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Renato Aragão revela novos rumos na carreira

Em família, o humorista Renato Aragão nega a aposentadoria: ‘vou fazer na Globo o que domino, cinema’

Redação Publicado em 05/12/2012, às 01h47 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Após comunicado sobre o fim de Aventuras do Didi, Renato anuncia, ao lado da caçula, Lívian, e da mulher, Lilian, que fará telefilmes na emissora a partir de 2013. - Selmy Yassuda
Após comunicado sobre o fim de Aventuras do Didi, Renato anuncia, ao lado da caçula, Lívian, e da mulher, Lilian, que fará telefilmes na emissora a partir de 2013. - Selmy Yassuda

A notícia de que o programa Aventuras do Didi, liderado por Renato Aragão (77), está fora da grade da programação de 2013 surpreendeu o público. Apesar de o comunicado da Rede Globo, na quinta-feira, dia 29, informar que o humorista já avaliava participação em novos projetos da emissora, onde está desde 1976, criou-se um burburinho sobre a possibilidade de ele não retornar mais ao ar, e isso o deixou chateado. Renato, que tem 52 anos de carreira, garante que não existe chance de aposentadoria forçada, ganhar sem trabalhar. Em entrevista à CARAS, na sua casa, no Rio, ao lado da mulher, Lilian (45), e da filha do casal, a atriz Lívian Aragão (13), ele falou, com exclusividade, dos seus próximos passos na emissora, agora mais voltados para os telefilmes. “Já passei por muita coisa, mas nunca pensei em colocar um pijama e parar. Se fizer isso, morro. Se pegar minhas economias e for curtir, viajar, após 20 dias, vou querer ver a câmera e fazer o que sempre fiz na pele do Didi, o humor ingênuo para a criança e a família”, afirmou. “E a Globo quer ficar comigo até onde eu possa estar atuando. Também não é minha intenção chegar e brigar. Sempre tivemos relacionamento estreito e sincero”, acrescentou ele, que protagoniza o dominical desde 1998 — até 2010, o programa se chamava A Turma do Didi. Para enfrentar as mudanças que virão, Renato considera fundamental a união do clã. “A base é a família. Ninguém é feliz quando se dedica somente ao trabalho. Com núcleo familiar firme, você tem força para tudo”, frisou Renato.

– Quando você foi informado sobre o fim do seu programa?

– A direção me chamou há cerca de um ano para conversar, dizendo que necessitava de mim para fazer o que precisava ter na grade: cinema. Respondi que ainda queria apresentar o programa este ano e que poderíamos pensar nas modificações para 2013. Então, a ideia foi sendo amadurecida até baterem o martelo de que Aventuras do Didi irá ao ar somente até 3 de fevereiro. Depois, continuarei apresentando o Criança Esperança e farei três telefilmes e um seriado. Levaremos cerca de dois meses para preparar cada projeto. Além de gravar, escrevo a sinopse de todos, então, cada produto vai me dar muito trabalho em 2013. É um desafio, e é disso que eu gosto. A intenção da emissora é fazer com que eu trabalhe cada vez mais. E a tendência dentro da Globo é a de não ter mais programas semanais de humorísticos, mas sim de temporadas. É o que farei em 2014, produtos que vão ser exibidos por um tempo determinado, tipo um mês e meio no ar. Gravarei com empolgação. Pior seria se tivesse obrigações desconhecidas, mas farei na TV o que domino: cinema.

– A audiência influenciou nessas mudanças?

– De jeito nenhum. Durante esses anos todos nós nunca perdemos para outras emissoras no horário.

– Você está triste por deixar de ter uma atração semanal fixa?

– O que me preocupa em relação à minha ausência no ar toda semana é que o público vai sentir falta, principalmente, as crianças. É uma mudança drástica. E a obrigação de fazer um semanal é bastante desgastante. Agora, terei uma melhor qualidade no ar, pois tudo será produzido e gravado com mais tempo.

– Os atores do Aventuras do Didi já estavam sabendo? Eles vão ser dispensados?

– Eles não sabiam. Eu não tinha autorização para falar. Isso era dever da Globo, mas no fim vazou, não sei como. Na última quinta, no encerramento das gravações, eu os chamei para um jantar especial, disse que estava preocupado com eles, mas que, com certeza, a Globo vai alocá-los em outros programas. Agora, o Dedé Santana vai ficar comigo. Também estou tentando puxar o Tadeu Mello para os telefilmes.

– Como estava o clima no último dia de gravações?

– Foi emocionante. Muita gente chorou depois no jantar, ficamos nos perguntando quando íamos nos ver de novo...

– Quando você começa a tocar os novos projetos?

– Iniciamos a pré-produção na segunda quinzena de janeiro e começamos a gravar em Fevereiro para exibir o primeiro telefilme em abril. Aí, seguimos trabalhando nos outros. O segundo deve ir ao ar nas férias de julho. Na semana da criança, em outubro, vai passar o seriado com cinco episódios independentes, histórias completas. Terei ainda um especial no fim do ano. Não está confirmado, mas os telefilmes vão ocupar o horário do Temperatura Máxima, no domingo. E o seriado vai antes da Malhação.

– Mudam os trabalhos, mas o personagem Didi permanece?

– Ele jamais sairá.

– E seus projetos de cinema?

– Com os telefimes, não tem como fazer, não sobrará tempo.

– Como mantém a saúde para dar conta de tanto trabalho?

– O grande segredo é trocar os comprimidos por um par de tênis. Sou um cara bastante ativo, faço esteira todo dia, me trato com acupuntura. Cuido do corpo, porque vivo dele. Tenho alimentação de qualidade, sem carne vermelha, fritura, gordura nem doce. Corro na frente para o tempo nunca me alcançar e tenho certeza de que 2013 será maravilhoso.