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Periguete em 'Sexo e as Negas', Aline Dias diz que está preparada para cenas sensuais

A atriz interpreta Jéssica, filha de uma das quatro protagonistas da série. Segundo ela, o mais difícil são as cenas em que a personagem humilha a mãe

Kellen Rodrigues Publicado em 30/09/2014, às 11h36 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

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Aline Dias - Alex Carvalho/Globo
Aline Dias - Alex Carvalho/Globo

Em Sexo e as Negas Aline Dias está diante do maior desafio de sua carreira até agora - interpretar a periguete Jéssica, filha de Lia (Lilian Valeska), uma das quatro protagonistas da série e Alaor (Marcos Breda), chefão do morro do Cordovil. O figurino, segundo a atriz, é o primeiro deles. 

"É tudo bem curto, nada do que eu uso. Adoro saia longa, vestido longo. Já o figurino dela é shortinho curtinho, topzinho, muita roupa colorida, um colar bem ostentação. Ela quer mostrar o poder que ela tem", admite. "Ela é bem ousada, bem atrevida. Usa um pouco o poder do pai, o dinheiro dele dentro da comunidade. Ela tem um estilo periguete, mas até agora não teve nenhuma cena pesada em questão a isso. É mais no jeito de falar e agir, ela vai atrás do que ela quer. Se ela quer aquele homem ela vai atrás dele", explica.

Jéssica tem 21 anos, dois a menos que a intérprete, e uma filha de oito, interpretada por Duda Costa. Para dar vida à personagem, a atriz está praticando atividades físicas. "Antes não estava fazendo nada. Agora estou fazendo um treino funcional na areia duas vezes por semana para tentar manter o corpinho. Como o figurino é muito curto, realmente tem que cuidar. Procuro beber bastante líquido para hidratar e já fui em uma nutricionista para começar a fazer dieta", conta Aline, que tem 1 metro e 70 de altura e 54 quilos.

Mas o maior desafio de todos, segundo ela, são as discussões com a mãe. "É olhar a mãe em algumas cenas com desprezo. Ela humilha a mãe que está sempre fazendo tudo por ela. É difícil porque mãe é mãe, né?", explica a atriz. "Tem cena que eu tenho que olhar no olho da atriz e falar com desprezo, ela é muito rebelde, uma menina que não está nem aí com a vida". Aline mora com a avó, mas mantém contato com a mãe. "Temos uma relação muito boa", conta.

Namorado não assistiria cenas sensuais

Aline contou com a ajuda de moradoras do morro do Cordovil, no Rio de Janeiro, para compor a personagem. Algumas cenas da trama de Miguel Falabella são gravadas na comunidade. "A gente foi muito bem recebido lá. É uma energia muito boa. Acho que lá é um grande laboratório, conversei com várias meninas, elas deram várias dicas de como agir e falar", diz. "Tem umas cenas de baile que nós temos que dançar funk. Não sou nenhuma moradora que já sabe dar os passinhos, mas procuro observar antes das cenas uma menina que sabe dançar. Ela faz os passinhos e a gente procura treinar para ser realista. A ideia do Miguel é que todo mundo da comunidade nunca deixe a peteca cair".

Por enquanto Aline não foi escalada para nenhuma cena picante, como as protagonistas já tiveram que encarar. Mas ela diz estar preparada para mais este desafio, caso o autor escreva cenas de sexo para Jéssica. "Ela se envolve com um dos capangas do pai, eles dormem juntos, mas não aparece nada, é só beijo e uns amassos", conta. "Se tiver que fazer acho que é normal bater uma certa timidez, mas a gente está ali para isso. E a equipe cuida muito bem, tem todo cuidado de deixar o ator à vontade em cena", fala. "As cenas de sexo tem sombreado, é uma coisa sensual e bonita, não é vulgar. Para mim seria um desafio, claro, mas não me atrapalharia, não iria travar. Acho que teria aquele friozinho na barriga, mas daria tudo certo".

Namorando há sete anos, ela conta que o namorado Bruno, por enquanto, está tranquilo. "Ele não assistiria uma cena mais sensual, mas ele é super tranquilo e me apoia. Ele acompanhou o primeiro capítulo comigo e adorou, está vibrando junto".

Aline comentou ainda a polêmica de acusações de racismo envolvendo a série. "As pessoas julgam muito antes de conhecer alguma coisa. Na verdade foi todo um mal entendido. A prova é que o primeiro episódio já foi um sucesso", opina."O preconceito vai sempre existir. O Miguel foi chamado de racista e é totalmente ao contrário. Ele fez para homenagear, ele conhece o trabalho delas no teatro e fez a série para mostrar o glamour da comunidade. São mulheres que sofrem como toda mulher branca, negra, amarela. Que sofrem por homem, porque perderam trabalho... Até as mulheres ricas têm dificuldade em alguma coisa, ninguém tem uma vida perfeita", afirma.

Aline começou na carreira de modelo aos 14 anos e, quatro anos depois, ingressou na carreira de atriz. "Estava começando faculdade de publicidade e surgiram oportunidade que começaram a mexer com a minha cabeça. No quarto período tranquei a faculdade e comecei a fazer cursinhos de teatro dentro do que eu podia financeiramente. Em 2012 surgiu uma oportunidade para o elenco de apoio na Malhação. Foi a confirmação de tudo, você se sente mais segura de seguir em frente", lembra. Ela atuou também na novela Sangue Bom.

A meta é seguir investindo nos estudos para a profissão. "Pretendo fazer faculdade de artes cênicas ou filosofia. Algo que estimule a aprender mais. Hoje faço teatro livre e quero sempre procurar estudar e estar informada, ter boas referências do meio", conta. "Tenho muita vontade de fazer cinema, é um sonho. Quero focar na interpretação e fazer de tudo um pouco."