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Revolucionário em 'Escrava Mãe', Saulo Meneghetti rejeita rótulo de galã

O ator viverá um inglês que luta contra pela abolição da escravatura em 'Escrava Mãe', a próxima novela da Record

Kellen Rodrigues Publicado em 10/07/2015, às 11h48 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Saulo Meneghetti - Divulgação
Saulo Meneghetti - Divulgação

Saulo Meneghetti chegará à Vila de São Salvador para incomodar os senhores donos de escravos na novela Escrava Mãe, a próxima atração da Record. Seu personagem, o inglês Charles, virá com ideias revolucionárias para libertar os trabalhadores e por fim ao comércio de escravos.

Para encarar o papel, o ator mergulhou nos estudos de história, escureceu os cabelos e se 'mudou' temporariamente com o elenco para o interior de São Paulo, onde as gravações já acontecem em ritmo acelerado. "Entrarei em cena alguns capítulos após a estreia, mal posso esperar", conta o catarinense que também é modelo. "Acredito que o personagem despertará o interesse das jovens da vila pelo fato de ser um estrangeiro cheio de ideias inovadoras e pensamento à frente de sua época. Não me considero galã, como ator tenho desprendimento da minha aparência, tenho o visual que o personagem pedir", afirma. 

Escrava Mãe contará a história de Juliana (Gabriela Moreyra), mãe da escrava Isaura, livro de Bernardo Guimarães que virou novela na Globo em 1976, e na Record, em 2004. A trama estreia em outubro no lugar de Os Dez Mandamentos.

Confira o bate-papo com o ator!

- Como é o seu personagem?
Darei vida a Charles de Alencastro, um inglês que atua no movimento libertador contra a escravatura e o comércio de escravos. Ele chegará com ideias revolucionárias e trará consigo, da Inglaterra, documentos importantes que irão contribuir para a disseminação do movimento abolicionista no Brasil. Essa atitude representa bem o ativismo político do século XIX, causando incômodo, pois vai contra os ideais econômicos de alguns senhores. 

- Como foi sua preparação para o personagem?
A equipe participou de um whorkshop no Rio de Janeiro com Ronaldo Nogueira da Gama, Fernanda Guimarães e Roberto Bomtempo. Tivemos aula com uma historiadora e contamos com uma fonoaudióloga para elaboração de sotaques e as pronúncias de época. Precisei escurecer os cabelos - mudanças no visual também são importantes para a composição do personagem. O processo de preparo é voltado ao estudo da época onde se passa a trama, a ambientação histórica do personagem. Encontrei na Biblioteca Mário de Andrade um belo acervo do assunto, acabo assistindo muitos documentários relacionados disponíveis na web. Na correria ajuda muito.

- Você já está gravando? 
Sim, estamos nos empenhando nas gravações. Acho incrível como o trabalho vai crescendo e ganhando forma, toda a preparação sendo colocada em prática. O esforço e a preocupação de cada um em dar o melhor é maravilhoso, amo o que faço. 

Escrava Mãe é inspirada em A Escrava Isaura, certo? Você assistiu a essa novela?
Escrava Mãe contará a história de Juliana, mãe da Isaura. Assisti Escrava Isaura em 2004, do autor Tiago Santiago, quando foi ao ar pela Record. Agora estou revendo alguns capítulos e também a primeira versão, de Gilberto Braga.

- Seu personagem é galã? Aliás, você gosta desse título?
Acredito que o personagem despertará o interesse das jovens da vila pelo fato de ser um estrangeiro cheio de ideias inovadoras e pensamento à frente de sua época. Não me considero galã, como ator tenho desprendimento da minha aparência, tenho o visual que meu personagem pedir. Se ele for galã serei galã, se for um personagem que fuja das convenções, fugirei sem o menor problema. O personagem é responsável pelo estereótipo.

- A novela está sendo filmada onde? Você precisou se mudar de São Paulo?
Está sendo filmada em Paulínia (SP), cidade conhecida por seu pólo cinematográfico, e também na Fazenda Santa Gertrudes, em Rio Claro (SP), onde foi rodada A Escrava Isaura em 2004. A Record montou uma estrutura para o elenco, durante período de filmagens ficamos hospedados próximos às locações.

- Você e outros artistas estão engajados em uma causa social em prol aos portadores de Parkinson precoce, pode nos falar um pouco a respeito?
Embora seja mais comum em idosos, a Doença de Parkinson atinge pessoas com idade inferior a 40 anos, antes de conhecer o projeto não tinha ideia disso. A doença não tem cura, mas diminuir o tempo e erros de diagnóstico é fundamental para melhorar a qualidade do tratamento. Minha pequena contribuição é com a divulgação de informações para o público em geral. O projeto chama Vibrar Parkinson e vem movimentando a conscientização da doença de Parkinson nas redes sociais. Gostaria de deixar o site do projeto para quem quiser mais informaçõe: www.vibrarcomparkinson.com. Toda ajuda é bem-vinda.