CARAS Brasil
Busca
Facebook CARAS BrasilTwitter CARAS BrasilInstagram CARAS BrasilYoutube CARAS BrasilTiktok CARAS BrasilSpotify CARAS Brasil

Maria Eduarda de Carvalho mostra o apartamento onde mora com o marido e a filha

A Vanessa de Em Família mostrou a decoração lúdica do lugar onde mora com a família e falou sobre sua personagem

CARAS Digital Publicado em 19/06/2014, às 10h38 - Atualizado em 10/05/2019, às 11h20

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Maria Eduarda de Carvalho - Cadu Pilotto
Maria Eduarda de Carvalho - Cadu Pilotto

Quando há um ano pensou sobre a decoração de sua cobertura no Humaitá, Rio, bairro onde mora com o marido, o cineasta Snir Wine (41), e a filha, Luiza (3), Maria Eduarda de Carvalho (32) queria que a casa refletisse a “alma da família”. Por isso, a atriz, sucesso como a assistente de fotografia Vanessa de Em Família, não poupou no quesito ousadia. Pintou as paredes bem coloridas, espalhou objetos retrô e bonecas do Vale do Jequitinhonha, colou uma trepadeira de luzes, pôs uma poltrona de bolinhas brancas e uma grande mesa na ampla sala com vista para o Pão de Açúcar. O resultado foi um décor eclético com pegada lúdica. “Meu marido ficou meio tenso a princípio, mas acabou aprovando minhas escolhas. Tenho esse lado de fazer palhaçadas e acho que a casa está em sintonia. E Luiza adora”, afirma a atriz, que faz a alegria da filha com esse lado “bobo”. “Sou mais uma mãe correndo atrás da melhor forma de educar.Todas nós temos um milhão de questões, somos culpadas por natureza. Mas acho que mereço o ‘troféu joinha’”, diz, citando a brincadeira familiar que é uma das marcas de sua participação na trama global das 9. A personagem, que completa o triângulo homoafetivo com Clara e Marina — vividas por Giovanna Antonelli (38) e Tainá Müller (32) — cresceu muito. Boa parte do sucesso Maria Eduarda atribui ao seu jeito bem-humorado que levou para a TV. “Emprestei algumas coisas minhas para a Vanessa e o público gostou!”, vibra.

– O que mais curte na casa?

– O espaço! Nos mudamos porque o apartamento onde morávamos, no Leblon, ficou pequeno desde que a Luiza chegou. A gente adora receber os amigos, beber vinho, meu marido cozinha... No verão, usamos a laje. Colocamos piscina de plástico, rola churrasco e sempre ouvimos um sambinha.

– Gosta de samba, então?

– Sempre fui chegada, sou mangueirense. Mas faz um tempo que não frequento mais a quadra e nem vou à Lapa. Filho muda tudo, não é? Quem sabe, não volto a essa rotina? De repente, lanço um projeto rainha de bateria... (risos). Brincadeiras à parte, vivia no samba quando praticava essa coisa noturna. Agora, curto quando rola em festas de família.

– E o que mais gosta na rotina com seu marido e sua filha?

– É bom também se divertir de maneira mais light e estar perto de quem a gente gosta. Luiza é muito carinhosa e procuro dar o melhor. Eu e Snir estamos fazendo nossa parte, acredito em nossa educação. Ainda vivemos em uma sociedade preconceituosa e espero que a geração dela cresça com novos valores e um olhar transformado.

– Como é a repercussão de viver uma gay? Sente preconceito?

– Acho que minha personagem caiu nas graças do público, assim como as vividas pela Giovanna e a Tainá. Escuto muitas coisas boas na rua. Estou bem feliz, ela tem um perfil mais vilãzinha, um humor ácido que eu amo. E, por mais que a Vanessa seja uma antagonista da Clara e da Marina, casal que ganhou uma torcida grande, passo o lado divertido que agrada muito.

– Foi você que imprimiu?
– É, Maria Eduarda é engraçada e dá uma empurrada para Vanessa seguir nessa linha. Converso muito com as pessoas pelas redes sociais e, mesmo sendo uma “tecnoanta”, sei que até as Clarinas (apelido dado à torcida de Clara e Marina) gostam de mim. Mesmo com minha personagem fazendo tudo para separá las. Estou me divertindo muito. Nunca tive troca tão grande com o público.

– Como surgiu o convite?

– Tinha um desejo muito grande de fazer uma novela do Maneco e acabou acontecendo por acaso. Morava no Leblon, o encontrei em um café e ele veio elogiar meu trabalho em A Vida da Gente. Fiquei envergonhada, só conseguia dizer coisas como “sou sua fã”, e falei que seria um sonho trabalhar em sua novela. Então, ele disse que podia fazer esse sonho acontecer. É um momento feliz, são quase 20 anos de carreira, comecei com 13, fazendo teatro no Tablado. É, no mínimo, marcante isso que vivo.

– Já pensou em como falaria de homossexualidade à sua filha?

– É claro que desde que virei mãe comecei a refletir sobre como agir em vários momentos. Decidi que o mais sensato é esperar ela me trazer as questões. Talvez seja muito cedo para começar a introduzir assuntos desse tipo, acho que ela nem tem capacidade para entender. Mas é uma menina inteligente, já já essas questões vão chegar e aí eu e o pai debateremos como proceder.

– Você e Tainá Müller protagonizaram cenas de nudez...

– Foi tudo tranquilo e acho que a cena foi feita com muito bom gosto, achei bonita, delicada.

– Aparecer assim na televisão estimula a manter a boa forma?

– Aparecer de qualquer jeito na TV estimula porque você se vê grande na tela, em HD. Após a gravidez, senti que o quadril deu uma alargada, mas foi só isso. Nunca tive dificuldade de manter o peso. Ainda bem, porque gosto muito de comer. Sou viciada em correr na esteira aqui em casa e também faço ginástica.

– Já tem projetos para implementar após a novela?

- Sim, vou estrear em julho uma peça do Guilherme Scarpa dirigida pelo Emílio Orciollo Netto. O nome é Atrás da Porta.

– Seu marido é cineasta. Não tem projetos com ele?

– Temos vários em comum. Nós dois escrevemos, então temos roteiro para uma peça e um filme. Só não tem data ainda.

– Como ele atua no meio, entende sua rotina profissional?

– É aquela coisa: casa de ferreiro, espeto de pau. Acho que é legal porque a gente troca muito. Mas ele tem as questões dele, não é tranquilo com cenas românticas, não gosta de me ver beijando de jeito nenhum. No fundo, é como a maior parte dos maridos. Mesmo nessa novela, em que posso beijar uma mulher, acho que o ciúme rolaria do mesmo jeito.

– O que acha que há de mais bacana na relação de vocês?

– Estou com o meu marido há oito anos. Acho que dá certo dia a dia porque é um exercício diário de querer continuar junto. E o que a gente tem de mais legal é justamente isso, querer continuar junto. Não tem assim um segredo, não tem magia. Depende dos dois quererem de que dê certo.