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As vitórias e ações do piloto Klever Kolberg

No lar paulistano, entre os seus tesouros, ele vibra por levar o etanol ao Rally Dakar

Redação Publicado em 26/01/2010, às 21h59 - Atualizado em 02/03/2010, às 19h51

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De volta à casa após a disputa, o líder da equipe Valtra Dakar Eco Team recebe o carinho de fãs fiéis: a mulher, Cristiane, e o filho deles, Luca. - Marco Pinto/ Savona
De volta à casa após a disputa, o líder da equipe Valtra Dakar Eco Team recebe o carinho de fãs fiéis: a mulher, Cristiane, e o filho deles, Luca. - Marco Pinto/ Savona
Engenheiro de formação e apaixonado por velocidade desde criança, o piloto e expert em off-road Klever Kolberg (47) há 22 anos participa do tradicional Rally Dakar, considerado o mais perigoso do mundo por seus desafios, lugares inóspitos e trajeto de 9000 quilômetros. Na quarta-feira, dia 20, ele voltou para casa, na capital paulista, três dias após o encerramento da prova, a 31a edição de sua história e a 2a Sul-Americana, realizada no Chile e na Argentina. E, apesar de não ter conquistado o pódio, Klever orgulha-se por ter realizado façanha única: foi o primeiro piloto do mundo a competir com um carro movido a etanol, considerado combustível limpo, com sua recém-criada equipe Valtra Dakar Eco Team. "A questão da sustentabilidade falou mais alto e resolvi sair na frente, criando uma nova equipe. O esporte é um poderoso meio de divulgação e serve como exemplo para o mundo.Estava na hora de escrever uma nova página na história", afirma ele. Para levar o pioneiro projeto à frente, Klever, que também é comentarista do canal de TV a cabo ESPN, contou com apoio incondicional de Cristiane (40) - com quem está casado há três anos, entre idas e vindas -, e do filho deles, Luca (10). "Este é um esporte egoísta e que acaba consumindo um tempo que eu gostaria de dedicar à família. Esta última jornada, em especial, foi ainda mais difícil porque foi preciso criar toda uma logística que não existia. Eles tiveram muita paciência", conta o piloto. Klever, que também é pai de Carolina (8) e Matheus (13), de outro relacionamento, aproveita a folga para brincar com Luca. "Meu pai me levava para assistir a corridas em Interlagos e, aos 8 anos, ganhei meu primeiro kart. Foi um sonho, fiquei tão feliz que queria dormir no kart, mas o cheiro do tanque de gasolina não deixou... Espero que meus filhos também se apaixonem por algum esporte", sonha ele. - Como surgiu o projeto? - Sempre pesquisei assuntos ligados à vanguarda empresarial e sustentabilidade era um tema pertinente. Puxa, somos o país do etanol, é preciso agregar essa imagem forte ao Brasil! E não dá para culpar o governo ou jogar para o outro a sua própria responsabilidade, estava na hora de agir. - Não teve receio de que seu carro fosse menos competitivo? - Claro! Foi difícil, mas tive que abrir mão da competitividade por uma coisa maior. Estamos aprendendo a competir com esse combustível, vamos evoluir e reconquistar a vitória, mas de uma maneira responsável. - Até 2008 a prova tinha início na França e terminava no Senegal. O que acha da realização da mesma na América do Sul? - Aqui, o terreno é perfeito. E, para equipes e competidores, além de mais econômico, houve outras facilidades: pode-se trazer convidados, facilita a divulgação, o apoio e toda a logística. Acho que o Rally Dakar deve continuar na América do Sul e, inclusive, envolver novos países no percurso, como o Brasil.