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Balada diverte. Mas existe lugar melhor para encontrar um amor

Paulo Sternick Publicado em 15/02/2007, às 10h46

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Paulo Sternick
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Quem está sozinho e anda à procura de um amor, às vezes atravessa inquietações, chegando a se perguntar: "Afinal, onde e quando vou encontrar minha cara-metade?" Claro, há os que são mais confiantes - a experiência sentimental do passado assim lhes ensinou - e sabem que a chegada de novo par é questão de tempo. Ele ou ela surgirão de repente, em meio às múltiplas atividades que exercem, das amizades cultivadas e da vida profissional, social, esportiva ou cultural, na qual sempre encontram pessoas. Quem mora em cidades pequenas enfrenta, realmente, um problema adicional: ali, a variedade é mais limitada. Mas existe cidade pequena em nosso mundo globalizado? Afinal, por meio da Internet podemos conhecer gente não apenas de todo o país, como do mundo inteiro. Mas nem sempre promessas se cumprem e esperanças se concretizam. Há pombinhos perdidos e solitários, à deriva, sem saber exatamente o que fazer para encontrar um amor. Examinando melhor, existem outros problemas por trás desses impedimentos. Por exemplo, exigências descabidas, dificuldades de se relacionar ou de estar bem consigo mesmo, de ter interesses mais amplos na vida, cultivando simpatia e criatividade. Buscam no amor a "cura" de limitações, mas desse jeito não vão muito longe: o amor não cura problemas. Ao contrário, a melhora de impasses psicológicos é que facilita o encontro da alma gêmea e a sobrevivência de um amor. Escolhi o termo "sobrevivência", em vez de "êxito", porque é mais realista: inclui a necessidade que um casal tem, ao ficar mais tempo junto, de suportar as inevitáveis intempéries do relacionamento. O curioso é que muitos dos que estão à procura de um novo amor não sabem precisamente o que é amar, nem exatamente o que desejam. Sequer têm noção do tipo de pessoa que poderia se dar bem com eles. Às vezes, nem conseguem diferenciar um tipo de pessoa de outra. Não raro, acham - de forma difusa - que vão encontrar seu par magicamente nas baladas. Afinal, festas, bares, eventos musicais reúnem quantidade variada de gente sozinha e disponível, verdadeira feira moderna de diversidade humana, a seduzir com a idéia de que se tem uma infinidade de oportunidades. Isso é sintoma da louca cultura na qual estamos mergulhados. Claro, tudo pode acontecer - até se encontrar o amor da vida numa rave de música eletrônica. Mas será provável? Não, segundo pesquisas realizadas em vários países. Balada é boa para se divertir, ver as pessoas e a moda. Bar é ótimo para beber, trocar idéias. E festa é o maior barato para se distrair, conhecer gente para "ficar" e até arrumar uma transa "colorida". Mas os dados levantados entre os que vivem juntos em relações estáveis indicam que a maioria deles não se conheceu nas baladas. Orientar-se melhor e saber de forma consistente o que se deseja pode ser uma primeira medida efetiva, em vez de simplesmente entregar a alma ao acaso. Então, onde foi que se conheceram pessoas que selaram uniões? Ora, hoje se trabalha mais com probabilidades do que com certezas. Alma gêmea pode surgir numa balada, mas as chances não são muitas, em comparação, por exemplo, com locais de trabalho ou estudo. Há lugares e situações favoráveis apontados pelas pesquisas: festa de amigos próximos, pessoas apresentadas por parentes ou conhecidos. Outra sondagem revela o valor da tradição, da familiaridade: quase 40% das uniões estáveis começaram com os que já se conheciam e mais de 30% com apresentações de pessoas próximas. Só 20% foram com paquera entre desconhecidos e cerca de 11% em agências e sites. Uma terceira sondagem informa que 56% das uniões estáveis começaram entre pombinhos que moravam próximos ou trabalhavam no mesmo local, estudavam na mesma escola ou freqüentavam a mesma festa de amigos comuns. O que não quer dizer que não podem se reencontrar numa balada.