções gravadas em inglês e espanhol. Sempre gravo em inglês, como a música da Lady Gaga. É o mesmo que me perguntam sobre shows mais intimistas. Eu gosto de fazer também. Mas não consigo ficar longe dessa coisa de subir no palco, fazer perfomance com ballet, então se eu puder estar sempre fazendo as duas coisas, está ótimo. Gosto da diversificação. E para mim, uma carreira internacional é uma tendência natural. Tenho parceiros que me ajudam, meus fãs me apóiam. - São somente dois anos em carreira solo e tantos prêmios. Como define seu momento atual? Esperava por isso? - Foi uma surpresa pra mim. Mas eu sou muito batalhadora, e a competência me cerca, tenho músicos maravilhosos, uma equipe maravilhosa. A gente tende a ser vitorioso. Mas é tudo muito novo isso. Nunca imaginei que fosse chegar no Rio de janeiro e tocar para um público de 1 milhão de pessoas. Deus me coloca sempre muito atribulada, porque se eu for parar para pensar, eu piro. Eu vivo intensamente. - E essa nova turnê para esse ano. Pode adiantar como será? - Hoje em dia eu sou uma fusão de tudo o que me faz feliz. O cara tocou uma música romântica, uma música brega, me tocou, está lá. Eu uso. E o nome dessa minha turnê é Samba. Tem um momento que eu sou passista. Um momento que eu faço uma homenagem à Clara Nunes. Vou me inspirar no samba, samba de raiz da Bahia, samba das passistas do Rio. - Você falou do filho Davi, mas todo mundo sabe que você é completamente apaixonada pelo seu marido, Márcio Pedreira. Você já fez alguma loucura de amor por ele, Claudia? - Realmente. Mas pode ser dele pra mim? Quando eu comecei a namorar Márcio eu achava que ele era muito durão. Sei lá, eu falava 'eu acho que eu vou namorar ele, mas a gente vai só ficar, acabei de terminar um namoro longo'. Vou 'piriguetear' (risos). Eu nunca tinha feito isso antes, eu sempre tinha namoros longos. Aí eu pensei, 'agora é a hora de ficar, ficar'. Mas aí não deu muito certo, fiquei com ele e a gente começou a se ver muito. Mas ele era monossilábico, meio durão, e eu toda romântica. Pô, 'esse cara não vai saber escrever, né?'. Se ele é bonito assim é porque o português deve ser uma coisa horrorosa. Mas Márcio escreve muito bem. Mandou um e-mail pra mim me pedindo em namoro, fazendo uma analogia. Como ele tem uma construtora, ele escreveu assim: 'Prezada cliente, para que nos relacionemos melhor, preciso que você assine um contrato vitalício para maior envolvimento com o cliente... Foi a coisa mais linda que eu recebi, que ele podia ter feito na vida. Tenho o e-mail guardado até hoje. Vai fazer cinco anos agora.