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RODRIGO SANTORO

Orgulho de representar o Brasil

por <b>Marcelo Bartolomei</b><br><br> Publicado em 17/11/2008, às 15h12 - Atualizado em 19/11/2008, às 19h59

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O ator visita o belo teatro Renaissance, em São Paulo, durante sua passagem pela cidade para apresentar Che, que encerrou a 32a Mostra Internacional de Cinema.
O ator visita o belo teatro Renaissance, em São Paulo, durante sua passagem pela cidade para apresentar Che, que encerrou a 32a Mostra Internacional de Cinema.
Ouando começou a aparecer com mais freqüência nas telas dos cinemas em filmes e produções de TV internacionais, nítidos sinais da consolidação de uma carreira de sucesso, Rodrigo Santoro (33) ainda não sabia como seria o futuro. Cinco anos depois de seu primeiro contrato em Hollywood, o brasileiro continua atuante em solo estrangeiro, mas com uma certeza: o orgulho que sente de ser brasileiro só aumenta. Mas Rodrigo sabe muito bem que seu lugar é aqui e seu refúgio é a família. O ator, que já participou de 14 episódios da badalada série Lost (2006-2007), teve papel de destaque em 300 (2006) e hoje divide a experiência única de filmar com Steven Soderbergh (45), o cineasta queridinho de Julia Roberts (41), George Clooney (47) e Brad Pitt (44), em Che, diz estar com os pés no chão. Em 2009, ele aparecerá como o namorado de Jim Carrey (46) no drama I Love You Phillip Morris, ao lado também do astro Ewan McGregor (37). "Continuo sendo a mesma pessoa. Tenho respeito pelo que estou fazendo, pelo personagem, independentemente de ele ter uma cena ou dez ou ser protagonista", conta com exclusividade à CARAS no teatro paulistano Renaissance. - Você se considera vitorioso pela trajetória no exterior? - Não foi uma decisão consciente. Há cinco anos vivo esse vai e volta. Quando aconteceu, foi conseqüência do Bicho de Sete Cabeças e do Abril Despedaçado, do trabalho feito aqui. Neste ano, tive oportunidades de aprender, crescer e amadurecer. - Tantos trabalhos fora do Brasil, tanto tempo fora... - Minha casa é só no Brasil. Não tenho casa em lugar nenhum do mundo. Agora vejo isso de modo mais concreto e não vou mudar minha atitude. Eu não consigo entender a idéia de me mudar e perder o contato com as coisas que eu tenho aqui. Ano passado fiquei viajando, mas não passo mais de um mês fora de casa. Ano que vem tenho projetos aqui, como o filme sobre o jogador Heleno de Freitas (1920-1959), que está bem próximo de se consolidar. - Além da família, o que mais dá saudade do Brasil? - Sou ligado à minha família e à rotina daqui. Mas a primeira coisa que faço quando chego ao Brasil é ir para o mar surfar. Depois, claro, quero comer um bom arroz com feijão. E não tem nada melhor que estar em casa, pois sinto conforto. Não só isso, mas também pela conexão com as coisas que fazem parte de mim. Minha família é bem grande e eu ainda tenho meus quatro avós vivos. A do meu pai está toda na Itália e acabei de visitá-los quando fui a Roma. A da minha mãe é do interior de São Paulo. - Como foi gravar para a TV com Fernando Meirelles? - Acabei de fazer a série Som e Fúria com ele, na Globo, uma experiência ótima. Lá atrás, quando fiz Pátria Minha e tinha meus 20 anos, Fernando quase me dirigiu numa minissérie. Desde então fiquei com vontade de trabalhar com ele. Mas eu vou continuar fazendo trabalhos no Brasil. É que agora, até o final do ano, estou viajando para promover Che e o Leonera, filme argentino que eu fiz. - Você ainda rejeita o rótulo de galã? - Não me incomoda ser galã, mas sim, às vezes, ser colocado como marca. Contanto que eu seja visto simplesmente como um ser humano e que meu ofício seja atuar, tudo bem. Sei que faz parte de uma engrenagem gigantesca. Não acho que galã seja pejorativo. Mas vou dar um exemplo do que tento evitar: se me pedem para fazer uma cara de sedutor para tirar uma foto, digo que não faço aquela expressão quando estou andando na rua. - E a vida amorosa? - É um costume antigo não falar sobre minha vida pessoal.