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A COLORIDA FASE DE CLAUDIA ALENCAR

EM CASA, NO RIO, ATRIZ DE PROVA DE AMOR REVÊ SUAS LUTAS E CONQUISTAS

Redação Publicado em 15/03/2006, às 12h01

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A atriz da Record na sala de sua casa, no Rio, com tela do artista Delano ao fundo.
A atriz da Record na sala de sua casa, no Rio, com tela do artista Delano ao fundo.
Aos 55 anos, Claudia Alencar -que vive a Teresa da novela Prova de Amor, sucesso da Record - mantém as mesmas medidas de quando tinha 24: 1m68 e 57quilos. E o estilo jovial da atriz acompanha o físico, qualidade que a aproxima dos filhos Crystal (14) e Yann Alencar (17), frutos do casamento de 13 anos com o empresário Boris Galperin (50), de quem se separou em 2000. A relação com os herdeiros é hoje a mais importante na vida de Claudia. Ao lado de Yann, em seu apartamento, em São Conrado, Rio, a atriz conta como se vê refletida no primogênito, que decidiu seguir a carreira de ator. As afinidades a fazem relembrar a própria história, que nem sempre foi fácil. "Quando disse ao meu pai que queria ser atriz, ele me deu um tapa na cara. Meus pais eram intelectuais, tive que fazer três faculdades para seguir meu sonho", lembra ela, que ainda chegou a ser presa e torturada pela ditadura militar. Todos os percalços valorizam ainda mais sua escolha e seu amor pela profissão. Amor hoje renovado com o grande êxito na Record, que marca um recomeço em sua vida. "O último ano foi difícil, pois perdi meu pai e passei dificuldades financeiras. Agora tudo começa a mudar", conta a atriz, que dedica-se ainda à literatura - ela tem três livros publicados - e à pintura. "Escrevo e pinto desde pequena." Para coroar a boa fase, o coração também voltou a bater forte. "Love is in the air", cantarola Claudia, fazendo mistério, no entanto, sobre a identidade do eleito. - Por que o segredo? - Estou em momento de grande amor, mas prefiro não falar muito sobre isso ainda, pois a relação é recente. Estamos juntos há uns quatro meses e parece que fui abduzida por ele. Não vivia um grande amor desde a minha separação. - Você está ótima. A boa fase se reflete na sua aparência? - Trato corpo e mente igualmente. Como muita verdura e faço ioga há séculos. Sou muito atenta à minha alimentação, que é a chave do equilíbrio corporal. Tanto que mantenho o mesmo corpo desde os 24 anos. Acho que esse é o pulo do gato: se manter. A vida é um equilíbrio constante e minha grande qualidade é a perseverância. - E no trabalho? - Estou adorando a Record e a personagem. A Teresa é uma mãe contemporânea, que criou os filhos sozinha. E essa é a realidade tanto no Brasil quanto fora: cada vez mais as mulheres estão assumindo a casa e a criação. A única coisa que é para sempre são os filhos. - Sua história é parecida. Isso ajudou a compor a personagem? - Não, porque na novela meus filhos já têm 30 anos e eu ainda não vivi essa experiência. Resolvi fazer na ficção como faço com Yann e Crystal: dou abraço e beijo a toda hora, trato que nem bebês. - Yann, como é a relação com sua mãe?Yann - Ela nos criou com liberdade e livre arbítrio, ensinando e confiando no nosso caráter e julgamento. Ela passou por muitas dificuldades, mas venceu todas, com otimismo. Essa é uma bagagem preciosa para toda a vida. Somos unidos e falamos sobre qualquer assunto, sem distinção. Até em relação aos seus namorados eu e minha irmã sempre demos opinião, nunca rolou ciúmes. Claudia - Nossa relação sempre foi assim: de respeito, amor, alegria e muita verdade. - Sua mãe apoiou sua decisão de seguir a carreira de ator? Yann - A princípio não. As pessoas sempre vêem o lado do glamour e não a batalha que é se manter e ganhar seu espaço como ator. Ela sempre viu esse lado pesado, por isso era contra. Mas depois de um tempo, me apoiou inteiramente. Já meu pai é totalmente contra. Claudia - Meu pai foi contra quando eu quis ser atriz. Foi muito difícil e para bancar meu sonho tive que fazer três faculdades antes - História, Ciências Sociais e Comunicação. Por isso eu queria um destino perfeito para meus filhos. Mas percebi a tempo que eles têm que escolher seus próprios caminhos, pois é assim que se aprende. Pensei e abençoei a escolha dele e agora é uma delícia, porque falamos sobre o mesmo assunto, temos a mesma arte. Ele acaba de fazer um teste para a Record. - Então vocês dois podem contracenar um dia? - Isso será uma emoção imensa, pois será como contracenar com um espelho. Yann é muito emotivo e crítico como eu. - Mas o seu início na profissão não foi fácil... - Não. Eu fazia faculdade de manhã e teatro à noite, em uma turma ligada a ALN - Aliança Libertadora Nacional. No início da década de 70, em plena ditadura,"caímos" todos. Eu tinha 20 anos, fui presa, torturada, tomei choque, mas sobrevivi. Enquanto estive presa, o que eu mais queria era tomar sorvete e, até hoje, sorvete para mim tem gosto de liberdade. - O que seus pais faziam? - Minha mãe era bióloga e meu pai, sociólogo. Eles não tinham muitas posses, mas me deram uma fortuna que ninguém me tira: a alegria do conhecimento. - Sua casa é repleta de obras de arte e livros. O que gosta de ler? - Romances, autobiografias, filosofia e arte. Também escrevo todos os dias e tenho diários desde os 12 anos. É uma forma de você ver o mundo e se ver dentro dele. E a pintura é uma outra paixão. Também pinto desde pequena e mantenho um ateliê em casa