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Varizes são mais comuns na mulher a partir da terceira década de vida

por <b>Jorge Kalil</b>* Publicado em 11/01/2010, às 19h10 - Atualizado às 19h15

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Varizes são mais comuns na mulher a partir da terceira década de vida
Varizes são mais comuns na mulher a partir da terceira década de vida
Varizes são dilatações permanentes das veias superficiais dos membros inferiores. Estima-se que 30% a 40% dos brasileiros têm algum grau de varizes. Elas podem iniciar-se em qualquer idade, mas são mais frequentes a partir da terceira década de vida. Alguns fatores predispõem à formação de varizes. O primeiro deles é a hereditariedade. Quando uma pessoa desenvolve a doença, é provável que outras da família a tenham tido no passado. Mas as varizes podem formar-se em consequência da gravidez, que leva à diminuição nos níveis orgânicos de alguns hormônios e ao aumento de outros; do aumento do volume do útero da grávida, comprimindo as veias e dificultando o retorno do sangue ao coração; do uso prolongado de anticoncepcionais, que têm hormônios prejudiciais às veias na composição; da permanência em pé ou sentado por muito tempo; do uso de sapatos de salto alto, do cruzamento das pernas e do uso de calças muito justas, que dificultam o retorno de sangue para o coração; da musculação nos membros inferiores; e, finalmente, da obesidade. Os sintomas da doença são: dor, cansaço e peso nas pernas; inchaço ao fim do dia; coceira (eczemas); mancha escura irreversível nas pernas e úlceras (feridas). A dilatação das veias é acompanhada de perda da função das válvulas das mesmas, que deixam de se abrir e fechar adequadamente, prejudicando o retorno do sangue ao coração e diminuindo a velocidade do fluido. Existe o risco de a veia se romper, causando hemorragia. Pode ocorrer também a formação de coágulos (trombos) superficiais ou profundos. Estes podem cair na corrente sanguínea, chegar à artéria pulmonar e causar embolia pulmonar, o que às vezes é fatal. O ideal é evitar a formação de varizes, o que pode ser feito com algumas medidas básicas. Não fique muito tempo em pé nem sentado. Se precisar fazer isso, nas viagens de avião ou por sua atividade profissional, movimente de vez em quando os pés e as pernas, como se estivesse pedalando. Se possível, ao sentar-se, ponha as pernas sobre uma banqueta e até durma com elas um pouco elevadas. Não use apenas pílulas, faça uma alternância dos métodos anticoncepcionais. Use meias elásticas, que ajudam a evitar as varizes. E pratique atividade física. Portadores da doença devem consultar um cirurgião vascular. O diagnóstico é feito com avaliação clínica detalhada e, se necessário, com o auxílio do exame de imagem chamado ultrassom Doppler. As varizes sempre precisam ser tratadas. Os vasinhos são tratados com escleroterapia. Consiste de injeções de medicamentos com agulhas muito finas, quase indolores. Não há restrições após o tratamento e a pessoa pode retomar suas atividades. Varizes maiores são tratadas com microcirurgias: retiram-se as veias com agulhas e a recuperação leva em média três dias. Cirurgias de varizes de maior porte são necessárias somente nos casos em que se retira a safena. O laser, por outro lado, é usado apenas em situações específicas e o resultado não é animador. A utilização de espuma, finalmente, é polêmica e implica risco. Existem na literatura casos de embolia pulmonar, cardíaca e cerebral em consequência dessa técnica. Ela só deve ser usada em casos especiais, em que a paciente não tenha mesmo condições de fazer cirurgia.