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Câncer de ovário é o mais letal de todos os tumores ginecológicos

Silvana Maria Trippi Moraes Gotardo Publicado em 24/08/2007, às 11h28

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Silvana Maria Trippi Moraes Gotardo
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Os ovários são parte do sistema reprodutor feminino. Eles se localizam um em cada lado do útero. São glândulas que contêm células germinativas eóvulos. Constituem-se nos principais produtores dos hormônios sexuais femininos, como estrógeno e progesterona, que influenciam no crescimento das mamas e dos pêlos, nas formas do corpo e regulam o ciclo mestrual e a gravidez. Como todos os órgãos, também os ovários podem desenvolver o câncer. A doença aparece quando células ovarianas se alteram e começam a se dividir de maneira incontrolável, formando um tumor, que pode ser tanto benigno quanto maligno. As estatísticas indicam que haverá nos Estados Unidos 22 430 casos da doença em 2007, com 15 280 óbitos. O câncer de ovário totaliza 3% de todos os tumores em mulheres. É o oitavo mais comum na população feminina. Parece que está relacionado a fatores reprodutivos, familiares e pessoais. Atualmente se sabe que o risco de desenvolvimento da doença diminui quando a mulher tem filhos ou usa anticoncepcional. O risco diminui ainda naquelas que adotam um estilo de vida saudável, não fumando e mantendo uma alimentação adequada. Entre os cânceres ginecológicos, o de ovárioé o mais letal. Felizmente, é menos freqüente, por exemplo, do que o de colo de útero. Isso se deve ao fato de que na maioria dos casos o diagnóstico é feito tardiamente, porque dá sintomas apenas nas fases mais avançadas de crescimento. Como sintomas mais importantes podemos citar: aumento do volume abdominal, dores pélvicas e abdominais, alteração menstrual, sangramento vaginal, má digestão, constipação intestinal - prisão de ventre - e dores lombares. Quando existe suspeita do câncer de ovário, a paciente deve ser submetida a um ultra-som transvaginal - o papanicolou não diagnostica esse tumor. Também é necessário se retirar um fragmento de tecido do órgão para biopsia. Esseúltimo exame permite saber igualmente se se trata de tumor benigno ou maligno. Como é fundamental diagnosticar precocemente os cânceres de ovário, todas as mulheres precisam consultar seu médico ginecologista pelo menos uma vez por ano.É possível realizar tais exames também no setor público de saúde. Boa alternativa são os serviços ligados ao câncer das Faculdades de Medicina federais e estaduais existentes nas capitais e em muitas cidades grandes Brasil afora.O tipo de tratamento para o câncer de ovário vai depender de fatores como tamanho e localização do tumor, se já houve ou não disseminação (metástase) para outros órgãos, estado de saúde da paciente, idade e desejo de engravidar. A primeira opção de tratamento é a cirurgia, ou seja, a retirada dos ovários. Logo em seguida a paciente deve sempre procurar um médico oncologista para fazer uma avaliação detalhada sobre a necessidade de se submeter ou não à quimioterapia, que pode ser utilizada como tratamento complementar. A sobrevida no período de cinco anosé de cerca de 95% para as mulheres cujo tumor se localizava apenas no ovário; de 72% para aquelas que já apresentavam metástase em órgãos vizinhos ao ovário; e de 31% para os casos em que o tumor invadiuórgãos distantes, como os pulmões. Vale destacar, finalmente, que, entre todas as mulheres que recebem o diagnóstico desse tipo de câncer, 29% têm o tumor somente nos ovários, 12% apresentam metástase emórgãos vizinhos e 59% em órgãos distantes.