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A superação do piloto Hélio Castroneves

<i>Por Ana Ligia Sampaio</i><br><br> Publicado em 03/06/2009, às 15h44 - Atualizado em 08/06/2009, às 11h26

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Helio Castroneves festeja o tri das 500 Milhas de Indianópolis nos Estados Unidos - Jayme de Carvalho
Helio Castroneves festeja o tri das 500 Milhas de Indianópolis nos Estados Unidos - Jayme de Carvalho
Hélio Castroneves, o piloto paulista de 34 anos que é um sucesso na Fórmula Indy, sabe como poucos o que é dar a volta por cima. No domingo, 24 de maio, ele venceu as 500 Milhas de Indianápolis, uma das mais importantes provas do automobilismo mundial. Com a vitória, ele se tornou o primeiro não americano a vencer a corrida três vezes - ele ganhou também em 2001 e 2002 - e juntou-se ao seleto grupo de apenas nove pilotos a conseguir o tri. Mas cruzar a linha de chegada em primeiro teve sabor muito mais especial, já que Helinho deixou para trás não só os adversários, mas seu maior pesadelo pessoal. Em meados de abril, ele foi totalmente absolvido do processo de sonegação fiscal nos Estados Unidos, que poderia lhe custar até 35 anos de cadeia. Animado, ele fala dos muitos motivos que tem para comemorar. - Você imaginava um retorno ao pódio como este? - Que piloto não sonha em vencer as 500 Milhas? Mas eu confesso que não pensava em conquistar duas vitórias como essas num espaço tão pequeno de tempo. Parece meio sonho, a ficha demorou a cair. Voltei a correr e minha vida voltou pro caminho certo. - O que você pensou quando recebeu a bandeirada final? - Eu sempre vibro muito, comemoro já com a equipe pelo rádio, mas desta vez foi diferente. Foi um momento meu, muito íntimo. Conversei com Deus. Muitas vezes durante todo o julgamento eu me perguntei por quê. Naquele momento, encontrei a resposta. - O que foi melhor, vencer da primeira, segunda ou terceira vez? - Cada uma teve gostinho diferente, mas todas igualmente importantes. A primeira, uau, não dava para acreditar. A segunda foi meio que a confirmação de um sonho. A terceira, ah, sei lá, não dá nem para descrever. - A quem você dedica essa vitória? - Meus amigos, minha família e meus fãs, que jamais me deixaram perder a esperança. Passei, quer dizer, passamos por um período muito difícil e em nenhum momento essas pessoas saíram do meu lado. Por causa deles fiquei mais forte e cheguei até aqui. Essa vitória é nossa. - Você pensou em desistir de correr? - Essas pessoas não me deixaram. E hoje tenho 100% de certeza que minha vida é correr, é o que faço de melhor. - Sua relação com a mídia americana mudou de alguma maneira, do banco dos réus a campeão? - Acho que a mídia como um todo sempre me tratou com muito respeito, mesmo porque eu também sempre tratei toda a imprensa com profissionalismo. O tratamento foi o mesmo durante o julgamento e depois de vencer as 500 Milhas. Acho que muita gente estava torcendo por mim, torcendo para que a verdade aparecesse... e apareceu! Espero que toda essa experiência sirva como exemplo e dê esperança a pessoas que estejam passando por momentos difíceis como eu passei, especialmente quando não se está no seu país. Minha mensagem maior é não perder a fé. - E seus planos para daqui em diante? - Correr muito! Daqui pra frente, só alegria!