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Adriana Birolli: Isabel é ou não é vilã?

Feliz com o resultado de sua personagem em Viver a Vida Adriana Birolli celebra e conta que parou de tentar convencer o público de que Isabel não é uma vilã

Redação Publicado em 21/01/2010, às 14h19 - Atualizado em 26/04/2010, às 12h20

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Adriana Birolli como Isabel - TV Globo / Renato Rocha Miranda
Adriana Birolli como Isabel - TV Globo / Renato Rocha Miranda
Ela é irritante, rebelde, mas muito verdadeira em diversos momentos. Essa é Isabel, personagem criada por Manoel Carlos, em Viver a Vida, interpretada pela talentosa curitibana Adriana Birolli, que estreia em novelas na Globo e logo de cara conquista seu mais que merecido espaço. Já na reta final da trama, Adriana conta que parou de tentar convencer o público de que Isabel não é uma vilã. "O Brasil inteiro diz que é. Mas não adianta dar murro em ponta de faca. Agora, eu digo que ela é. É melhor concordar porque ela faz maldade, fala a verdade. Eu também falo, mas ela fala pra machucar. Ela aperta a ferida", conta ela. Realizada com o momento que vive e com o sucesso de sua primeira megera na telinha, Adriana falou ao Portal CARAS: - Como você está encarando este enorme sucesso de Isabel? - Com gratidão. É estimulante você perceber que suas escolhas profissionais foram acertadas. Mudei para o Rio de Janeiro em agosto de 2007 e em dois anos encenei duas peças da minha produtora de teatro - Oscar Wilde me Disse e Manual Prático da Mulher Desesperada -, fiz a Oficina de Atores da Globo, participei dos programas Faça a Sua História e do Cilada, no Fantástico, e da novela Beleza Pura. Em setembro de 2009 comecei a gravar a novela e a Isabel entrou na minha vida e a mudou para sempre. Adoro o sucesso, os comentários, elogios, matérias, capas de revistas etc. Mas o que me dá mais prazer é representá-la. O texto do Manoel Carlos é de uma riqueza que só os mestres possuem. Quando chega o capítulo eu fico deslumbrada com tudo o que tenho que fazer e dizer. Foi o maior estímulo que recebi na minha carreira sem dúvida e me esforço ao máximo para aproveitá-lo. E nem preciso dizer o quanto sou grata ao Maneco e ao Jayme Monjardim. - Como está sendo a estreia numa novela de horário nobre com uma vilã? - Nem nos meus sonhos mais loucos eu imaginei que seria assim. O público em geral tem um fascínio com os vilões, mas eu não considerava a Isabel uma vilã. Eu acho que ela está mais para rebelde. Vilã para mim é Glenn Close em Atração Fatal. Mas a Isabel é principalmente um personagem rico e muito humano, com atitudes contraditórias. Isto a destaca. Ela causa muito! Quanto a ser no horário nobre, este tipo de acontecimento é algo que você não pode programar. Já fiz vários testes que não deram certo, parece que estava escrito que eu estrearia de verdade na televisão com a Isabel. Inclusive o processo para conseguir a Isabel foi muito difícil. Fiz vários testes e no final disputei com uma atriz já consagrada. - Então você não considera Isabel uma vilã? - O Brasil inteiro diz que é. E não adianta dar murro em ponta de faca. Eu não achava, não, mas agora eu digo que ela é. É melhor concordar porque ela faz maldade, fala a verdade. Eu também falo, mas ela fala pra machucar. Ela aperta a ferida. - Como você criou a personagem? - Só posso criar a partir da matéria-prima que o autor manda. E o Maneco é um gênio que trabalha a partir do que a gente devolve para ele. É lindo isso. O tom de comédia da minha personagem, por exemplo, foi prolongado. Deu certo e continuou. Ser vilã é uma delícia. A Isabel é uma celebração porque minha maior dificuldade como atriz sempre foi ser irônica, foi trabalhar com a ironia, porque na vida nunca fui assim. Não tinha essa sacada. A Isabel é muito mais inteligente que eu. Ela pega todo mundo. Passei anos estudando isso e ela veio na hora certa. A Isabel é um personagem muito complexo. Isso para mim é um orgulho imenso. - Há histórias de personagens maldosos que são recebidos pelo público com palavrões e atitudes grosseiras. Já aconteceu algo assim com você? - Não. Por vários fatores. O primeiro é porque como eu disse anteriormente, a Isabel não é uma vilã odiosa, de vez em quando ela é até vítima da falta de atenção dos pais. A maior maldade que ela cometeu para mim foi esconder o vídeo que a Luciana mandou de Petra. Inclusive foi punida pela mãe com uma surra de cinto e isto lavou a alma de muita gente que assiste à novela. Segundo porque hoje em dia as pessoas estão separando melhor ator e personagem. O público na verdade é muito carinhoso comigo. - Como a família está encarando a Isabel? - Adoram. Eles torcem para que ela apronte mais, faça maldades. É o que eu digo: depois da Flora e da Yvone todo mundo adora odiar vilões. Meus pais então, torcem para que ela fique bem má... - Ela ainda vai fazer muitas maldades? - Gostaria muito de saber. Manoel Carlos tem um método de escrever que faz com que o trabalho fique emocionante. Você nunca sabe o que vai acontecer. O ator vive a história como se fosse de verdade. Na vida você não adivinha o futuro. Com o Maneco é assim. Você vive a vida do personagem. É genial. Nunca tinha trabalhado assim antes, principalmente porque minha experiência é quase toda no teatro, onde tudo o que acontece em cena é programado com meses de antecedência. Agora, eu adoraria que ela aprontasse cada vez mais...