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CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE VICTOR CIVITA

FERNANDA TORRES E FERNANDA MONTENEGRO COM ROBERTO CIVITA E OS FILHOS VICTOR E GIANCARLO

Redação Publicado em 14/02/2007, às 11h13

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Atrizes apresentam a cerimônia multimídia que marca o início das homenagens ao fundador do Grupo Abril, realizada na Sala São Paulo
Atrizes apresentam a cerimônia multimídia que marca o início das homenagens ao fundador do Grupo Abril, realizada na Sala São Paulo
Personalidades dos meios cultural, artístico, político e empresarial do país prestigiaram a elegante noite promovida pelo Grupo Abril na quarta-feira, 7, para marcar o início das comemorações pelo centenário de nascimento de seu fundador, Victor Civita. Ao lado da mulher, Maria Antonia, o presidente executivo e editor do grupo, Roberto Civita (70), foi o anfitrião da recepção realizada na Sala São Paulo em homenagem ao homem lembrado pelo empreendorismo, a coragem, paixão pelas artes e visão futurista, entre outras tantas qualidades descritas por quem desfrutou sua convivência. "As pessoas devem ter garra, interesse, persistência e fé, como também sonhos. Sem sonhos, nada se faz", ensinava Victor Civita. "É uma verdadeira alegria ver reunida aqui tanta gente cujas vidas - de alguma maneira - foram tocadas, influenciadas ou beneficiadas pela vida e obra do meu pai, Victor Civita", disse em seu discurso Roberto Civita, ao ser chamado ao palco pela diva Fernanda Montenegro (77), convidada para apresentar o ponto alto da celebração, um espetáculo musical e multimídia que emocionou os cerca de 800 convidados. "Além de ser uma força da natureza, um empreendedor visionário, um editor de extraordinária sensibilidade, um incansável romântico que amava as mulheres (e que foi muito amado por elas), Victor Civita também foi um grande pai. Pois além de nos ensinar pelo seu exemplo, deu espaço e oportunidade para que seus filhos pudessem também ousar, arriscar, errar, construir e perseguir seus próprios sonhos", prosseguiu Roberto Civita, que lamentou a ausência do único irmão, Richard Civita (68). "Poucos homens passam pela vida e imprimem nela uma marca indelével, fazem o futuro acontecer, deixam o mundo melhor do que encontraram. Victor Civita foi um homem assim", afirmou Fernanda. Para deleite dos convidados - que já haviam sido brindados à chegada com coquetel e exposição de imagens impressas e eletrônicas sobre a trajetória do publisher -, a cerimônia prosseguiu com a exibição de trechos do documentário inédito Victor Civita, Paixão Por Fazer. O filme retrata a vida e obra do empreendedor de origem italiana nascido em Nova York, que viveu na Itália e nos Estados Unidos antes de, em 1949, aos 42 anos, adotar o Brasil como pátria decidido a investir no ramo editorial - e já certo de seu êxito. Do nascimento da Editora Abril, em 1950, com o lançamento da revista O Pato Donald, aos dias de hoje, quando a holding emprega cerca de 6 000 pessoas nas áreas de revistas, livros didáticos, conteúdo on-line, Internet em banda larga, TV segmentada por assinatura e data base marketing, foram quatro décadas de dedicação, só encerrada com seu falecimento, aos 83 anos, em 1990. Também encantou a apresentação da soprano Carmen Monarcha (27), acompanhada de oito músicos liderados pelo regente Mário Manga (51). As árias escolhidas - O Mio Babbino Caro, de Gianni Schicchi, e Libiamo Ne'lieti Calici, de Giuseppe Verdi - estavam entre as preferidas de VC, como era chamado por muitos de seus colaboradores. E, ao exaltar o legado do homem que profissionalizou o mercado editorial, publicitário e jornalístico no Brasil, Fernanda Montenegro "anunciou" outra surpresa da noite. "É preciso mais de uma geração para falar dele", disse ela, antes da entrada ao palco da filha e herdeira de sua arte, Fernanda Torres (40). "Cresci lendo Recreio e os personagens da Disney e da Turma da Mônica. Mais tarde, as enciclopédias Conhecer e Os Bichos. Muito da minha formação devo a Victor Civita", confessou Fernandinha. Encerrada a cerimônia na sala de concertos, Roberto Civita foi felicitado pelas atrizes e por boa parte de seu clã. Estavam lá os filhos e companheiros de trabalho Victor Civita Neto (41), o Titi, diretor-geral da Unidade de Negócios Abril Digital, e Giancarlo Civita (43), vice-presidente executivo do grupo - com a mulher, Carol (42), e os herdeiros, Francesca (10) e Roberto (8) -; a filha, Roberta Civita (40), com seu primogênito, Gabriel Civita Ramires (9), entre outros familiares. "Meu avô era espetacular. Mas não posso deixar de lembrar de minha avó, Sylvana, uma mulher forte, corajosa, seu braço-direito, que inspirou a criação da revista Claudia, a filha que eles queriam ter", disse Roberta, mãe também de Daniel (7), no coquetel que teve uma recordação dos eventos realizados no Terraço Abril nos tempos de Victor Civita, as minipizzas. "Meu avô sempre incentivou que cada um seguisse sua vocação, no meu caso, o braço eletrônico da empresa", contou Victor. "É importante dizer que os valores de nossa família como'fazer a coisa certa; ser justo; dar duro e o melhor de si; não se achar superior porque teve a sorte de nascer em família rica; tratar os outros como gosta de ser tratado', se aplicam não só à empresa, mas a todos setores da vida", afirmou Giancarlo. Com sua energia contagiante, Hebe Camargo (77) figurava entre os convidados mais animados, seguida pela atriz Eva Wilma (72), o cantor e humorista Juca Chaves (68) e sua esposa, Yara (53), a apresentadora Sabrina Parlatore (31), a jornalista Silvia Poppovic (50) e o marido, o médico Marcello Bronstein (60). "A revista Veja foi lançada no meu programa, em 1968, na época na Record. Estou tão emocionada hoje que dá vontade de chorar. Mas, quando penso trajetória linda desse homem visionário, o primeiro sentimento que vem é de alegria e agradecimento", ressaltou a apresentadora do SBT. "Historicamente, ele vai ser sempre lembrado como incentivador da cultura em nosso país", agregou a atriz. Outro entusiasta da noite era o desenhista Mauricio de Sousa (72), acompanhado da mulher, Alice Takeda (52). "Victor Civita foi meu primeiro editor", disse Sousa, que entregou a Roberto Civita cópia do anúncio festivo que dedicou ao "tio" da Turma da Mônica, com a capa do primeiro gibi Mônica. "Posso dizer que ele foi meu 'padrinho'. Um dos marcos em minha carreira foi uma visita ao complexo Abril. Perguntei a VC como cuidava de tudo. Ele pegou um cartão de visita, rasgou em vários pedaços e disse: cada uma dessas partes é um pedaço da empresa, cuidado por alguém." Também estiveram presentes os embaixadores Paulo Tarso Flecha de Lima (74) e Sergio Amaral (61), o maestro João Carlos Martins (66), o rabino Henry Sobel (62), Thomaz Souto Corrêa (68), membro do Conselho de Administração e vice-presidente editorial do Grupo Abril, e sua esposa, Guida Pfisterer (52), Amilcare Dallevo Jr. (47), dono da Rede TV!, e sua Daniella (24), o casal Joseph (66) e Vicky Safra (50), a expert em moda Costanza Pascolato (66), o estilista Hugo Castellana (79), os senadores Antônio Carlos Magalhães (78), José Sarney (76) e Romeu Tuma (75), o presidente do Senado, Renan Calheiros (51), o deputado federal Robson Tuma (38), o vice-governador de SP, Alberto Goldman (68), e José Aristodemo Pinotti, secretário de Ensino Superior do Estado de SP. O ex-pianista João Carlos Martins recordou do amigo com saudade: "Ele era um líder que sabia exercer a liderança e, antes de tudo, um grande ser humano". Já ACM lembrou que fez questão de dar a uma escola pública de Salvador o nome Victor Civita, em alusão à sua contribuição para disseminar a cultura e o gosto pela leitura, e atuação na melhoria da educação no país, ao fundar, em 1985, a Fundação Victor Civita, que edita Nova Escola, revista destinada à qualificação de milhões de professores brasileiros. "Ele foi um grande amigo. Não podia faltar aqui hoje", disse ACM, referindo-se ao primeiro da série de eventos comemorativos.