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Alma genuína e sincera de Lua Blanco

No Castelo de Caras, atriz e cantora fala como se reinventou após os 30

Redação Publicado em 04/12/2017, às 11h33 - Atualizado às 12h22

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Lua Blanco - CADU PILLOTTO
Lua Blanco - CADU PILLOTTO

A chegada dos 30 anos, sem dúvida, foi um divisor de águas na vida de Lua Blanco. Franca e dispensando eufemismos, a cantora e atriz conta que enfrentou crises de idade e de identidade, mas que a nova fase, de mulher balzaquiana, mudou seu olhar diante da vida. “Eu tinha uma ansiedade enorme para definir a vida antes dos 30. Saber com quem me casaria, quantos filhos teria, até que cheguei aos 29 e onde estavam os meus planos? Foi pura angústia e desespero”, recorda ela, durante estada no Castelo de CARAS, em Por tugal. “Então, fiz 30 e não morri! Estava tudo bem do jeito que estava. Decidi zerar a vida e começar a fazer somente aquilo que me faz bem. Hoje, eu estou no controle”, frisa a paulistana, eleita do ator e roteirista Leandro Soares (33).

A filosofia que passou a adotar influenciou diretamente seu trabalho. “Não tento agradar aos outros. Uma vez, uma empresária quis me transformar em uma estrela. Pediu para eu emagrecer, mexer na minha sobrancelha, me colocaram um salto fino e um vestido tubinho. Aquilo não era eu. Não me permito mais passar por esses perrengues”, garante ela, que se orgulha de seu cabelo bagunçado e dispensa maquiagem no dia a dia. “Por que uma estrela tem de ser magra? A gente precisa aceitar as diferentes formas humanas, pois esta coisa de beleza padrão não existe”, destaca.

De férias da TV desde o fim da global A Força do Querer, Lua se divide entre o canto e atuação e não esconde que a profissão é uma eterna batalha. “Por mais realizações que eu tenha, minha carreira continua em construção. Ainda estou descobrindo caminhos. Tenho muita energia para dar e vou insistir naquilo que amo”, avisa ela, que montará peça com texto do eleito. “Muito do que evolui na vida devo ao meu parceiro. Não acredito em amor eterno e em monogamia, ainda estou descobrindo tudo isso, mas acredito na força da parceria e do diálogo. Isso, a gente tem de sobra!”

– Se redescobriu mulher?

– Estou me achando e não tem nada que me derrube. Depois dos 30, me sinto mais bonita, talentosa e perto de realizar coisas relevantes na minha vida.

– Sofreu com as imposições da indústria da beleza?

– Durante anos, não me sentia encaixada. Não comecei a trabalhar para ser famosa, era para ter meu ganha-pão e fazer aquilo que amo. Quando você percebe que não se encaixa, desanima, mas meus fãs sempre me colocam para cima.

– Você tem um público jovem muito forte. Tenta passar um pouco desses conceitos para ele?

– Tenho uma relação quase maternal com eles. Não sou perfeita e tento mostrar que eles não precisam ser. É confuso ser adolescente, é uma fase cruel, e ter pessoas mais velhas para jogarem uma luz neste processo ajuda. Gostaria de ser esta adulta que entende os conflitos dos adolescentes, através da música, da atuação e, quem sabe, de um livro, pois tenho intenção de escrever ficção para jovens.

– Você diz que o ofício é uma batalha. Já pensou em desistir?

– Já considerei largar a atuação e investir só na música. Lancei disco, recusei trabalhos como atriz e fiz só dois shows, passei meses no perrengue. Tem que ter amor e achar o tal caminho, porque não adianta bater a cara na parede. Sigo insistindo, mas, se passar sufoco, é melhor mudar de rumo.