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CINEMA BRASILEIRO NO TOPO EM BERLIM

TROPA DE ELITE É PRÊMIO MÁXIMO DO FESTIVAL ILUMINADO POR KINGSLEY E DANIELLA

Redação Publicado em 19/02/2008, às 18h28

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CINEMA BRASILEIRO NO TOPO EM BERLIM - Reuters/AFP
CINEMA BRASILEIRO NO TOPO EM BERLIM - Reuters/AFP
Final feliz para o Brasil no Festival Internacional de Cinema de Berlim. Único filme nacional na competição oficial da 58a edição de um dos mais prestigiados festivais europeus, Tropa de Elite faturou o prêmio máximo: o Urso de Ouro de Melhor Filme. A equipe técnica e o elenco, presentes à premiação, tiveram a grata surpresa de ver Tropa driblar os favoritos e seguir dali para lançamento simultâneo em vários países da Europa. "Achei que ganharíamos algum prêmio, mas não o Urso de Ouro", declarou o diretor, José Padilha (40),que viajou à Alemanha com o produtor Marcos Prado (46), dois dos ótimos atores do elenco, Wagner Moura (30) e Maria Ribeiro (32), além de Eduardo Costantini Jr. (31), co-produtor argentino. "Estou confiante de que o filme tem todos os ingredientes para conquistar o mundo", disse Marcos Prado. O longa, ainda em cartaz no Brasil, onde já foi assistido por 2,5 milhões de pessoas no cinema - calcula-se que outros 10 milhões viram cópias piratas -, está voltando para várias salas em São Paulo, Rio e Brasília, e chega ao mercado internacional com o nome Elite Squad. "A gente sempre soube das qualidades do filme, mas houve problemas em Berlim", conta Maria Ribeiro. "Ele foi exibido com legenda em alemão, quando a maioria dos presentes falava inglês. A recepção não foi unânime, a imprensa falou mal. O filme mostra uma realidade difícil,dura, os concorrentes eram fortes, indicados ao Oscar", diz ela, referindo- se principalmente a Sangue Negro, que concorre ao prêmio da Academia em oito categorias. Tratando de corrupção e truculência policial, tráfico de drogas e problemas sociais brasileiros, Tropa de Elite não é exatamente um cartão- postal do país. Mesmo assim, em viagem à Antártida, de onde retornou segunda-feira, 18, o presidente Luiz Inácio Lulada Silva (62) comemorou o prêmio. "O filme tem qualidades extraordinárias. Vai projetar os problemas do Brasil, mas também as eficiências e mostrar para o mundo que o Brasil tem coisas ruins e tem coisas boas, como qualquer país do mundo", declarou. A meritória participação do Brasil no Festival de Berlim teve ainda Mutum, de Sandra Kogut (42), Menção Honrosa na mostra Generations; , de Felipe Scholl (25), prêmio entre os filmes gays; e Café com Leite, de Daniel Ribeiro (25), premiado entre os infantis. O cinema brasileiro tem no currículo outro Urso de Ouro de Melhor Filme: Central do Brasil, que venceu o festival em 1998. Uma brasileira que circulou por Berlim sem seguir o fluxo de Tropa foi a atriz Daniella Lavender (34), mulher de Ben Kingsley (64), que fazia estréia dupla. Além de Elegy, o ator inglês apresentou o thriller Transsiberian. Baiana de Feira de Santana, Daniella acompanhou as duas exibições. "Sempre admirei o trabalho de Ben, que é um grande ator. Agora que é meu marido e sei que é uma pessoa maravilhosa, vê-lo em cena é uma emoção ainda maior", revela ela para CARAS. "Nos casamos em setembro e ainda estamos em lua-de-mel", diz ele, que leva Dani consigo em todas as viagens ligadas à sua participação em filmagens e festivais de cinema, já que optou por não cancelar seus compromissos profissionais. No filme Elegy, Kingsley é David Kepesh, professor universitário que se envolve com uma aluna muito mais nova, Penélope Cruz (33), na tentativa de combater a própria velhice. Na vida real, sir Ben - que carrega o título desde 2001, quando foi condecorado pela rainha Elizabeth (81) - vive feliz com Daniella, que tem praticamente a mesma idade de Penélope. "Nossa vida é agitada e muito divertida", garante ele. O festival foi também a estréia de Madonna (49) na direção.Com o filme Filth and Wisdom, a cantora e atriz bissexta inicia atividade em nova seara. "Antes de começar a filmar, meu marido me deu um conselho", diz ela, a respeito do diretor inglês Guy Ritchie (39). "Autoconfiança é a coisa mais importante que você tem de exalar em um set." Bem, isso não é problema para a maior superstar de sua geração.