LACROIX

Justamente meu hair preferido, very Louise Brooks, foi o que Lacroix escolheu para suas modetes. My God, sempre que podem, as jornalistas internacionais cometem pequenas ironias com ele. Uma delas, até disse, que havia tantas peles, mas tantas peles nessa coleção, que Lacroix - muito provavelmente - teria matado um bando de raposas das estepes... Ui! Anyway, o estilo de Lacroix desde sempre foi efervescente, exuberante. Ora, estilo é estilo. A gente gosta ou não gosta. Errado seria, como acontece tanto no Brasil, cada coleção seguir as ondas que estão pintando, e ficar tudo extremamente parecido. Isso é Forum?? Isso é Iódice?? Isso é Patachou?? Vai saber... Não existem estilos definidos (autoria?), tudo se funde, tudo se confunde. De repente, todo mundo faz "mulher sexy", depois todo mundo faz ninfeta inocente, depois... Lacroix é um artista incomum, com alma renascentista, sua moda é uma "viagem" que só os iluminados conseguem percorrer.É loucura demais... Neste ano, no entanto, ele chega espantosamente mais calmo, mais fluido, mais "real", mas nãonãonão menos esplendoroso. Trata-se de uma coleção para "mil e uma noites", sabe como? anos 20, anos 30 e, ao mesmo tempo, very sixties... Os mantôs são remarcáveis, shape trapézio, comprimento acima dos joelhos (sim, eles anulam a cintura mas alongam as pernas, viu?) Os boleros são de veludo, os bustiers se drapeam e os vestidos ganham volume com seus frou-frous, babados e plissados. Acontecem tules, rendas, fitas, galões, tecidos dourados, brocados, doçuras de chiffon e murmúrios (farfalhantes) de tafetá. Tudo ou quase tudo, lindamente bordado pelo atelier Lesage (claro), até mesmo as meias, já pensou? Todas incrustadas de pedras negras. Lily Cole, com sua carinha de boneca meio estranha, é a noiva. The point: as mangas imensas, insólitas e retumbantes", de cetim carmim, bordadas com fios de prata. Fechou!