Em New York, a top mineira exalta o orgulho de ser negra e da carreira
Redação Publicado em 23/12/2009, às 19h42
Aos 16 anos, quando se mudou para o exterior, Danielle Leonel (25) aprendeu uma importante lição sobre New York. "No dia seguinte que cheguei, acordei e estava um sol lindo lá fora; coloquei meu shortinho bem brasileiro e saí... num frio danado! Naquele minuto aprendi que dia bonito não é sinônimo de dia quente por aqui", recorda a mineira, entre risos.
Após temporadas na França e em Londres, Danielle voltou a se fixar na Big Apple, onde vive há oito anos. "Que vergonha, depois de todo esse tempo ainda não conhecia a região do Castelo de CARAS. Não imaginava que fosse tão mágico", diz a beldade sobre Tarrytown.
Danielle entrou para o mundo da moda ao vencer um concurso na capital paulista. Onze anos e muitos cliques depois, a top se tornou uma das mulheres negras mais requisitadas no mercado. De bem com a vida, ela aproveitou a folga para falar dos planos para 2010.
- O Castelo de CARAS é como você imaginava?
- Muito melhor! Tão perto de New York e, ao mesmo tempo, tão diferente da cidade. A decoração, a luz natural, a vista...
- Vida de modelo é corrida...
- Estou sempre viajando e, juntando tudo, paro em casa uns dois meses por ano. Certa vez, indo da Alemanha para o Canadá, só percebi que era meu aniversário quando a pessoa da imigração escreveu 'happy birthday' no passaporte. (risos)
- Há a polêmica de que modelos negras têm menos espaço.
- Isso vai da cabeça de cada um. Graças a Deus sempre tive muito trabalho. Por exemplo, fiz um desfile da Louis Vuitton carregando a bolsa comemorativa de 500 anos do Brasil. Em um desfile da Cia. Marítima, entrei depois da Naomi Campbell e fui aplaudida.
- E você faz questão de valorizar suas características, não é?
- Eu adoro meu cabelo fuá! Esta sou eu mesma e gosto desta imagem. Quando você se assume e se respeita, tudo se torna lindo e a alma, revelada.
- Você estuda interpretação. Tem planos para virar atriz?
- Em New York, eu fiz aulas no Stella Adler Studio of Acting, escola pela qual passaram grandes nomes, como Robert De Niro e Julianne Moore. Ser ator é sair por aí e conhecer a vida, se imaginar no lugar de outra pessoa, entender o ser humano. Esse curso mudou a minha vida.
- Vamos vê-la em breve em uma novela?
- Olha, 2010 está prometendo, mas eu sou mineira, como quietinha... (risos) Estou estudando algumas propostas e me aprimorando, mas tenho, sim, uma grande vontade de voltar para o meu país. Seria uma honra voltar ao Brasil para um trabalho na televisão.