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Rainer Cadete se despede de 'vilão redimido': "Temos o bem e o mal dentro da gente"

Sucesso como o Celso em 'Êta Mundo Bom!', ele já está focado na 'Dança dos Famosos' e intensificou os treinos para fazer bonito

Kellen Rodrigues Publicado em 26/08/2016, às 14h30 - Atualizado às 14h35

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Rainer Cadete - Globo/Ramón Vasconcelos
Rainer Cadete - Globo/Ramón Vasconcelos

Rainer Cadete viveu a experiência de mostrar o mal e o bem no mesmo personagem em Êta Mundo Bom! na pele de Celso. O cúmplice da vilã Sandra (Flávia Alessandra) se transformou ao longo da trama, que chega ao fim nesta sexta-feira, 26, pelo amor de Maria (Bianca Bin).

Para o ator, todos temos um lado bom e mau. "Temos tudo dentro da gente, cabe a nós alimentar mais um ou outro", diz Rainer. "Dentro do Celso teve dois personagens e essa transição foi mais difícil de fazer", entrega o ator.

Agora ele já se dedica aos ensaios para a Dança dos Famosos, do Domingão do Faustão. Sua primeira apresentação será no próximo domingo, 28. Para isso, intensificou os treinos com seu personal para ter mais condicionamento físico. "E perder alguns quilinhos", brinca.

Veja o bate-papo com o ator!

- Você tinha saído de um personagem que fez muito sucesso, o Visky em Verdades Secretas. Ficou com medo disso ofuscar o Celso?
Minha preocupação foi de descontruir a imagem do Visky que estava no consciente coletivo e tão em mim. Tive esse desafio, sim. A primeira coisa que eu faço quando acabo um trabalho é passar uns dias no mato, sem falar com ninguém... é bom pra você se se encontrar. No teatro você tem esse trabalho de desconstruir você mesmo e construir o personagem. Você inventa uma voz, um corpo, um passado... Também passei duas semanas em Nova York fazendo o método da  Stella Adler para desconstruir o Visky e construir o Celso. Hoje ninguém mais olha pro Visky quando olha para o Celso, é até mágico esse processo, o que me faz querer ser ator, mergulhar em tantos processos.

- E o Celso começou vilão e foi mudando ao longo da trama, foi um desafio?
Nunca gravei tanto na minha vida, de segunda a sábado, era um personagem que estava em vários núcleos. Eu passava mais tempo sendo o Celso do que eu mesmo (risos), mas foi muito legal. Dentro dele teve dois personagens e essa transição foi mais difícil de fazer. Ele começou vilão, eu sabia que ele ia terminar herói, então no fundo do olho tinha que deixar um brilho que mostrava que ele era diferente da irmã, ele era capaz de ser tonar uma pessoa melhor. E foi isso que aconteceu através do texto do Walcyr Carrasco, que é fenomenal. Ele era um vilão com brechas de humanidade, com possibilidades de amor, uma carência. Um vilão em cima do muro e através do amor ele se identificou. Temos tudo dentro da gente, o bem e o mal, cabe a nós alimentar mais um ou outro. No final se tornou um dos grandes heróis da trama. A novela proporciou momentos de emoção, de sorrisos, de descontração da familia diante da TV.

- E tem uma coisa meio conto de fadas, né?
Se você observar as novelas do Walcyr têm muito de contos de fadas. Por isso são tanto sucesso. São coisas que você de certa forma já viu em algum lugar, mas repaginado... Ali tinha a gente tinha a necessidade de interpretar mesmo. Juntou o texto do Walcyr, as referências do Jorge Fernando e um elenco primoroso e foi leve do início ao fim, que guardo no meu coração e pretendo levar para sempre.

- Agora você está na Dança dos Famosos, qual sua experiência com dança?
Minha experiência com dança sempre foi pra complementar meu trabalho de ator. Sempre fui buscar na dança essa coisa de tornar meu corpo mais disponível. Para o Visky fiz aula de stiletto três meses, queria aprender a andar de salto muito bem, no salto eu me garanto. Para o Celso, como ele dançava, eu fiz dois meses de dança de salão para ter uma noção, ele era o pé de valsa do dancing. Mas nada que chegue perto de Dança dos Famosos. Mas existe uma paixão, me seinto bem ao dançar. Sempre que tem um forró eu pego quem está perto (risos). Estou feliz, me sinto revigorado, a dança tem esse poder de fazer a gente se descobrir e se cuidar melhor também.

- Qual ritmo você acha que terá mais dificuldade? Está ansioso?
Acho que forró não é tão difícil porque eu gosto. Os outros acho todos difíceis, mas muito lindo. A mente da gente mente, porque ela nos leva para 'antes e pra depois'. A gente está sempre sofrendo por algo que fez ou que está por vir. Eu aprendi com a meditação, ioga e a arte que o importa é estar aqui agora. Vou dar o melhor de mim.

- O que podemos esperar da sua participação?
Espero conseguir fazer coerografias lindas. Tomara que meu corpo consiga. Antes de ir para o primeiro ensaio eu fiz uma oração para Deus abençoar. A gente tem que se proteger, né? O corpo tem que estar respondendo 100%. Espero dar o máximo de mim para poder ser uma experiência gostosa aos domingos à tarde para nós e para quem está assistindo. É um quadro que sempre acompanhei, sempre me deixou ouriçado, quero que as pessoas se divirtam e prometo me divertor bastante. E perder alguns quilinhos porque você sua muito (risos). Já estou há dois meses fazendo um trabalho intenso com meu personal para ganhar condicionamento e poder segurar a onda lá.

- E o que fará depois da Dança?
Provavelmente vou viajar, mas estou com muita saudade do teatro. Estou com alguns projetos de cinema engatilhados, surgiram alguns convites. Novela daqui a pouco também.