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Campanha de vacinação contra a rubéola vai até dia 12 de setembro

Helena Keico Sato Publicado em 22/08/2008, às 16h42 - Atualizado em 13/07/2010, às 20h02

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Helena Keico Sato
Helena Keico Sato
O Brasil promove, até 12 de setembro, sua Campanha Nacional de Vacinação para a Eliminação da Rubéola. A meta é vacinar homens e mulheres de 20 a 39 anos em todos os municípios. Em São Paulo, a Secretaria de Estado da Saúde pretende vacinar 13,5 milhões de pessoas. E por que a faixa de 20 a 39 anos? Porque os casos de rubéola no país vêm se registrando sobretudo em pessoas dessa faixa etária, o que indica que não foram vacinadas nem tiveram a doença. Quem tem rubéola fica imunizado pelo resto da vida. Nas campanhas anteriores, os públicosalvos foram mulheres e crianças. Agora, o alvo principal serão os homens. Isso se deve ao fato de que, nos dois últimos anos, houve aumento da incidência da doença no país, principalmente em homens. Em 2007, por exemplo, 8684 casos foram notificados, sendo 70% neles. A campanha atual representa também mais um passo para cumprir o compromisso firmado em 2003 por todos os países das Américas com a Organização Pan-Americana de Saúde de eliminar a rubéola e a síndrome da rubéola congênita (SRC) do continente até 2010. A imunização será feita em duas frentes: com a aplicação da vacina dupla viral (contra sarampo e rubéola) em homens e mulheres de 20 a 39 anos em todo o Brasil e da vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) em indivíduos de 12 a 19 anos no Maranhão, em Minas Gerais, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte, além da população indígena que vive em aldeias. Nesses cinco Estados, todos os indivíduos de 12 a 19 anos devem vacinar-se, mesmo os que já tomaram a vacina. O mesmo vale, em todo o Brasil, para homens e mulheres de 20 a 39 anos. Não há problema em se repetir a vacina. Não podem vacinar-se, porém, mulheres grávidas (serão vacinadas após o nascimento do bebê), pessoas que já tiveram reação alérgica à vacina, indivíduos com imunodeficiências congênitas ou adquiridas, quem faz uso de corticóides em doses que baixam a imunidade e pessoas que fazem quimioterapia ou tenham feito transplante de medula óssea há menos de 24 meses. A vacina contra rubéola, vale destacar, está no calendário de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). Todas as crianças devem tomar uma dose (tríplice viral) com 1 ano e outra dos 4 aos 6 anos. A rubéola é uma doença infecto-contagiosa causada por vírus. Ele é disseminado pelo ar. A transmissão pode ocorrer cinco dias antes de surgir a vermelhidão na pele - uma das indicações da doença - e até sete dias depois. Outros sintomas são: febre e inchaço dos gânglios do pescoço, em especial atrás da orelha. Rubéola não tem tratamento; controlam-se os sintomas. Crianças com a doença normalmente continuam brincando; já adultos costumam ficar mais prostrados, pelo fato de terem também dor de cabeça, nas articulações e no corpo. Em geral, quatro a cinco dias depois o doente está recuperado. Mas rubéola em grávida, sobretudo nos três primeiros meses, é muito preocupante. A doença, conhecida como síndrome da rubéola congênita, pode provocar tanto abortos quanto interferir na formação dos ouvidos, do coração e do cérebro. Por volta de 80% dos bebês que têm a síndrome podem apresentar surdez, retardo mental, cegueira e comprometimento do sistema nervoso central, que perduram por toda a vida.