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6º FÓRUM EMPRESARIAL

Redação Publicado em 02/05/2007, às 20h27

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6º FÓRUM EMPRESARIAL
6º FÓRUM EMPRESARIAL
Os empresários mais importantes do país se reúnem na ilha de Comandatuba, na Bahia, onde discutem com políticos e personalidades de várias áreas os rumos do desenvolvimento econômico brasileiro. Sob a batuta de João Doria Jr., cerca de 700 pessoas também se encontram para confraternizar em meio a uma agenda que mistura business, glamour e alegria.por Alberto Santiago Mais uma vez Comandatuba, ao sul da Bahia, foi o - paradisíaco- cenário do mais importante encontro de líderes empresariais da América Latina, o Fórum Empresarial. Sob a batuta de João Doria Jr. (48), presidente da Doria Associados, do Grupo de Líderes Empresarias, Lide, e apresentador do programa Show Business, da Rede TV!, 320 CEOs e executivos das mais importantes empresas do país, 22 deputados federais, seis senadores, quatro governadores, dois ministros, personalidades como Viviane Senna (49) e d. Zilda Arns (72) e estrelas como Regina Duarte (60) e Daniela Mercury (41) participaram no hotel Transamérica Ilha de Comandatuba dos quatro dias de encontro, cujo auge foi o seminário Desafio do Crescimento Econômico, que mobilizou cerca de 400 pesos-pesados do PIB nacional. "Temos aqui a rara chance de reunir a nata do empresariado ao lado de alguns dos mais proeminentes nomes do mundo político brasileiro. Havendo entendimento e convergência, o Brasil só pode andar mais rápido e ser mais competitivo", afirmou Doria, que abriu o debate dando a palavra à Viviane Senna, do Instituto Ayrton Senna. Além de mostrar os resultados dos projetos, ela contou com a presença de duas crianças pernambucanas beneficiadas pelo programa educacional Acelera. "Eles querem ser no futuro o que vocês são hoje: líderes, vencedores", discursou Vivianne. Aplaudidíssima, ela não conteve as lágrimas e fez muitos chorarem com ela. O que se seguiu foi impressionante: em apenas 16 minutos foi arrecadado para o projeto o valor recorde de 3,9 milhões de reais, entre doações de pessoas físicas e jurídicas. Só Jorge Gerdau Johannpeter (70) - do Grupo Gerdau, homenageado naquela noite com o Prêmio Personalidade Empresarial Lide 2007- deu ao Empresários pelo Desenvolvimento Humano, EDH, parceria do Lide com o Instituto Ayrton Senna, 600 000 reais. "Em três anos de atuação, o Lide-EDH já investiu mais de 14 milhões de reais em projetos do Instituto em Pernambuco e em São Paulo, beneficiando mais de 360 mil crianças carentes", declarou Osmar Zogbi, da EAZ Participações e presidente do Lide-EDH, ele mesmo doador de 120 000 reais, enquanto sua mulher, Sandra, doou 30 000 reais. Já Daniela doou show avaliado em 200 000 reais, prontamente arrematado. "O avanço dos projetos dependerá cada vez mais da nossa capacidade de sensibilização e mobilização", agradeceu Doria, lembrando que este ano o Lide-EDH chega à Paraíba e convocando o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (44) a adotar a iniciativa. "Aceito o seu desafio", respondeu Cabral. Em seguida, d. Zilda, que recebeu o Prêmio Personalidade Feminina Lide 2007, pediu contribuições para as Pastorais da Criança e da Pessoa Idosa e obteve 100 mil reais. "Estou emocionada pelas doações e pelo prêmio, do qual não me considero merecedora", disse a pediatra e sanitarista, que agora ocupa o posto dado à Viviane Senna, em 2006. "Agradeço a parceiros como o HSBC, o maior colaborador privado do projeto, que nos doou, em 2006, 5 milhões de reais", complementou ela, referindo-se ao cartão de crédito HSBC Solidariedade. Em prol das pastorais, o banco doa as taxas de administração cobradas e os clientes doam os bônus e rewards. "É uma honra e uma obrigação social", disse Walter Shinomata (48), diretor-executivo do HSBC Commercial Banking. Reformas trabalhista, previdenciária e judiciária e taxas de juros foram alguns dos temas das palestras do Fórum, onde se destacaram os discursos do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (57), do presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Fiesp, Paulo Skaf (51), de Jorge Gerdau (70), do Grupo Gerdau, e do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (61), que, com números e comparações referentesà queda da inflação e o crescimento do PIB, entre 1980 e 2006, buscou provar o bom desempenho do país no cenário econômico. "Ninguém me procurou para dizer que a situação de sua empresa piorou", garantiu Meirelles, citando exemplos de setores que estão com taxas de crescimento superiores a 5% em relação a 2006, caso do automobilístico. Já Skaf, com um discurso marcado por críticas ao governo, falou sobre o fim da CPMF - aplausos reverberaram pela sala - e sobre a alta carga tributária de 44% do PIB. Para Chinaglia, são as divergências políticas a causa na demora das reformas. Se Skaf incendiou a audiência, Gerdau a colocou de pé, para louvá-lo pelas propostas baseadas na melhoria de gestão. Criador do Movimento Brasil Competitivo, ele elaborou estudo no Ministério da Previdência e concluiu que poderiam ser economizados até 50 bilhões de reais em dois anos, apenas com controle de gastos. "O grande valor deste debate foi a convergência de idéias mesmo entre aqueles que têm pensamentos e posições políticas distintas. Em Comandatuba, prevaleceu o interesse do Brasil", afirmou João Doria, controlando com habitual precisão e bom-humor o tempo de cada fala e os direitos a réplicas e tréplicas. "Para nós, além do debate, o Fórum é sempre produtivo, pois reencontramos clientes e parceiros de longa data, além de estabelecermos novos contatos com os principais empresários do país", afirmou Walter Shinomata, do HSBC. "O desafio do Brasil é ter crescimento para chegar ao desenvolvimento, gerando riquezas, empregos e prosperidade. O Fórum mais uma vez cumpriu seu papel relevante na defesa da ética, da eficiência na gestão pública e no compromisso com o desenvolvimento econômico e social do Brasil", enfatizou Doria, já ansiando pelo próximo encontro, em outubro desse ano, que será em Mendoza, na Argentina, onde será realizado o 12º Meeting Internacional. Nem tudo na Bahia, no entanto, era trabalho. Além dos jantares, almoços e do brunch de despedida - todos na Tenda dos Milagres, impressionante construção de 1650m2 byChris Ayrosa (50), a cenógrafa oficial do Lide - shows e atividades variadas relaxaram CEOs, políticos e suas sempre animadas esposas. De caminhadas na praia a torneios de futebol, vôlei aquático, tênis, golfe e até competições de autorama, passando por degustações de vinho, sessões de massagens e aulas de culinária, tudo era motivo de reunião. Regina Duarte, que, assim como Daniela Mercury, acompanhou todo o encontro, era uma das mais participativas. "E estou registrando tudo", contou ela, de digital em punho, exercitando seu novo hobby. "Sabia da fama da organização do evento. Mesmo assim, me surpreendi", avaliou a sempre chique apresentadora Jacqueline Dalabona (37), acompanhando o marido, Luis Banhara (39), vice-presidente da SAS. "O convívio nesses quatro dias de evento é o equivalente a oito anos de relacionamento", enfatizou Doria. A integração vista nos últimos momentos do encontro, com grupos combinando encontros e trocando contatos, não deixa dúvida quanto a isso.FOTOS: CELINA GERMER E MARCOS ROSA