A apresentadora ficou refém de um fã que desejava matá-la: "Ele ia acabar com a minha família toda, não só comigo"
CARAS Digital Publicado em 23/05/2016, às 08h44 - Atualizado às 21h04
Ana Hickmann contou detalhes sobre os momentos de tensão vividos no quarto de um hotel durante o Domingo Espetacular na noite deste domingo, 22.
No sábado, 21, a apresentadora, sua cunhada, Giovanna, e seu cunhado, Gustavo Correa, viraram reféns de um fã, Rodrigo Augusto de Pádua, que desejava matar Ana em um hotel de Belo Horizonte.
"É difícil de acreditar que aquela imagem, aquela cena, aqueles tiros, aquelas palavras, que tudo isso aconteceu. Parece cena de filme de terror digno de Oscar. Não vou esquecer dessas imagens nunca mais, do jeito que ele me olhou, da forma como meu corpo reagiu, como tudo aquilo custou a passar", afirmou a apresentadora sobre os momentos de terror.
Ana contou em detalhes a entrada de Rodrigo no quarto e as palavras ditas a ela e sua família no local. "Quando o Gustavo abriu a porta e disse: 'Ana, entra, tem um cara atrás de mim com uma arma apontada'. Quando ele [Rodrigo] entrou no quarto, disse: 'Eu vim acertar minhas contas com você, sua vagabunda'. A primeira coisa que passou pela minha cabeça foi de um assalto, um arrastão. Fiquei esperando outras pessoas entrarem para pegar as coisas que estavam no quarto. Só que ele veio pra cima de mim, começou a me humilhar, disse que me conhecia, que eu sabia quem ele era. Começou a usar palavras que é difícil de repetir. Dizia que eu tinha acabado com a vida dele. Ele veio determinado a me matar. Tive a certeza que ele ia acabar comigo. O tempo todo dizia que eu não prestava, que era uma mentirosa. Ele ficou o tempo todo com a arma apontada para mim. Ele foi de uma frieza e de uma segurança. Eu já passei por outras situações complicadas, mas foi a primeira vez na minha vida senti medo e tive a certeza que ia morrer. Ele me olhava com um ódio, falava com um ódio. Nunca pensei que alguém pudesse sentir isso por mim. Não gostar de mim, tá tudo bem. Mas sentir vontade de tirar a sua vida... Ele dizia que se eu não fosse dele, não seria de mais ninguém", afirmou.
A apresentadora do Hoje em Dia, na Record, disse que o rapaz insistia na ideia de que eles se conheciam. "'Você sabe quem eu sou, sua piranha. Confessa pra eles. O único jeito de você sair viva daqui é confessando. Confessa! Seu filho, Alexandre, é um anjo. Mas você é uma piranha, merece morrer' -- dizia Rodrigo. A última vez que eu virei para falar com ele, ele apontou a arma pra minha cabeça e puxou o gatilho da arma calibre 38. Nesse momento eu perdi o controle do meu corpo totalmente e caí pra cima do colo da minha cunhada. Nesse momento ele disparou por duas vezes, passou do meu lado e acertou minha cunhada. Ela deve ter feito um movimento com o corpo para me proteger. O Gustavo disse: 'Ana, ele apontou pra sua cabeça. Ele ia te matar a queima roupa. Ele queria acabar com você'", relembrou.
Neste momento, Ana e a cunhada conseguiram sair correndo do quarto enquanto Gustavo partiu para a luta corporal contra Rodrigo dentro do quarto. "Só consegui ouvir os dois primeiros tiros que acertaram minha cunhada. E o meu cunhado começou a gritar: 'Corre'. No corredor, começamos a nos olhar para ver se tinha sangue. No corredor, um funcionário do hotel me chamou, desceu para o oitavo andar e me colocou em um quarto que estava fechado e não sei mais o que aconteceu. [...] Nunca pensei que alguém fosse capaz de ser tão mau assim. Fui salva pelo meu cunhado, pelas pessoas que estavam ao meu redor e por alguém lá em cima que gosta muito da gente. Papai do céu mais uma vez me protegeu de uma forma que vou te falar... Se não fosse o Gustavo segurar ele [Rodrigo] no tempo pra gente fugir, meu marido não tinha ido me buscar da forma que eu estava. Mas sim três corpos no IML pra enterrar aqui [em São Paulo]. Esse rapaz planejou tudo isso e sabia o que iria fazer. Estava certo e seguro. Juro, se não fosse a coragem do Gustavo depois que escutou os dois tiros, não sabia o que teria acontecido. Ele foi muito corajoso em segurar aquele rapaz", elogiou.
Nos minutos que Ana ficou sozinha no quarto do hotel, ela viveu um novo drama sem ter notícia de sua família. "Fiquei desesperada sem receber notícias e sem conseguir falar com ninguém. Imaginando que esse maluco tivesse matado meu cunhado. Não sei o que era pior: ficar na mira do revólver dele ou esperando a pior notícia da minha vida, de que minha família tinha sido dilacerada. Ele ia acabar com minha família toda, não só comigo", contou.
Após o incidente, Ana relembrou que havia bloqueado o tal fã de suas redes sociais após o rapaz ter postado diversas mensagens com conteúdo pornográfico. "Agora, a primeira coisa que quero é ver minha família toda de volta aqui em casa. Depois, não vou deixar de fazer minhas coisas e acreditar que as pessoas são boas. Não posso achar que todo mundo é assim [mau]. Isso vai passar. Mas será uma página da minha vida que nunca mais vou poder apagar porque não vou conseguir esquecer. O pior já passou. E estamos vivos", completou.
