<i>por Aline Cebalos</i> <br> <br> Publicado em 23/06/2009, às 16h46 - Atualizado às 18h48
Pouco mais de uma semana de sua saída de A Fazenda, da Record, a atriz e apresentadora Babi Xavier conversou com o Portal CARAS e desabafou: "Fui usada e ponto final", referindo-se ao affaire que manteve no reality show com o modelo Miro Moreira no período em que ficou no confinamento. No início, o rapaz se aproximou de Babi pedindo para que ela o protegesse, já que, até então, Miro não era conhecido do grande público. Eles acabaram tendo um romance e com o fim, Miro foi flagrado fazendo intrigas sobre ela, em rede nacional.
Babi foi a segunda eliminada do programa - Franciely Freduzeski foi a primeira, Bárbara Koboldt pediu para sair e Théo Becker foi o terceiro a ser o mais votado para deixar a fazenda - contou ainda o que aprendeu com a experiência. E foi justamente sobre o companheiro de profissão que ela demonstrou maior carinho, mesmo ele tendo sido rejeitado por pouco mais de 50% do público que votou por sua eliminação. "Théo é um irmão. Ele tem caráter", disse Babi. Confira, abaixo, a entrevista.
- Como você está após a saída da Fazenda?
- A vida segue normalmente. Está tudo bem!
- Você está a mesma Babi que entrou ou algo em você mudou? O quê?
Claro que mudou. Todas as experiências que vivo me marcam; umas mais, outras menos. O fato de eu ter realizado (com sucesso!), em A Fazenda, a tarefa considerada mais complexa, difícil e demorada, que é alimentar os animais, o que foi reconhecido por todos os competidores essa semana, fez com que eu me sentisse uma mulher mais forte, capaz e confiante no quesito 'desafios'. Ter a alimentação de todos os animais nas minhas mãos foi uma grande responsabilidade para a qual eu me voluntariei. Adorei viver isso! Ao contrário da entrega sem reservas para os bichinhos... Aprendi, diante de todo o país, que devo ser, digamos, bem mais 'arredia', mais 'arisca' com quem se aproxima de mim; afinal, o ser humano tem, em sua natureza, o talento de fingir, de dissimular; e esse erro de (falta de) julgamento eu cometi em rede nacional. Quem já não se enganou nessa vida?
- O que você aprendeu com a experiência?
- Que devo continuar a ser como sou. O caminho é bom! Minha mãe e meu pai fizeram um bom trabalho na minha criação. Ah, sim, e aprendi que salvar, arriscar a minha cabeça por quem sequer conheço... só em filantropia, não em reality shows.
- Qual principal lição tirou?
- Que eu apresento um reality show (como fiz em A Ilha da Sedução, em 2002, no SBT) bem melhor do que integro um como elenco. Meu negócio é trabalhar em equipe, com script, estudo, a manha do improviso e a cobrança por resultado.
- O que é mais difícil num programa como este? A convivência? O trabalho? Os banhos? As trocas de roupas?
- Difícil foi sentir-me à deriva do humor dos outros; a hostilidade na convivência; os sussurros que não se completam quando você passa perto. Todos os competidores passam por isso. Nada é pessoal em duas semanas. O trabalho foi delicioso, mesmo a louça, a roupa, o cumprimento de todas as regras. Os banhos não me incomodaram por ser de biquíni. As trocas de roupa eram verdadeiras sessões de ginástica. Se bobeasse, acabava a 'tarefa' suada! (risos)
- Alguém te decepcionou? Quem e por quê?
- Claro. O país todo assistiu. Por quê? Por causa do que todo mundo assistiu e só eu não vi. Parecia novela. Ninguém deu a deixa e eu continuei dançando sozinha. Dancei e saí.
- Como foi a história com o Miro?
- O que se viu foi o que aconteceu. E o que aconteceu em A Fazenda, ficou em A Fazenda. Não tenho absolutamente coisa alguma para acrescentar.
- Você viu o que ele falou sobre você? O que achou?
- Depois que saí, pouco soube, pouco vi. Tive que saber de algumas coisas pela minha mãe para ficar alerta nas entrevistas, afinal, estava com a 'matéria atrasada' nessa prova... Não assisti ao que não posso mudar. Não mereço sentir, nem ouvir nada que vá me fazer mal e que eu não tenha o poder de mudar. Ficou no passado.
- Acha que a proximidade entre vocês o deixou mais forte?
- Não acho nada sobre isso. Só perco. Fui usada e ponto final, nesse round, nesse trabalho. Todos assistiram. Já virei a página.
- O que mais te atrai em um homem?
- Seu sentido de família, a importância que a família tem em sua vida.
- Para você, quem é o maior jogador do programa?
- O que menos se mostrar, o que falar menos, o que for mais impessoal, porém ilusoriamente acessível.
- Está torcendo por alguém?
- Não estou conseguindo mais assistir por causa do horário. Trata-se do horário dos meus treinos na academia e no Krav Magá.
- O achou das atitudes de Théo Becker?
- Théo é um irmão. Tem caráter. Ele mesmo disse que sua prescrição dos remédios para 'secar' não lhe foram adequadas. O Theo que eu conheço é calmo e doce, um meninão.
- Na sua opinião, porque foi eliminada?
- Porque alguém tinha que ser. E porque joguei errado, não pensei em mim ao entrar na frente para defender o indefensável. Ali é cada um por si, e só vi isso tarde demais.
- Se fosse convidada, participaria de outro reality?
- Para apresentar, sim. É, retórica. (risos)
- E agora, o que pretende fazer? Quais são seus projetos?
- Tenho um curta-metragem em inglês saindo no fim de agosto para lançamento aqui no Brasil. Chama-se The Meeting, com o Luciano Szafir. Vocês saberão. Continuarei a me apresentar com a banda paulistana Cowbell. Adoro me apresentar. Gostaria de fazer cinema, de pegar um bom desafio em teatro, que nunca fiz profissionalmente. Desde 2006, não executo a minha atividade de paixão, que é a de apresentadora de programas de TV (a última vez foi na SKY, depois segui para atuar na Rede Globo, em Bang Bang). Atuar é um desafio que aceito com coragem, dignidade, mas estou com falta de entrevistar convidados, chamar bandas, cantar e gritar junto com o público, fazer matérias, fazer debates, fidelizar meu público com um programa definido, ou ter um bom quadro na grade de um programa mais longo. Quero mais desafios na Record, e mostrarei a minha disposição quantas vezes for necessário.