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Grandes nomes inspiram heróis mirins

Ganso, Gianecchini e outros ídolos brasileiros emprestam seu carisma a comovente campanha do GRAAC

Alberto Santiago Publicado em 21/08/2016, às 17h36

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Ana botafogo, Reinaldo Gianecchini e Paulo Henrique Ganso - MAURÍCIO NAHAS
Ana botafogo, Reinaldo Gianecchini e Paulo Henrique Ganso - MAURÍCIO NAHAS

Entrega, solidariedade, descontração e muita emoção pontuaram os bastidores da nova campanha do Grupo de Apoio ao Adolescente e a Criança com Câncer, Graacc. Chamada Juntos Vamos Sonhar e Ir Muito Além, ela marca os 25 anos da instituição que apoia jovens carentes com a doença de forma pioneira na América do Sul. Um tour de force de apenas um dia reuniu em estúdio paulistano um dream team de talentos brasileiros e pequenos pacientes da entidade. O jogador do Sevilla Paulo Henrique Ganso (26), o ator Reynaldo Gianecchini (43), o maestro e pianista João Carlos Martins (76), o astronauta Marcos Pontes (53), o DJ Alok Petrillo (24) e a bailarina Ana Botafogo (59) contracenaram, respectivamente, com César Gabriel Snak Wirmond Proença (12), Kaique Ferreira dos Santos (6), Esther Beatriz da Cruz Brandão (6), Otávio Augusto Sene Luz (2), Priscila da Silva Cunha (8) e Lorena de Paulo Pedro (4) em sessão de fotos e gravação da campanha para mídia impressa e digital — há ainda spots de rádio — que mostra os ídolos servindo de inspiração para estes jovens heróis.

O resultado é tão singelo quanto pungente, com imagens que colocam as crianças em primeiro plano não apenas visualmente, mas conceitualmente, já que dois dos famosos, Giane e Alok, “despem-se” de suas personas para encarnar os desejos profissionais de seus parceiros: Kaique quer ser médico; Priscila, bombeira. O trabalho, irrepreensível, é uma feliz parceria da agência Ponto de Criação, da produtora Vetor Filmes e do fotógrafo Maurício Nahas (51), que, como todos os envolvidos no projeto, doaram seus serviços ao Graacc. O filme para a TV tem trilha para lá de especial: as crianças da banda Pequeno Cidadão cantam 20 e Poucos Anos, de Fábio Jr. (62), que, antigo defensor do Graacc — ele já fez vários shows ofertando o cachê em prol da ONG —, também concedeu os direitos autorais da canção à instituição.

Não faltaram momentos em que a comoção deu o tom. A chegada de Ana ao set foi memorável, especialmente o momento do encontro com a aspirante a bailarina Lorena, ao som da Valsa das Flores, de Tchaikovsky (1840– 1893). A menina começou a rodopiar e muitos foram às lágrimas. “Quando crescer, quero ser bailarina. Adorei dançar, mas amei mais ainda ganhar a roupa de balé”, disse. “O que emociona mesmo é ver estes serezinhos inocentes com a vida pela frente, sonhando ser alguém. Aí entra nossa parte e o Graacc, dando condições para que possam concretizar seus sonhos”, declarou Ana. Já Otávio, ao se deparar com Pontes, correu até ele para um abraço. “Quero voar no foguete. Quero ir à Lua!”, repetia. “Par ticipar da campanha foi uma emoção. O trabalho do Graacc é um exemplo que nos dá orgulho do Brasil”, atestou o primeiro astronauta brasileiro a ir ao espaço, em 2006, enquanto Giane, Ganso e Alok brincavam com os pequenos. “Foi uma honra. Que todas as crianças possam sonhar com um futuro feliz”, afirmou Ganso.

“Como sempre, foi gratificante, tudo em clima de sonho, tudo lúdico. Todos estavam sensibilizados”, disse Giane, embaixador do Graacc, que defende e promove desde antes de descobrir, em 2011, e vencer, um linfoma não Hodgkin. Kaique trata o mesmo linfoma que acometeu o ator — agora com madeixas e barba loiras para A Lei do Amor, nova trama das 9 da Globo. Durante oito meses, o diagnóstico de Kaique foi de sinusite. Após, no início do ano, uma médica disparar que “rasgaria o diploma” caso o mal fosse este e aconselhar os pais a procurar o Graacc, veio a verdade e o tratamento correto. Daí, o sonho do pequeno de ser médico.

“Se tivéssemos mais iniciativas com essa força, seríamos uma nação diferente. A entidade não é um exemplo só para o Brasil, mas para o mundo, pois significa mais esperança para as nossas crianças”, atestou Martins. “Foi mágico ouvir o maestro. Ele foi muito legal e realizei um sonho. Amei tocar piano”, afirmou Esther que, tímida, iluminou o rosto com um sorriso quando o músico lhe deu noções básicas de teclado. “A energia foi contagiante e inspiradora, uma reconexão com a alma e os reais valores da nossa existência. Nunca perca a fé”, afirmou Alok, considerado pela revista inglesa House Mag o melhor DJ do Brasil e um dos 50 melhores do mundo. Ali, deixou as pickups para viver o sonho da “bombeira” Priscila. “O mais legal é saber que assim como me ajudaram, estou ajudando a divulgar o hospital que está salvando a minha vida”, contou ela, que chegou preocupada, pois acabara de ter alta da cirurgia que lhe deu a endoprótese substitutiva do osso do braço com o tumor, para não perder o membro. Aos cinco minutos de papo com Alok, a tensão sumiu.