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Mocinha em 'A Vida da Gente', Fernanda Vasconcellos fala de Ana e Manu: ''A novela propõe empatia!''

Em conversa exclusiva, a atriz Fernanda Vasconcellos falou da mocinha Ana e do sucesso da trama

Felipe Gatto Publicado em 24/06/2021, às 15h57 - Atualizado às 16h07

Fernanda Vasconcellos é uma das protagonistas de 'A Vida da Gente' - André Nicolau

Dificilmente quem assiste a reprise especial da novela A Vida da Gente já não tenha escolhido um lado ou uma das duas mocinhas da história para torcer.

Na pele de Ana, uma das protagonistas da trama das 18 horas que costuma emocionar boa parte do público, a atriz Fernanda Vasconcellos (36) garantiu que essa personagem é uma das mais importantes da sua carreira.

Em conversa exclusiva com a CARAS Digital, a artista comentou sobre a oportunidade de dar vida a uma famosa tenista que voltou de um coma após quatro anos e viu a sua vida virar completamente de ponta cabeça.

Fernanda também revelou como foi o processo de composição da Ana; contou como era o clima nos bastidores da gravações e ainda opinou sobre o sucesso da história.

"Assisto quase todos os dias. Ao saber que a novela voltaria, eu fiquei muito surpresa, mas de uma forma positiva, pois é um trabalho que eu tenho o maior carinho", iniciou a atriz sobre o retorno ao ar do folhetim originalmente exibido em 2011.

Para criar a mocinha Ana, uma famosa tenista que é controlada pela mãe Eva, papel de Ana Beatriz Nogueira (56), a famosa contou que fez uma preparação ao lado de uma psicanalista, para conhecer a fundo essa personagem com nuances tão delicadas.

"A Ana foi um personagem importante porque a complexidade psicológica dela me fez buscar um trabalho mais concreto, de conhecer quem é ela e as relações que ela tem. Eu fiz um trabalho bem mais psicológico e bem menos de intuição. Trabalhei com uma psicanalista na época de uma forma bem concreta e menos intuitiva", explicou ela que também fez uma relação de si mesma com o seu papel no folhetim.

"Alguns pontos eu me enxergo na Ana, como na parte da dedicação dela com a profissão, trabalhar cedo e tals. Mas somos pessoas totalmente diferentes. E é muito bom que isso aconteça, pois preciso separar os personagens de quem eu sou, senão acabo distorcendo os sentimentos deles para os meus. Assim, cada personagem vai perdendo a sua verdade, pois carregaria a minha verdade, a verdade da Fernanda".

Fã de carteirinha da obra escrita por Lícia Manzo (56), Fernanda opinou sobre o sucesso da história que estava na memória afetiva de muita gente antes da reprise ser definida pela Globo. "Concordo que a novela é uma das mais bonitas e emocionantes dos últimos tempos. Eu acho que a trama foi bem aceita porque não subestima o público. Não tem vilão e nem mocinho, mas tem tipos de personalidades diferentes, fazendo o público se identificar com as pessoas ali na tela, se vendo representado, aprendendo a julgar, a não julgar e fazendo a própria leitura. O público pode fazer uma leitura própria a partir da trama, não está tudo ali preto no branco. As histórias ali se misturam, como acontece na vida e nas relações humanas", ressaltou.

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Questionada sobre o que faria no lugar de Ana, que despertou de um coma e viu que a irmã Manuela, papel de Marjorie Estiano (39), havia "assumido" a sua vida no lugar dela, a atriz contemporizou.

"Não tenho a menor ideia do que eu faria. O meu trabalho justamente é esse, de não me colocar no lugar dos personagens e não julgá-los, mas sim, entendê-los e entender o porque das direções que eles tomam, ver o caráter, a personalidade e ver como eles se comportam com os conflitos, obstáculos...Meu exercício é de empatia", opinou.

"Eu acredito que a trama tenha feito sucesso e seja atemporal nesse ponto (Manu traiu Ana). Não tem o que é certo e errado, existe a vida se impondo com a sua evolução. A vida vai andando e as coisas vão mudando. Temos que nos adaptar e reagir com essas mudanças. Eu consigo entender a Manuela, assim como consigo entender a Ana também. A vida fez isso com elas, essas situações foram criadas pelo andar da vida", comentou Fernanda Vasconcellos que elogiou o clima presente nas gravações da trama que foi produzida nas cidades de Porto Alegre e em Gramado, no Rio Grande do Sul.

"O clima nos bastidores era de muito respeito e de muita torcida um pelo trabalho do outro. Os atores e a equipe, todo mundo ali estava trabalhando em prol da novela, da história. Todo mundo muito unido e dando o melhor de si. Isso me deixa alegre, me incentiva, é uma emoção ter um espaço de dar o seu melhor na sua profissão. Tenho contato com o elenco e sinto muito carinho por todos eles", disse.

CARAS Digital

Sobre a reação dos telespectadores que torcem por Ana ou pela Manu, Fernanda Vasconcellos acredita que a empatia é a palavra-chave da novela A Vida da Gente. 
 
"O que eu tenho de concreto para dizer é que a Lícia Manzo quis colocar em pauta a empatia. Temos uma tendência forte e polarizar. Faz parte da nossa cultura valorizar isso, aprendemos que temos que nos posicionar de um lado ou de outro. Agora, a relação das irmãs Ana e Manu é bem subjetiva. Não tem o certo, o bom, o ruim, o mal. Essa novela é o meio termo. Nossa cultura parece que não consegue ir além disso, é sempre o bom ou o ruim. Aí que entra a empatia. Essa novela nos propõe esse exercício da empatia, nos desafia a ultrapassar isso. A gente tem que entender o comportamento das personagens pelo posicionamento delas, não pelo nosso. É entender o movimento a partir das percepções delas, não das nossas. Isso é empatia. Entender a partir da visão do outro"
, finalizou a atriz que tem alguns projetos de cinema para se dedicar em breve.

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