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Zeca Camargo avalia o novo Vídeo Show: 'Acertamos em cheio!'

Em entrevista exclusiva à CARAS Online, Zeca Camargo faz um balanço das primeiras semanas à frente do 'Vídeo Show', comemora o resultado do novo formato e diz que hoje tem uma relação 'saudável' com o 'Fantástico'

Renan Botelho Publicado em 04/12/2013, às 07h38 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Zeca Camargo - Divulgação/ Globo
Zeca Camargo - Divulgação/ Globo

Foram 18 anos usando terno para apresentar o Fantástico. Na terceira semana do novo Vídeo Show, agora com auditório, Zeca Camargo não perdeu tempo: já usou bermuda para correr na esteira com Alexandre Borges, colocou um turbante para entrevistar Rodrigo Lombardi, brincou de bambolê ao lado de Susana Vieira e fez a Dança do Bumbum com Paolla Oliveira. “Tudo é mais descontraído no Vídeo Show - e isso, de certa maneira, tem muito a ver comigo”, avalia o jornalista, em entrevista à CARAS Online.

É com entusiasmo que Zeca faz um balanço sobre a primeira quinzena desta nova etapa de sua vida profissional. “Acertamos em cheio na proposta de dar uma nova cara ao programa, respeitando os elementos que sempre fizeram o Vídeo Show um dos favoritos do público: os bastidores da TV e a memória da dramaturgia da TV Globo. E ainda, conseguimos a cumplicidade do elenco, que é homenageado em todo programa. Com isso, fizemos um programa que é alegre e diferente todos os dias - exatamente como queríamos. E com bons resultados!”, diz o apresentador, que também lucrou com a mudança. “A melhor parte foi a possibilidade de experimentar novas linguagens, novos formatos e mesmo novas abordagens nas entrevistas”, completa. 

Quando deixou o departamento de jornalismo da Rede Globo para embarcar de vez no núcleo de entretenimento, Zeca sabia que tinha uma tarefa importante pela frente. Ao lado do diretor Ricardo Waddington, ele recebeu a missão de renovar um dos programas mais tradicionais da emissora. 

“O que foi pedido era um programa alegre, que colocasse o público ainda mais próximo desse universo da TV Globo. Imaginamos o Vídeo Show como uma grande porta de entrada para esse mundo. A presença da plateia, de certa maneira, já nos ajudou nisso: as pessoas estão ali, cara a cara com seus ídolos. Mas, mais do que isso, contamos com a cumplicidade dos artistas. Elaboramos os programas junto com eles, numa parceria. Assim eles se sentem ainda mais à vontade e veem seu trabalho ser ainda mais valorizado no programa”, comenta.

O novo formato exige muita atenção para não cansar o público. Zeca e sua equipe sabem disso. “Uma vez que a proposta é fazer um programa diferente do outro, vamos ter que ter uma carta na manga (ou mais) por dia! Para isso, eu conto com uma equipe supercriativa de roteiristas e uma produção que, quanto mais conheço, mais me apaixono. Não importa a ideia, mesmo as mais malucas, elas acabam acontecendo no palco. É incrível!”, fala.

Improviso

O lado extrovertido do jornalista esteve mais contido nos últimos anos no jornalismo da Globo, mas agora ele volta a apostar no improviso – técnica que adquiriu logo no início dos anos 90, quando comandou o MTV no Ar. “Era um grande laboratório: eu nunca tinha feito TV na minha vida e tive a sorte de poder começar pela MTV, onde tudo era possível. Trabalhávamos sempre com a possibilidade de errar, e aquilo era uma maravilha, a melhor maneira de aprender”, lembra.

Uma década depois da estreia na MTV, Zeca teve um contato mais próximo com o entretenimento da Rede Globo, apresentando o No Limite, o primeiro reality show de sucesso da emissora. “Foi minha primeira experiência em entretenimento, e me deu a certeza de que, se eu me dedicasse a um trabalho, ele ficaria bem feito, não importa em que área. Mergulhei naquelas gravações com a vontade de quem estava começando - o que de certa maneira era o que estava mesmo acontecendo. E fizemos um grande sucesso”, diz.

Ex-Fantástico

Demorou algumas semanas para Zeca entender que não fazia mais parte do dominical, hoje comandado por Tadeu Schmidt e Renata Vasconcellos. Mas finalmente o apresentador conseguiu desapegar do antigo emprego... ou quase. “Hoje eu tenho a relação mais saudável do mundo com o Fantástico. Tenho um carinho enorme por toda a equipe com quem trabalhei durante anos e ainda toca com extrema competência aquele programa. E ainda posso aproveitar das vantagens de ser um telespectador todos os domingos. Pensa que eu não queria ver a final desse Medida Certa?”, conta. 

“Fantástico foi a maior escola que eu poderia ter como jornalista. A seriedade com que tudo é feito lá, o compromisso com o telespectador e a importância do impacto das matérias que colocávamos no ar na vida do brasileiro – Tudo isso me deu uma ótima noção da alavanca que é a televisão, e de como ela deve ser usada com responsabilidade”, completa.

A mudança de programa ainda trouxe outro benefício para Zeca, além do aumento do salário e a chance de ter um novo desafio: o domingo livre para fazer o que quiser, coisa que muitos jornalistas sonham. “É uma sensação que eu não tinha não só desde que eu comecei a trabalhar no Fantástico, mas desde que comecei na Folha de S.Paulo, em 1987. Muito bom, muito bom!”, diz.