A VIAGEM DAS ARÁBIAS DE AMAURY JR. A DUBAI

Se você ainda não pensou em Dubai, nos Emirados Árabes, como possível opção de destino para as próximas férias, talvez seja a hora de começar a considerar a hipótese. O toque é do apresentador Amaury Jr. (58), que voltou de lá impressionadíssimo. "Aquele vai virar o país do Guiness Book of Records", brinca ele, referindo-se à publicação anual que agrupa recordes e superlativos reconhecidos no mundo todo. "Eles estão construindo o edifício mais alto do mundo, com 818 metros de altura, em tempo recorde: fica pronto em 2008." O prédio em questão, já batizado de Burj Dubai (Torre dos Árabes), terá o interior decorado pelo estilista italiano Giorgio Armani (73), o maior shopping center do mundo na base e mais 160 andares para cima. O custo da obra é de 8 bilhões de dólares. O Burj Dubai vai ganhar o lugar no Guiness Book que pertence à torre 101, em Taipei, na Tailândia, com 590 metros de altura. Se o país ainda se parece um pouco, como o próprio Amaury diz, com um "canteiro de obras", será que não seria o caso de esperar um pouco mais para visitá-lo? "Eu quis ir já. O brasileiro é novidadeiro e vai querer ver logo a grande aposta do turismo atual", diz o apresentador do Programa Amaury Jr., da RedeTV!. E enumera as construções que ainda estão para ser completadas: o Hydropolis Dubai, maior hotel submerso do mundo, com suítes em forma de bolha e paredes de vidro; a Dubai Sports City, centro esportivo construído em forma de falcão, o pássaro- símbolo dos Emirados Árabes, com estádio com capacidade para 60 000 pessoas e instalações para a prática de todos os esportes do mundo. E há também os condomínios The Palm e The World, conjunto de ilhas artificiais - um em forma de palmeira e outro no formato do mapa-múndi - que vai aumentar o litoral de Dubai em 500 km, e nos quais já garantiram suas casas os atores Tom Cruise (44) e Katie Holmes (26), Brad Pitt (43) e Angelina Jolie (31), o cantor Rod Stewart (62) e o sex symbol do futebol, David Beckham (32). O primeiro apelo para fazer uma viagem assim tão longa - o trecho São Paulo-Dubai leva 14 horas e meia na ida e 15 na volta, sendo o maior vôo comercial sem escala partindo do Brasil - é a recém-inaugurada atuação da empresa Emirates no Brasil, que iniciou operação em outubro e oferece um pouco do luxo de Dubai já a bordo de seus aviões. Por 10 000 dólares, oito felizardos por vez fazem o trajeto na primeira classe, que tem "frescuras" maravilhosas como cabine individual, TV de plasma com mil (não é modo de dizer) opções de filmes, Internet e programação de televisão, poltrona que faz todo tipo de massagem, pijama, nécessaires diferenciadas para homens e mulheres repletas de produtos da linha Bulgari. "E, no amanhecer, a iluminação simula o nascer do dia, e você ouve canto de passarinhos. No anoitecer a mesma coisa, a noite fica toda estrelada", conta ele. Em Dubai, a suíte master do hotel Burj Al Arab, que tem a "modesta" cotação de 7 estrelas, era outro show. "A decoração do hotel, feita de ouro 24 quilates nos pilares, torneiras e detalhes, tem o metal nobre em quantidade suficiente para cobrir um estádio oficial de futebol", conta Amaury. A uma diária de 8 500 dólares, ele desfrutou da suíte de mil metros quadrados com escritório, área de descanso e quarto, bem, das Arábias. "É uma coisa totalmente Mil e Uma Noites." Dubai tem clima bom para quem gosta de calor. "Os dias de chuva, contados no dedo, são cinco por ano. No verão a temperatura sobe a 40º C, portanto os melhores meses para visitar o país são de outubro a março, o 'inverno', quando a temperatura média é de 25º C", recomenda Amaury. O turista não tem do que reclamar, afinal não é obrigado a usar as roupas que as mulheres muçulmanas usam, como a shayla (o pano em volta da cabeça) e abaya, túnica preta que cobre o corpo. Apesar de ser o mais "permissivo" entre os sete países dos Emirados Árabes, Dubai também vive sob as leis do Alcorão. "Não se pode beijar e abraçar em público. Tirei a camisa para me trocar atrás do carro e fui parado pela polícia", conta Amaury. Para os turistas o dress code é mais liberal, mas é melhor evitar decotes, tops, barriga de fora. Restaurantes bons não faltam: só o hotel Burj Al Arab tem nove opções. "A comida é tão boa que até o McDonald's serve sanduíches deliciosos, como o Mac Arábia", conta ele, sobre o sanduíche de hambúrguer de carne de carneiro, servido no pão sírio. "Gordura é sinal de formosura. Os homens árabes ainda preferem as mulheres cheinhas." Na rua, as atrações são a arquitetura pós-moderna em contraste com a parte histórica da cidade, o Heritage Vilage, no centro, onde se reproduz o modo de vida dos beduínos há milhares de anos. "Dubai nasceu como vila de pescadores na beira do rio que corta a cidade", conta Amaury. "Na vila as mulheres tecem meias de lã, as construções são feitas de uma mistura de areia e conchas, os camelos descansam em volta da fogueira." Quem estiver interessado na história deve ir ao Museu de Dubai. Há centenas de mesquitas espalhadas pela cidade. "Quatro vezes por dia você ouve o canto que chama para a reza: todos os muçulmanos tiram o sapato, se ajoelham virados para Meca e rezam. Há locais para reza até nos shopping centers." Compras? Sim, Dubai é um ótimo negócio, recomenda o apresentadro. Ali se encontra o ouro mais barato do mundo nos soukis, os mercados, que também vendem roupas, especiarias, comida, narguilés (cachimbo árabe no qual a fumaça passa pela água antes de chegar ao fumante). Outras dicas de boa conduta que ele aprendeu lá: não cruze a perna mostrando a sola do sapato, é desrespeitoso; e não aceite comida com a mão esquerda, considerada impura. A saudação é "salam aleik" (diz-se salamaleque), que significa: meu coração, minhas palavras e meu pensamento para você. De resto, Dubai está de braços abertos para os brasileiros. Não é preciso visto de entrada e a novela global Mulheres Apaixonadas é sucesso na TV.