O poeta de 'Like a Rolling Stone' não é bom apenas com as letras e uma gaita na boca. Por conta de sua vida movimentada, e sua 'mente inquieta', Dylan começou a desenhar como uma forma de relaxamento
Um poeta nato nascido em Minnesota, nos Estados Unidos,
Bob Dylan não tinha como não ser reconhecido. Com a gaita na boca, ele é ninguém menos que o rei do
folk e tornou-se referência obrigatória para todas as bandas que surgiram no pós-Dylan.
Com apenas 20 anos, mudou-se para Nova York e, no ano seguinte, gravou seu primeiro disco. As letras que, inicialmente, tinham um tom político bastante acentuado tornaram-se cada vez mais íntimas, pessoais e poéticas. Até aí nem uma novidade, pois como escritor e músico Dylan está acima de qualquer suspeita.
Foram tantas viagens, turnês mundiais e ideias geniais que o cantor resolveu extrapolar seu talento para outras áreas: desenhos. Desenhou tudo aquilo que viu e o tocou de alguma maneira. Em 2007, Dylan fez sua primeira exposição em uma pequena galeria na Alemanha, com a série
The Drawn Blank Series. Ele preferia as cenas do dia a dia, nus, vida noturna, com o objetivo de
"relaxar e focar uma mente inquieta".
Nesse sábado, 4, o artista deu início a uma nova exposição que acontece em Copenhague até janeiro do próximo ano. O tema das 40 pinturas feitas com tinta acrílica é o Brasil. Depois de inúmeras viagens ao país, as cenas do cotidiano brasileiro associadas a aspectos ficcionais, de acordo com descrições do Museu Nacional da Dinamarca, foram recriadas no papel por Dylan sob o título
The Brazil Series.