CIBELE DORSA COMEMORA SUCESSO NO TEATRO EM SP

por Andréa Lopes Amante da arte em todas as suas manifestações, a atriz Cibele Dorsa (32) deleitou-se em visita ao Museu de Arte de São Paulo - Masp. "A arte vira alimento para o trabalho, seja ele qual for. Para mim, é indispensável", teoriza ela, em cartaz na capital paulista com Lolitas, sua estréia em comédia e produção teatral. Em meio a obras de Vincent Van Gogh, Édouard Manet, Giuseppe Mazzuoli e outros mestres da pintura e da escultura mundiais, ela fala sobre as novidades profissionais. Além do sucesso no teatro, Cibele fará seu début como escritora, em agosto, quando lança Homens no Bolso, pela editora Laselva. "Trata- se de um manual sobre relacionamentos", adianta ela, que já está adaptando o texto para o teatro. A boa fase profissional reflete a paz de espírito. O desentendimento com o ex-marido, o cavaleiro Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda (33), é coisa do passado. "Aprendi que bater de frente não nos leva a lugar algum", ensina Cibele, que cedeu a guarda da filha Viviane (7) - fruto da união de 4 anos com Doda - para o pai, e vê com bons olhos a convivência da pequena com a atual mulher dele, a bilionária Athina Onassis (21). "Viviane fala dela como se fosse sua irmã mais velha. Sinto muitas saudades de minha filha, mas sei que fiz a melhor escolha para ela", justifica. Assentada a poeira familiar, a bela trocou o 'S' do nome pelo 'C' - "para marcar bem a nova fase de vida" - e segue feliz morando com o primogênito, Fernando Dorsa Oliva (10), da união com o empresário Fernando Oliva (50); e curtindo o namorado novo, o também empresário Luiz Sobral (37). - Em Lolitas, você atua como atriz e encara a produção. Como vai essa experiência? - Divertidíssima. Misturamos humor negro e dramalhão. Estrear na produção era um sonho antigo, como atuar. Dá trabalho, mas também muito prazer. - Ser atriz estava nos planos? - Quando saí da escola, aos 16 anos, não pensava em fazer uma faculdade, pensava em atuar. Trabalho como modelo desde cedo, mas ser atriz era o meu objetivo. Voltei da Bélgica para realizar este sonho. - Você morou lá na Bélgica com o Doda, certo? - Isso, mas quando saímos do Brasil a idéia era retornar em seguida, o que não aconteceu. Não queria ser "primeira-dama". Queria viver a minha vida, não a de outra pessoa. E também não quero ser a eterna ex. Chega! Agora tenho o meu espaço, conquistado com trabalho e dedicação. - Nos conte do seu livro. - Homens no Bolso é um manual de relacionamento, uma inspiração para as mulheres lidarem com os homens. Cada capítulo acaba com uma frase como: 'Não adianta proibí-lo de achar graça nas outras. Faça você as outras perderem a graça'. Minhas amigas e meu namorado riram, mas concordaram com algumas das afirmações. - E o namoro, como vai? - Está no comecinho, na melhor fase, a das descobertas. - O universo masculino a fascina mais que o feminino? - Os homens são despreocupados, relaxados. E a mulherada é tensa. Acho bacana as mulheres lutarem por seu espaço, mas há que se manter as peculiaridades. Este é o sabor da coisa. É como falo no livro: 'Enquanto as feministas buscam igualdade, mulheres inteligentes usam as diferenças a seu favor'. - E como é, hoje, a sua relação com o Doda? - Para evitar mais desentendimentos, chegamos a um acordo. A guarda de Viviane está com ele agora. Não guardo rancor. Houve um desgaste, mas o tempo cura tudo. Temos uma filha em comum, um elo que nada nem ninguém quebra. E um dia voltaremos a conviver com mais leveza. - Viviane comenta com você sobre a convivência com Athina? - Minha filha fala de Athina como se ela fosse sua irmã mais velha. Fico tranqüila. Sei que Athina é uma pessoa maravilhosa e realmente trata a Viviane com carinho e cuidado. O Doda achou a mulher ideal para ele, alguém do seu mundo, que o acompanha. - E, aproveitando a deixa de seu livro, qual é sua frase preferida? - Podemos definir nosso futuro se aprendermos com nosso passado e dominarmos o nosso presente. Incluí no livro.FOTOS:MARTIN GURFEIN E ÂNGELO PASTORELLO