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Arthur Zanetti conhece a Amazônia: “Foi a melhor viagem que já fiz"

Vibração do medalhista olímpico com as descobertas na Amazônia

por Luciana Marques Publicado em 28/09/2016, às 07h58

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Com Gui, diante de árvore “castanha” de 40m, o encontro de raças - RIBAMAR O CABOCLO
Com Gui, diante de árvore “castanha” de 40m, o encontro de raças - RIBAMAR O CABOCLO

Após o turbilhão de emoções com a conquista da medalha de prata nas argolas na Olimpíada Rio 2016, o ginasta Arthur Zanetti (26) repôs as energias em viagem ao Amazonas. Entre passeios típicos da região, o atleta, campeão olímpico no mesmo aparelho quatro anos antes, em Londres, visitou uma comunidade indígena e mergulhou no Rio Negro. “Foi a melhor viagem que já fiz. Estava precisando disso, de tranquilidade. Vivi momentos recentes de forte pressão e estresse. E esse lugar traz uma paz indescritível”, definiu. Acompanhado do técnico Marcos Goto, o atleta foi surpreendido pelo acolhimento na visita ao Núcleo Cultural Indígena Cipia de Tatulândia. A 32 quilômetros de Manaus, a comunidade é conhecida por ser casa de vários grupos étnicos, que recebe índios e não índios “brancos”. Foi saudado com um ritual de boas-vindas, com danças e cantorias. “Eles não tinham noção de que sou esportista, medalhista olímpico. Mas também não são leigos. Após o pajé explicar tudo, pediram várias fotos. Foi tão legal, nos pintaram, tentaram ensinar a tocar seus instrumentos.”

Para Arthur, que, desde seu início na ginástica, aos 10 anos, já rodou o mundo entre competições e treinos, os dias na Amazônia foram de puro aprendizado: “Fico até bem chateado porque conheço inúmeros países, seus costumes, e nossa real cultura eu não conhecia. Chama a atenção como eles mantêm as tradições, é tão bonito”. Outro momento inspirador para o campeão foi o mergulho com o boto cor de rosa no lago do Acajatuba, margem direita do Rio Negro. “Antes de ir, pesquisei sobre eles e suas lendas. São grandes, fortes, no início até dá medo. Mas o que encontrei foram animais extremamente dóceis e tranquilos. Nunca havia imaginado um dia tocar em um boto. Estar perto, passar a mão, é experiência única”, contou. Arthur, que passou por cirurgia no ombro esquerdo e só volta às competições no início de 2017, vem preenchendo sua rotina com compromisssos com patrocinadores e imprensa e o bacharelado em Educação Física. A fase também é de dedicação à família e à namorada, a estudante de engenharia Juliana Gatto (22), com quem está há seis anos. “Agora é o momento de viver nossa vidinha particular. Casamento? Talvez a gente comece a pensar, fazer planos, vamos ver... Mas não tem nada ainda!”, disse ele, que esteve em Manaus em evento do Conselho Regional de Educação Física da 8ª Região e fez os passeios a convite de Luis Ferreira dos Santos, do projeto Tauá Island Lodge.