CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil

Leona Cavalli: um balanço sobre afeto e profissão

Ela afirma que prioriza sempre a carreira e comemora o seu primeiro espetáculo solo

Redação Publicado em 21/01/2010, às 18h47

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Na Ilha de CARAS, Leona fala do desafio de encenar Máscaras de Penas Penadas. - GEORGE MAGARAIA/IMAGENS MAGASAC E ROBERTO VALVERDE
Na Ilha de CARAS, Leona fala do desafio de encenar Máscaras de Penas Penadas. - GEORGE MAGARAIA/IMAGENS MAGASAC E ROBERTO VALVERDE
Deixar um pouco de lado a vida pessoal para se dedicar à profissão é corriqueiro na vida de Leona Cavalli (40) desde que, há 20 anos, saiu do Rio Grande do Sul, onde nasceu, para realizar o sonho de ser atriz. "Eu namorava um diretor de teatro, meu primeiro amor, com quem quase casei, quando decidi ir para São Paulo. Nossa relação não resistiu à minha opção pela carreira", contou ela, na Ilha de CARAS. "Tenho essa tendência. Preciso ficar atenta para não me voltar sempre para o lado profissional. Trabalhar é o que mais gosto de fazer na vida", com pletou a atriz, que estreou o espetáculo Máscaras de Penas Penadas, no Centro Cultural Solar de Botafogo, Rio. O primeiro monólogo de Leona foi escrito por Ana Vitória Vieira Monteiro (67) e trata de uma questão bem familiar a ela: o caminho que o ator percorre para entrar em cena. No palco são abordados temas como busca da inspiração, solidão e timidez. A performance da artista recebeu aplausos de Guilherme Leme (49), Angela Vieira (57), Jorge Pontual (42), Karen Junqueira (26) e Ney Latorraca (65). "Quando ainda estava com o texto em mãos, ela me mostrou em um intervalo das gravações da novela Negócio da China, que fizemos juntos. Acompanhei todo o processo de construção da peça e sempre a apoiei. Então, me emocionei bastante agora ao vê-la no palco", contou Ney. "O texto tem uma verdade sobre a carreira do ator, que só quem tem a sensibilidade da Leona poderia descrevê-lo e encená-lo tão bem. Ela está divina", acrescentou Luís Mello (52). A peça, que conta ainda com a participação de Anderson Miranda, no violão, e Raul Guterres (40), no pandeiro, também foi prestigiada pelos atores Thiago Mendonça (28) e Juliana Schalch (24). "Este texto é um grande poema, é o que eu quero dizer nesse momento para o público. É importante mostrar o que se passa na cabeça e no coração do artista. E, além de ser um grande desafio, fazer um monólogo é uma ótima e intensa experiência de troca com a plateia", explicou Leona. E foram os desafios encontrados na profissão, como esse espetáculo, que serviram de inspiração a ela para escrever o livro Caminho das Pedras - Reflexões de uma Atriz, lançado em 2009, e que trás ainda o texto da peça que está encenando. "Ele representa um outro começo, pois é uma análise das dificuldades. Falo de ética, medos, timidez, preconceito, ego. Através do trabalho continuo buscando autoconhecimento", garantiu. Ela se mostra satisfeita com o que conquistou. "Nunca fui atriz de oportunismo. Refleti, passo a passo, o que fiz na carreira. Nos palcos, estive em peças como Hamlet. Veio o cinema, a TV...", disse Leona, que, recentemente, participou da minissérie global Dalva e Herivelto, Uma Canção de Amor. - Este tem sido um início de ano de muito trabalho. E o lado afetivo? Está namorando? - Estou solteira, só que não deixo de amar. Solteira para mim é não namorar a sério. Parece até que não tenho ninguém há 20 anos. Não é assim, pelo amor de Deus (risos). Só sou discreta. - O que admira e gostaria de encontrar em um homem? - Bom humor e caráter. Essas duas características que eu considero fundamentais. - Por que nunca teve filho? - Desejei um bebê quando vivi uma relação estável, no Sul, mas isso nunca mais aconteceu. Ainda não encontrei alguém que me instigasse algo avassalador a ponto de priorizar a maternidade e jamais me imaginei tendo um filho sem estar casada. Eu valorizo a família, os meus pais, a criação sólida que tive e que considero fundamental para a educação de uma criança. - Os 40 anos trazem alguma cobrança maior com o físico? - Até agora, não sinto peso algum. Para mim, a questão estética está ligada à saúde, ao bem-estar e ao meu trabalho. Procuro me cuidar para poder interpretar. Afinal, o meu único veículo de expressão é o meu corpo.