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Superação guia os passos de Ellen Rocche

De férias no Llao Llao, a bela aproveita o verão argentino e reavalia metas de sua vida

CARAS Digital Publicado em 08/01/2015, às 09h46 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Ellen Rocche - César Alves
Ellen Rocche - César Alves

A paisagem rica em vegetação, montanhas e lagos da Patagônia argentina serviu de cenário para as merecidas férias de Ellen Rocche (35), que emendou um trabalho no outro na Globo, como Sangue Bom, Divertics e Geração Brasil, encerrada em outubro. “O trabalho era a minha prioridade e os últimos três anos foram os que mais trabalhei na vida. Ainda bem, pois o trabalho me salvou. Sem ele, teria tido uma forte depressão”, revela a bela, referindo-se à morte de sua mãe, Elsie Rocche (1947– 2013), vítima de câncer. Agora, Ellen só pensa em descansar e se preparar para mais um carnaval como rainha de bateria da Rosas de Ouro, em SP. “Vou aproveitar para refletir sobre o que preciso melhorar, estabelecer metas e cuidar de mim”, define a estrela, que mantém a vida amorosa em mistério. “Procuro me resguardar, mas estou feliz”, garante ela, hospedada no Llao Llao Hotel & Resort, em tour da Agaxtur Viagens.

– Que tal a viagem?

– Surgiu no melhor momento, em que eu queria viajar e descansar. A Patagônia é realmente fascinante, é um privilégio estar em um lugar tão incrível e único. Já conhecia a temporada de neve, mas me surpreendi com a cidade no verão e sua vegetação, as cores e o céu estrelado. Ainda presenciei um espetacular arco-íris pela manhã. Aproveitei para comer chocolates, meu vício, e comprar presentes para família e amigos.


– Que balanço faz de 2014?
– Foi um ano maravilhoso, de muito trabalho, fiquei muito feliz com Geração Brasil e com o filme O Candidato Honesto, que teve ótima bilheteria. Foi um ano de superação. Perdi minha mãe no final de 2013 e segui trabalhando. Quero aproveitar para refletir sobre a vida e realizar metas que há tempos estão na minha lista.


– Que planos são esses?
– Por exemplo, dirigir. Fiz autoescola, mas não tive tempo para a prova prática. Também quero fazer a cirurgia para corrigir a miopia, pois uso óculos de grau e lentes de contato há muitos anos. No profissional, pretendo me dedicar ao teatro e realizar o sonho de trabalhar com meu pai, Celso Luiz Rocche, que é iluminador. Nós temos uma empresa de iluminação que está indo muito bem e quero muito que ele trabalhe comigo na minha primeira peça.


– Como encarou a perda?
– Perdi o meu referencial, meu chão, meu norte, pois tudo o que eu fiz desde meus 15 anos foi para ela e para o conforto da minha família. Parece que arrancaram um pedaço de mim, me senti sozinha no mundo. Nunca tinha passado por algo tão difícil. Ao mesmo tempo em que foi desgastante e o pior momento da minha vida, fico feliz e tranquila, porque fiz tudo que eu podia e mais um pouco. Estive com ela todas as noites, em SP, mesmo estando trabalhando no Rio o dia todo. Minha mãe era a minha melhor amiga e procuro pensar nela como se ela estivesse viva. É uma saudade imensa, que nunca vou conseguir superar. O trabalho me ajudou muito e meus colegas me apoiaram demais. Se tivesse parado, teria tido uma forte depressão. Fiz o Divertics, uma comédia de improviso, e cheguei a entrar no palco fazendo graça, mas com lágrimas escorrendo. Não sei da onde tirei tanta força.


– Tudo isso lhe deu mais vontade de constituir família?
– Sempre tive vontade, sou canceriana, mãezona. Vivo de fases. Primeiro, busquei a estabilidade financeira. Depois, a profissional. Agora, a emocional. Sei que estou com 35 anos e isso pesa, mas não tenho neura. Se for para casar e ter filhos, vou ficar muito feliz. Mas se não for, estarei tranquila. Hoje, minha família me supre muito. Moro com meu irmão, George, que tem 31 anos e é especial. Ele nasceu com tetralogia de Fallot e fez duas cirurgias no coração, mas cuida mais de mim que eu dele. É um ser iluminado, com quem aprendo mais a cada dia. Sonhava ser médica por causa dele. Crescemos em hospitais e eu admirava o empenho dos médicos.


– Mas a carreira artística nunca foi um sonho?
– Eu sempre fui sorridente, brincalhona, era a ‘Miss Simpatia’ da família. Quando entrava no ônibus, dava bom dia a todos. Mas também sempre fui tímida, de falar baixinho, encolhidinha. Jamais pensei que tivesse vocação para o meio artístico. Entrei na profissão por necessidade e não por vaidade. Aprendi a ler com 4 anos com minha avó Felícia e com 15 para 16 anos fiz vestibular para Medicina e passei. Na época, meu pai estava desempregado e não poderia pagar minha estada em Botucatu. Então, tive de desistir. Virei modelo de alunos de fotografia e de tanto falarem que eu era bonita, passei a acreditar! Fui a agências e todas me recusaram, porque sempre tive o quadril largo e era voluptuosa. Então levei minha irmã, Iza, que hoje é modelo na África do Sul. Ia de penetra nos testes dela até que passei em um e não parei mais.


– Como foi chegar aos 35?
– Sou muito feliz com a idade que tenho. Acredito que cada ano estou melhor e procuro estar. Gosto mais de mim hoje do que quando eu tinha 20 anos e não trocaria a maturidade que tenho por nada. Óbvio que tenho vários defeitos, mas minha maior qualidade é saber esconder todos. E eu amo cada pedacinho meu!


– Você não assume um namoro publicamente desde o fim da relação de oito anos com o Ricardo Macchi, em 2010. Está solteira?
– Estou feliz! Procuro me preservar e não falar de relacionamentos para não ofuscar o lado profissional, mas não quer dizer que estou sozinha. O sonho do casamento sempre vai existir, é um conto de fadas, mas tudo tem o seu momento certo para acontecer.