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Brunete Fraccaroli e seu estilo glamouroso e feminino

Arquiteta e decoradora querida dos vips e famosos mostra as escolhas pessoais para o seu lar

Redação Publicado em 25/11/2009, às 12h26

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Brunete com a maltês Sissi, sua companheira de todas as horas. - ADILSON FÉLIX
Brunete com a maltês Sissi, sua companheira de todas as horas. - ADILSON FÉLIX
O ano de 2010 promete ser mais do que especial na vida de Brunete Fraccaroli (46). E as boas notícias para que isso aconteça já começaram a chegar para a renomada arquiteta e decoradora, autora de projetos das casas de famosos como Amaury Jr. (59), Carlos Alberto de Nóbrega (73), Cristiana Arcangeli (44), Celso Portiolli (42) e João Doria Jr. (53), entre outras personalidades que, além de clientes, se tornaram suas grandes amigas. Após três anos longe da diretoria da Associação Brasileira de Designer de Interiores, ABD, ela celebra seu retorno com a vitória da Chapa Conquista. "Para a minha carreira, isso nem é tão importante. Mas, embora eu seja arquiteta, acho que a profissão de designer de interiores deve ser reconhecida. Voltei para lutar por isso. Trouxemos novo fôlego, pois queremos que a profissão tenha um reconhecimento mais sólido", afirma ela, que há 21 anos faz parte da instituição. Além da boa-nova, Brunete, que assina a parte externa do Club A, novo empreendimento de Amaury Jr., foi indicada ao Prêmio Olga Krell de Decoração na categoria Apartamento. Soma-se a tudo isso a realização de um sonho. Ela prepara, para o fim deste ano, o lançamento do livro que leva o seu nome e recapitula 25 anos de sua carreira triunfal. "Já devia ter feito isso há anos", acrescenta ela, que aproveitou a busca de material para a finalização do livro para sua anual renovação. "Este mês fiz uma reciclagem geral na minha vida, a começar pela arrumação nos armários. Acho que todo ano temos de fazer essa reciclagem. É uma limpeza que precisa ser feita. Fui procurar algumas fotos de toda minha história de vida e, quando vi, estava fazendo uma arrumação completa. Foi um reviver", declarou ela, que assume ser extremamente organizada, em casa e na vida profissional. Vê-se a dedicação a cada detalhe - além da paixão por flores - em sua residência no Jardim Paulista, em São Paulo, onde mora com a filha, a advogada Juliana (24). "Ela se recusou a estudar arquitetura Diz que eu trabalho demais", diverte-se Brunete, que abriu a casa com exclusividade para CARAS. Como companheira-anfitriã, sua simpática e inseparável cadelinha maltês Sissi. "Ela é tudo de bom. É a minha 'arquiteta', vai às reuniões comigo... É engraçado. De noite, vai de quarto em quarto, o meu, o da minha filha, os dos funcionários da casa... Parece que quer ver quem está sozinho... Mas é comigo quem fica. É como a minha sombra, muito companheira. Fica comigo no escritório o dia todo. Pede água, pede para fazer xixi, é muito educada", derrete-se Brunete, sob o olhar atento e cúmplice da fofa mascote. - Você é conhecida por ser apaixonada por cores. Qual é a sua favorita? - O rosa em todas as suas tonalidades, começando pelo pink. Mas gosto também do azul, do verde, do lilás... Enfim, gosto de tudo. - Leva a sua paixão pelas cores também aos clientes? - Respeito a preferência de cada um. Se gosto de rosa e ele não, não adianta querer fazer uma decoração neste tom. O importante é fazer projetos com a cara do cliente. Já, na minha casa, 'mexo' bastante com elas. Troco sempre. Na verdade, se você olhar, a casa é básica. Usei cinza, prata e branco. Mas é só mudar os enfeites, os acessórios, e muda a cor do ambiente. Já meu quarto é todo branco. É muita cor durante todo o dia... À noite, quando chego ali, tudo o que quero é um ambiente de muita paz. - O que acha dos modismos no mundo da decoração? - Em decoração não existe 'in' ou 'out'. Existe o estilo de cada um. Mas não gosto de nada que seja cópia, fake ou que não se harmonize com o gosto do cliente. Moda é harmonia. Já tendência não existe, é pensamento coletivo. - Você assina linhas de produtos como joias, peças de prata, linha de mobiliário e objetos de decoração. Acredita que isso complementa o seu trabalho como decoradora? - Totalmente. Antes eu costumava fazer muito projeto especial para cada cliente. Tudo era um preço só. Hoje, posso atingir uma linha de público maior e isso me anima muito. Quero a cada dia atingir mais a classe C, por exemplo. O produto não precisa ser caro se tiver bom design. Tem de ser bom, isso sim. E qualidade não é sinônimo de preço alto. - Quem procura seu trabalho está em busca do quê? - De uma energia forte. Tenho personalidade marcante como profissional e 'arquitetura' muito boa. - E você, quando vai decorar sua casa, busca o quê? - Na verdade, minha casa começou a ser decorada com tudo o que restava de outros trabalhos, com peças que os clientes não gostavam ou o que sobrava de alguma mostra, como a Casa Cor. Nunca fiz uma casa direito para mim. Mas, em breve, farei. Comprei o apartamento abaixo e farei um dúplex com a minha cara. Vou querer uma cozinha bem no meio da sala, uma TV bem grande para assistir enquanto cozinho, pois eu adoro e sei cozinhar. Quero também um quarto bem bacana, uma banheira moderna e um guarda-roupa bem grande. Mas, acima de tudo, quero tudo muito bem organizado. - Além de organizada, você parece ser bastante detalhista... - Sou demais. E em tudo. Meu guarda-roupa, por exemplo, é organizado por cores. Os sapatos, todos organizados. Se algo está fora de ordem, me sinto perdida. - É uma mulher vaidosa? - Muito. Eu me trato com a dermatologista Ligia Kogos e sempre limpo a pele, a hidrato, passo protetor solar, não tomo sol no rosto. Já tomei muito sol na vida. Hoje não faço mais isso. E não saio sem passar ao menos um batom. - Você está separada há três anos. Busca um novo amor? - Agora, estou, sim. Acho que já está na hora de despontar novamente. - Os homens se assustam com mulheres bem-sucedidas? - Sim, pensam que vamos querer controlar a situação. Não é verdade. Sou uma mulher dócil. - Como você se definiria? - Eu tenho um lado forte. Antes, era arquiteta e decoradora. Há dez anos, também virei empresária. Herdei a Fraccaroli Essências e Produtos Químicos de meu pai, Bruno Fraccaroli, que morreu em 1999, aos 69 anos. Quando você administra dois negócios, é dona de uma fábrica e precisa tomar decisões, aí tudo muda.